A moda 3D chegou para ficar! É o que demonstra a revelação da Tommy Hilfiger durante o Web Summit em Lisboa.
Durante o evento, a empresa anunciou seus planos de migrar 100% do processo de design para versões digitais até 2022. Confira tudo sobre a novidade:
O que é a moda 3D?
Anteriormente, mostramos por aqui os avanços da prototipagem 3D na indústria da moda e o potencial dessa tecnologia para o futuro. Funciona assim: com o auxílio de softwares, as empresas conseguem desenvolver e prototipar roupas digitais que parecem reais.
Além disso, ainda é possível usar avatares ao invés de modelos para criar catálogos e lookbooks hiperrealistas.
Para o consumidor final, as vantagens também são grandes afinal, com o auxílio da realidade aumentada, é possível “experimentar” as roupas virtualmente com precisão.
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Tommy Hilfiger tornará seu processo de design 100% digital até 2022
Comprovando o potencial dessa tendência, a marca Tommy Hilfiger anunciou, recentemente, que até 2021 todo seu processo de design, prototipagem e pré venda será digital.
Ao invés de protótipos reais das criações, a grande maioria das peças será toda digital até que apareça na passarela ou seja vendida.
A promessa do processo totalmente digital é que ele reduza o desperdício, economize dinheiro e aumente a velocidade com que os produtos podem chegar ao mercado.
“Se tivermos esse design digital de uma só vez, podemos usá-lo para o showroom digital e marketing. Não precisamos fotografá-lo – porque está tudo online”, afirma Daniel Grieder, diretor executivo da Tommy Hilfiger Global.
Como funcionará a prototipagem 3d?
Atualmente, Tommy Hilfiger já usa a tecnologia para 20 categorias de produtos, incluindo vestidos de malha, polos, loungewear, jeans e agasalhos.
A ideia é que as camisas masculinas para o outono / inverno 2020 sejam principalmente projetadas em 3D. Assim, a marca lançará uma coleção de cápsulas projetada, desenvolvida e vendida digitalmente, com produtos modelados em avatares virtuais em vez de modelos.
E até 2022, os estilos de roupas produzidos em 3D aparecerão em mais de 2.000 pontos de venda em todo o mundo, juntamente com produtos físicos nas lojas.
Essa mudança para a produção totalmente digital já dura dois anos. Primeiro, a empresa desenvolveu uma biblioteca digital de tecidos, estampas e cores, que fornece matérias-primas digitais usadas no processo de criação do produto.
Desse modo, a marca usará a biblioteca – criada com tecnologia interna proprietária e modificando alguns programas existentes – para projetar todas as 60.000 opções de produtos em 3D daqui para frente.
Fonte: Vogue Business