Degustação: Vinícola Coppo – Destaque para o Barbera D’asti Gavelli sem sulfitos na Mistral
Sr. Paolo Coppo, dono da vinícola nos apresentou o vinho “free sulfitos” Como começar uma nova atividade? Simples! Dê o primeiro passo: tenho me encorajado…
Como começar uma nova atividade? Simples! Dê o primeiro passo: tenho me encorajado a aceitar convites que, a princípio, não aceitaria. Penso que é uma forma de colocar alguma aventura no meu cotidiano chatinho de comerciante.
Desta vez a Mistral, importadora de vinhos que fica aqui em São Paulo, convidou o Fashion Bubbles para uma degustação etílica, thanks, thanks, thanks.
Gosto de vinhos, como não gostar? Mas não analiso rótulos, uvas ou regiões… Enfim, bora lá conhecer mais sobre Baco e esta sedutora bebida. Munido de todo meu preconceito sobre o estereótipo dos entendedores que juram sentir todo tipo de aromas e sabores… Tudo bobeira minha, já que, de verdade há mesmo muitos aromas, cores variadas e diversos paladares que formam o mundo encantado do vinho. E isso é só uma parte daquilo que chamam de complexidade…
São tantas as castas de uvas, mas tantas que parece impossível conhecer todas. Eu acostumei a criar apego a um vinho que já me deu satisfação e não arriscar muito longe disso. De novo, uma tremenda tolice. Vamos adiante. Desta vez os vinhos apreciados são de uma região ao norte da Itália: Piemonte e sua capital é Turim. A vinícola é da família Coppo, nome sugestivo, não é? As uvas usadas como base para os vinhos degustados foram a Chardonnay, a Barbera e a Moscatel.
A Vinícola Coppo se dedica há quatro gerações à vinicultura na região do Piemonte.
A experiência com os vinhos da Vinícola Coppo deixam a gente muito mal acostumado. Elevam para um outro nível a expressão “nada como um bom vinho…”. Os aromas incrivelmente sedutores, quase parecem um perfume. Em absolutamente nada lembram o tanino daquelas bebidas que deixam uma secura na boca, nem muito menos, tem aquela acidez que tira uma lágrima no canto dos olhos.
Girei, girei e girei o líquido na taça, a bebida se “agarrou” as paredes e foi descendo devagar, teor alcoólico por volta de 14%, o bouquet invade o nariz e os pulmões, fazendo uma verdadeira festa. Seu aroma e sabor formam uma combinação perfeita que agrada em tudo.
Sabe aquela dor de cabeça do dia seguinte?Entre os responsáveis, estão os sulfitos. Sulfitos são: dióxido de enxofre e seus sais de sódio, potássio e cálcio, utilizado na indústria alimentícia para evitar reações de escurecimento por enzimas ou não. Além de evitar bactérias, leveduras, bolores… E também é amplamente usada na manufatura de vinhos naturais.
É um tremendo desafio e extremamente arriscado não usar os tais sulfitos, pode-se perder toda produção, mas com muito estudo técnico e científico o Sr. Paolo Coppo, dono da vinícola nos apresentou o vinho “free sulfitos”: o Barbera D´asti Gavelli 2012, de sabor muito fresco, maravilhoso. E eu lá, sentado bem na fila do gargarejo virei tiete.
O produtor explicava tudo em italiano, eu entendia uma palavra aqui e outra ali, mas era só verter um gole do vinho que eu entendia tudo. Tudo o que aquela voz altiva queria dizer sobre o orgulho de quem tem um produto que fará bonito em qualquer mesa. É mesmo para impressionar.
Vinhos degustados:
Costebianche Chardonnay 2012 (Branco) – preço US$ 54,90
Monteriolo Chardonnay 2007 – preço US$ 137,50
Barbera d’Asti L’Avvocata 2013 – preço US$ 42,50
Barbera d’Asti Camp du Rouss 2010 – preço US$ 49,90
Barbera d’Asti Gavelli 2012 – preço US$ 71,50
Pomorosso Barbera d’Asti 2010 – preço US$ 185,50
Barolo 2008 – preço US$ 149,50
Moscato D´asti Moncalvina 2013 – preço US$ 47,5
Veja aqui a avaliação de cada rótulo
Sobre Paolo Coppo
Coppo é o rei do Barbera, o responsável por levar essa casta ao ponto máximo com seus fantásticos tintos. Para o guia italiano Gambero Rosso, “a cada ano, esse produtor propõe uma série de rótulos de grande nível, com particular atenção à Barbera, e elaborando Chardonnays muito interessantes”. A centenária bodega está nas mãos da família Coppo há quatro gerações. Coppo é uma das quatro vinícolas de Canelli cujas históricas adegas, escavadas a mão no século XIX sob a cidade e chamadas de “catedrais subterrâneas”, foram reconhecidas com a distinção de Patrimônio Mundial pela UNESCO devido a sua espetacular área resguardada e importante testemunho da cultura e tradição de Canelli. São vinhos de estilo sofisticado e refinado, que estão sempre entre os melhores da região. O Pomorosso Barbera d’Asti, por exemplo, é considerado um dos maiores tintos da Itália e conta com uma verdadeira coleção de “tre bicchieri” do Gambero Rosso. Fonte: Mistral
Por Vinícius Moura
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