Varejo de Beleza – 9 insights e macrotendências da NRF
Pelo terceiro ano consecutivo, a Beauty Fair organiza uma delegação, com mais de 50 empresários do setor de beleza, para participar da NRF – Retail’s…
Pelo terceiro ano consecutivo, a Beauty Fair organiza uma delegação, com mais de 50 empresários do setor de beleza, para participar da NRF – Retail’s Big Show, o maior evento de varejo do mundo que acontece em Nova Iorque, além de visitas técnicas e reuniões especializadas. O projeto conta com a curadoria da BTR-Varese.
“Este é um projeto que busca valorizar ainda mais o varejo especializado de beleza, para que, de fato, seja percebido como um canal relevante para toda a indústria. Organizar um evento como este, reunindo os principais líderes de perfumaria do Brasil, contribui imensamente para o desenvolvimento do setor”, afirma Cesar Tsukuda, diretor superintendente da Beauty Fair.
Entre os destaques, está a integração entre o digital e a loja física. O ponto de venda permanece vivo, mas a partir de agora ele será muito diferente: tecnológico, científico, capaz de entregar uma quantidade imensa de informação para os gestores do varejo, que poderão tomar decisões importantes para o negócio em tempo real.
Após a imersão feita por meio de palestras e visitas técnicas, o time da Beauty Fair e BTR-Varese destacaram os principais insights que poderão nortear o varejo de beleza nos próximos anos. Confira:
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1. Globalização: um varejo global por uma nova perspectiva
A pesquisa da Deloitte, que lista os 250 maiores varejistas do Mundo, mostra que o Walmart continua em primeiro no ranking, mas aos poucos vai sendo alcançado por outras importantes empresas, como a Amazon. Outro ponto importante de se destacar é o share que a Europa vem perdendo para a Ásia, que aumentou em 5% em 2 anos.
Ou seja, a Ásia vem avançando bastante no varejo e é preciso estar atento às inovações e movimentos para se manter competitivo. O crossbord, que é quando você compra de e-commerces de outros países para receber no Brasil, é um conceito e oportunidade para as marcas brasileiras avançarem em sua internacionalização.
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2. Pagamento móvel e criptomoedas
Na China, o papel moeda quase sumiu e essa nova forma de pagamento tira o governo da história. O Bitcoin não é uma moeda transacional, mas traz uma discussão importante sobre o futuro da moeda no mundo.
Na Ásia, o QR Code* já tem sido uma forma de pagamento e na China, por exemplo, caixa eletrônico virou peça de museu, literalmente. Em resumo, é importante ficar atento a essas novas formas.
- Código QR é um código de barras bidimensional que pode ser facilmente escaneado usando a maioria dos telefones celulares equipados com câmera.
Atualmente no Brasil, o QR code é mais usado pela mídia impressa (revistas, panfletos, outdoors e outros). Revistas publicam códigos QR para que leitores acessem em seus celulares e computadores algum conteúdo extra relacionado às matérias.
Mas há outros setores que também usam o QR Code. Em alguns países ele é usado na televisão. Por meio do código, o telespectador pode comprar ou receber informações extras sobre um produto exibido num programa de TV. Veja mais aqui e aqui.
3. Bespoke retail
Esse termo foi apresentado por Eduardo Terra e Alberto Serrentino e indica um varejo sob medida. Um exemplo é o Uber, que faz uma alquimia de soluções para resolver um problema. Esse conceito de bespoke (sob medida, em tradução livre), estará presente nas mais diversas formas:
- Nos canais: cliente compra do jeito que quiser;
- Nos produtos; com tecnologia, como prateleiras infinitas*, por exemplo.
- Nos preços: omnicanalidade* não inclui preços iguais;
O primeiro passo é integrar as áreas de uma empresa. O cliente pode, por exemplo, comprar na loja virtual e trocar em qualquer loja física. Para isso, o processo logístico deve estar integrado e os sistemas devem permitir que isso ocorra sem qualquer problema.
O atendimento ao cliente deve resolver todos os problemas dos consumidores, independentemente da origem, esse contato pode ser uma dúvida, uma sugestão, uma reclamação ou um elogio.
O marketing deve propor estratégias alinhadas para todos os canais, sempre permitindo que o cliente transite livremente entre as lojas, virtuais ou físicas. Veja mais aqui.
- Nos serviços: clientes diferentes desejam ser atendidos de forma diferente;
- Ofertas: precisa saber no que o seu cliente tem interesse; não dá para enviar um tabloide com ofertas de carnes para quem é vegetariano, por exemplo;
- Entregas: Permitir que o consumidor opte pela forma que preferir: entrega em casa, compra online com retirada na loja física, etc.
4. Tecnologias emergentes
Nesse insight entram as questões de check outs com menos atrito, robôs para melhorar a experiência do cliente, realidade aumentada e virtual, identificação de produto usando RFID* ou beacons**. É preciso ter a solução para não perder venda.
- Veja aplicações na prática deste quesito em: Beleza e Tecnologia – Tom Ford abre primeira loja de perfumes e cosméticos com serviços hi tech de luxo.
- A Identificação por Radiofrequência (RFID) foi desenvolvida para substituir a leitura por código de barras convencional. A leitura através de código de barras necessita da aproximação do leitor sobre o código, com ângulo exato e tempo de interpretação do mesmo. Basicamente é o mesmo utilizado nos supermercados e lojas diversas. A tecnologia de leitura por RFID utiliza de uma comunicação de curto alcance que pode ser lido automaticamente por sensores na passagem do objeto portador da etiqueta RF. A mesma tarefa com mais eficiência, menos tempo e maior precisão. Saiba mais aqui e aqui.
** Os Beacons são aparelhos de proximidade que emitem informações, por meio da tecnologia bluetooth, diretamente aos smartphones cadastrados. A ideia, que promete revolucionar o mercado e fortalecer a chamada Internet das Coisas, é permitir a interação mais rápida de possíveis clientes com seus interesses.Um exemplo é em uma loja de roupas, onde ao se aproximar da vitrine, a pessoa recebe detalhes de uma peça como tipo de tecido, preço, opções de cores, entre outras.
A grande novidade dos aparelhos beacons, além do custo acessível, é que eles podem ser instalados em paredes, produtos ou vitrines, permitindo a comunicação entre empresa e público por meio da localização e sem a necessidade de acesso à internet, já que utiliza o bluetooth do smartphone para enviar as mensagens. Veja mais aqui.
5. Dados, Big Data, analytics, decisão e resultados
Só ter os dados e não usá-los não faz sentido. As empresas precisam captar as informações e utilizá-las para ter poder de decisão. Não adianta ter uma massa de dados robusta e não ter quem tome decisão sobre isso.
6. Amazon invade o varejo físico
A empresa desafia o varejo pela velocidade e capacidade de inovação. A Amazon Go, por exemplo, não é um supermercado; a Amazon Book não é uma livraria. A Amazon é uma empresa de dados e tecnologia que vende coisas, como Doug Stephens bem definiu.
O varejo físico entra na estratégia da Amazon por meio de parcerias com marcas, abrindo pop-ups stores para vender fisicamente.
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7. Transformação digital e ecossistemas
As fronteiras do mundo digital começam a se fundir, tornando esse universo mais complexo.
O ecossistema do mundo digital significa combinar market place, e-commerce, pagamento, conteúdo e serviços para entregar tudo o que é necessário ao cliente.
Foto via Profissionais TI
8. O que é loja?
Loja é tudo: ponto de venda, de compra, de entrega, de logística e serviços.
A simplicidade precisa estar em tudo, mas também é necessário ter sofisticação para dar robustez, agilidade e facilidade. O ponto chave é não complicar.
O varejo precisa ser mais do que vendedor de mercadoria: tem que ser analítico, curador de oferta. A Nike é um bom exemplo, pois transforma o ponto de venda em um espaço de experiência, com elementos que te fazem querer voltar.
9. Liderança digital
Esse é um aspecto fundamental nos dias de hoje e significa ter habilidades, competências e fazer as transformações necessárias para a empresa avançar. É um desafio complexo pelo qual o varejo precisa passar. É preciso que os líderes sejam desafiados e também encontrem as pessoas certas para esse desafio, que estejam engajadas.
Delegação Beauty Fair 2018
Além da visita à NRF, os 50 empresários participantes da delegação puderam vivenciar experiências a partir de visitas técnicas monitoradas, conteúdo direcionado, atualização, imersão e networking em Nova Iorque, além de ações organizadas pelos patrocinadores da viagem (Cless, Coty, Kiss NY, L’Oréal, Taiff e Vult).
O grupo, que durante a programação teve acesso a apresentações com temas relevantes com insights e aplicação no universo de beleza, é composto pelas redes Bazar dos Cosméticos (PE) – 2 lojas; Belshop (RS) – 22 lojas; Casa do Cabeleireiro Della e Delle (RJ) – 9 lojas; Central dos Cosméticos (PE) – 1 loja; Danny Cosméticos (SP) – 15 lojas; EBC Atacado de Cosméticos; Ikesaki Cosméticos (SP) – 8 lojas; Leo Cosméticos (PR) – 12 lojas; Lojas Rede (MG) – 57 lojas; Mundo do Cabeleireiro (PE) – 20 lojas; Nova Era Cosméticos (RS) 9 lojas; Relva Perfumaria (MS) 1 loja; Perfumaria Sumirê (SP) – 89 lojas; Shopping dos Cosméticos (GO) – 17 lojas; Solução Cosméticos (MT) – 12 lojas; e Thalia Perfumaria (SP) – 11 lojas.
SOBRE A BEAUTY FAIR
Há 14 anos a Beauty Fair tem promovido e organizado eventos exclusivos para profissionais do setor de beleza, com foco em salões, clínicas e varejo perfumaria. Por meio de conteúdo relevante, a Beauty Fair tem contribuído para o desenvolvimento do setor em todo o Brasil.
A Feira de beleza profissional, que acontece anualmente no Expo Center Norte, já é um evento consolidado e importante para toda a cadeia produtiva no setor de beleza. São mais de 160 mil visitantes, 500 expositores, 2 mil marcas nacionais e internacionais que geraram R$ 600 milhões em volume de negócios em 2017.
- Veja também: Macrotendências 2018/19 – 10 tendências para indústria da moda global + 10 trends em comportamento
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