Movimento Maker – A nova revolução tecnológica está em nossas mãos

O acesso rápido à internet e o compartilhamento extensivo de informações tem criado uma geração de criadores, o Movimento Maker. Ele surgiu como uma extensão tencnológica do Faça-Você-Mesmo, do inglês Do It Yoursefl (DIY), e parte da simples premissa de que todas as pessoas são capazes de construir, transformar e fabricar objetos variados com as próprias mãos, desde que tenham ferramentas para tal.

Essa cultura dominou os campos da moda, da arquitetura, da beleza e até mesmo da comunicação, se confirmando como uma das grandes macrotendências da década.

No Brasil, o Blog Fazedores é um espaço muito interessante para fazedores de todos os tipos compartilharem ideias e conhecimentos sobre os mais diversos ramos da cultura maker: de eletrônica a robótica, de impressão 3d a culinária, de arte interativa a melhorias domésticas.

Movimento Maker – Origem e cultura Faça Você Mesmo (DIY)

O DIY teve origem no pós-guerra do final da década de 50, quando a escassez de insumos e materiais obrigava a população a ser criativa na hora de inventar novos objetos com base no que já se tinha em casa.

No começo dos anos 70, o movimento hippie trouxe um status de contracultura para a prática, enquanto seus integrantes contestavam a industrialização em massa através de roupas, acessórios e objetos feitos à mão. Hoje, o Faça-Você-Mesmo ganha força total com o auxílio do Youtube e do Instagram, onde todos os dias são postados milhares de vídeos com passo a passo para criar uma infinidade de itens.

O conhecimento está a um clique de distância, permitindo que o qualquer pessoa comum se torne um expert na área pela qual tiver o maior interesse.

A principal diferença entre o DIY e o Movimento Maker é que, enquanto o primeiro engloba qualquer tipo de produto, o segundo é normalmente atrelado a projetos que envolvam tecnologia. Em 2013, Chris Anderson lançou o livro “Makers: a nova Revolução Industrial”, popularizando o termo no mundo.

Logo depois, surgiu o site Makezine, que até hoje é considerado a bíblia do Movimento Maker, onde você pode aprender a criar desde enfeites de tricô até projetos altamente tecnológicos, como uma câmera com sensor de calor. No Brasil, o blog Fazedores segue a mesma pegada, um espaço onde os makers dividem seus conhecimentos em marcenaria, impressão 3D, eletrônica e até robótica!

No livro The Maker Movement Manifesto, o autor Mark Hatch elenca 9 pontos principais do que é ser um maker. Aprender, compartilhar, apoiar e ter as ferramentas certas são alguns deles, mostrando que a cultura vai muito além do fazer, incentivando seus membros a criarem uma rede de distribuição de conhecimento muito unida.

 

Movimento Maker na educação

Uma das grandes barreiras do ensino tradicional nos dias de hoje é manter a atenção do aluno na hora de ensinar. De acordo com Paulo Blikstein, professor e pesquisador da Universidade de Stanford e responsável pelo projeto FabLab@School, o simples ato de criar,  quando associado às possibilidades da tecnologia digital, pode melhorar o aprendizado ao passo em que torna as escolas mais conectadas com a realidade dos jovens. Colocar a mão na massa é a essência do movimento, que transforma seus integrantes em protagonistas do próprio aprendizado!

Iniciativas como o LIT, projeto brasileiro que já ficou conhecido como “Netflix da educação”, usam a inteligência artificial para entregar o conteúdo de forma personalizada para cada aluno.

Nas escolas do futuro, o Movimento Maker pode ser associado a tecnologias como A.I para facilitar ainda mais o aprendizado. A Casa de Makers é uma das pioneiras no Brasil e você pode ver o resultado da inserção tecnológica no ensino conferindo abaixo o vídeo da primeira Mostra de Educação Maker:

Em Curitiba, a Escola Municipal Durival de Britto e Silva provou que o Movimento Maker é um caminho revolucionário para a inclusão. Nas aulas de robótica, alunos de 11 a 13 anos criaram Bobô, um robô-anjo feito com peças de lego que foi criado para atender as necessidades especiais de uma aluna com Síndrome de Down e problemas urinários.

De acordo com o jornal Gazeta do Povo, a menina Luana Vitória Brizola de Castilho, de 7 anos, tem acompanhamento médico que requisita a quantidade de vezes em que foi ao banheiro e em quantas delas conseguiu eliminar a urina. Antes, as informações eram escritas manualmente, agora são computadas pelo robô, que além de guiar a menina no caminho entre a sala de aula e o banheiro também registra os apertos de botão feitos por Luana.

Movimento Maker na educação: robô-anjo feito com peças de Lego é criado por alunos da rede pública de Curitiba.

Luana com o ajudante Bobô. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo.

Em abril, os alunos da equipe Conectados (responsáveis pela criação de Bobô)  foram para os Estados Unidos representar o Brasil em uma competição internacional de robótica. As aulas fazem parte das políticas públicas da prefeitura de Curitiba há mais de uma década. Nelas, os 80 alunos participantes já desenvolveram aplicativos e até mesmo drones, provando que o Movimento Maker também pode ser aplicado para melhorar a realidade do ensino público.

Movimento Maker – Equipe Conectados já desenvolveu robôs, apps e até drones. Confira no Catraca Livre os outros robôs criados pelo grupo!

Os alunos da equipe Conectados e o robô Bobô. Clique aqui para ler a matéria completa no site do jornal Gazeta do Povo! Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo – Movimento Maker

 

Francieli Hess: Francieli Hess é estilista, empresária e produtora de conteúdo especialista em SEO. Atualmente reside na Índia, onde dirige sua marca Hess e atua como consultora internacional de negócios de moda, com foco em inovação e sustentabilidade. Instagram: @francielihess Site: www.hessbyhess.com

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