Muito se fala sobre as alternativas para melhorar as congestionadas ruas das cidades ao redor do mundo. Alguns acham que o problema está no transporte público e no investimento em trens e metrôs; outros falam da implementação de pedágio urbano; enquanto outros ainda sugerem aumentar o rodízio nas grandes cidades.Talvez a solução seja um misto dessas alternativas, mas acredito mesmo é que o paradigma atual dos nossos carros esteja ultrapassado.
Entre as principais macro tendências que regem a contemporaneidade está a desmaterialização, isto é, produtos cada vez menores, mais econômicos, com mais funções e muito mais potentes. Isto aconteceu com os telefones, com os computadores e até com infra estrutura. Países como África, sem recursos para criar uma infra–estrutura de rede elaborada, vão passar direto para telefonia sem fio que vem sendo implantada pelas próprias operadoras de celular.
O fenômeno da desmaterialização está entre as estratégias para o desenvolvimento sustentável. É caracterizado pela redução em massa dos materiais utilizados nos produtos industrializados e leva em conta o aumento da eficiência e das funções dos aparelhos. Imagens via Esplay e Fashion Bubbles
Entretanto, em relação aos carros, o fenômeno da desmaterialização não foi tão evidente, muito pelo contrário, fico às vezes horas parada no trânsito de São Paulo. Olho uma infinidade de veículos grandes, um após o outro e a maioria com apenas uma única pessoa, todos parados, com seus super motores em um trânsito que simplesmente não anda.
Será que já não é hora das montadoras adquirirem novo paradigma e começarem a investir em um modelo mais sustentável de veículo? Uma porcentagem grande de combustível atualmente é consumida por carros parados nas ruas das grandes cidades. Modelos cada vez maiores são sinônimos de status, mas dificultam o estacionamento e entulham ainda mais as cidades com um grande desperdício de energia.
Há alternativas como o Mini e o Smart, mas são extremamente caras no Brasil e apenas uma pequeníssima faixa da população tem acesso a esses veículos. Vejo o engarrafamento e fico pensando em uma alternativa mais barata, que seja uma melhor solução para o trânsito, como por exemplo um carro fininho – o Minimir – em vez de dois passageiros um do lado do outro, que tal dois passageiros um atrás do outro? Em uma avenida em que hoje circulam dois carros, circulariam quatro, sem contar o estacionamento, que também seria bem mais prático.
Acredito que uma demanda latente e urgente para as montadoras é o desenvolvimento de carros mais estreitos, visando desafogar o trânsito das grandes cidades, o Minimir – O carro fininho dos meus sonhos
Este na verdade, é o carro dos meus sonhos, ecologicamente mais viável e ainda seria uma ótima ferramenta para ajudar desatar o nó do trânsito nas cidades. Penso que a maioria das pessoas teria o Minimir para se locomover para o trabalho, escolas e atividades rotineiras que geralmente fazem sozinhas e na família teria apenas um veículo grande para os fins de semana, quando fazem atividades juntas.
Este carro pode vir a ser como os smartphones, menores e mais inteligentes, reunindo em um pequeno aparelho uma grande quantidade de funções.
Em dias de trânsito lento não custa sonhar!
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O Peugeot HYmotion3 parece uma moto do futuro, mas não: este pode ser um carro dos anos vindouros. Como uma ótima opção para o trânsito das grandes metrópoles do mundo, como São Paulo, a Peugeot Motorcycles apresentou no Salão do Automóvel de Paris um veículo de três rodas, parecido com uma scooter com um teto metálico e com motor híbrido. Saiba mais no Fast Driver. E o Commuter Cars Tango, o carro fininho
Commuter Cars Tango é um carro com apenas dois lugares e apenas 1 metro de largura. É movido a eletricidade, ele faz mais de 300 km com apenas uma “abastecida”. Como ele não é fabricado em grande escala, o preço chega salgadíssimo R$300.00,00. O George Clooney tem um. Via Under Flash
[http://www.youtube.com/watch?v=hShC9SHDOBA]
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Por Denise Pitta