Somos Guardiões: tudo sobre o novo filme sobre a Amazônia da Netflix

O lançamento Somos Guardiões retrata a luta dos indígenas pela sobrevivência frente ao desmatamento desenfreado da Amazônia

Fonte: @weareguardiansfilm

O filme Somos Guardiões chegou ao catálogo da Netflix em 28 de janeiro com direito a evento estreia no Aya Hub com a presença do Fashion Bubbles. Ele retrata as vidas dos indígenas brasileiros que lutam pela proteção da Amazônia frente às ameaças do desmatamento ilegal pelos madeireiros e fazendeiros. 

Os bastidores contam com nomes potentes, incluindo Edivan Guajajara (primeiro diretor indígena brasileiro), Chelsea Greene e até Leonardo DiCaprio. Com eles, a obra se torna “mais que um filme, mas um movimento” – uma vez que busca incentivar os telespectadores a abraçarem a causa humanitária e ambiental. 

Dessa forma, contamos tudo o que você precisa saber sobre Somos Guardiões e as trajetórias inspiradoras de seus colaboradores. Saiba mais e não deixe de conferir o documentário na Netflix!

Sobre o que é o documentário Somos Guardiões da Netflix?

Somos Guardiões se autodefine como “uma história de esperança e resiliência em meio a uma crise (…) uma exploração do espírito humano e de nossa responsabilidade coletiva em proteger o frágil equilíbrio de nosso mundo”.

Em suma, o documentário acompanha as trajetórias de duas importantes lideranças indígenas na Amazônia: Puyr Tembé e Marçal Guajajara. Ambos atuam, ao lado de outros membros da comunidade, na proteção de suas terras contra o avanço implacável do desmatamento – ao que recebem o título de guardiões.

O que diferencia Somos Guardiões de outros produtos sobre a devastação do meio ambiente é que o lançamento da Netflix apresenta diferentes perspectivas da questão. Além dos indígenas, é mostrada a visão de um madeireiro ilegal que luta para sobreviver à pobreza extrema, por exemplo.

Dessa forma, o filme nos leva à reflexão sobre a corrupção governamental e os modelos de consumo que estão levando à destruição da Floresta Amazônica. Questionamentos sobre o papel de Jair Bolsonaro na perseguição dos povos indígenas também são trazidos à tona, seguidos de comparações com as propostas de Luiz Inácio Lula da Silva.

Reconhecimento internacional

Todos os fatores citados acima levaram Somos Guardiões a receber diversos prêmios em festivais nacionais e internacionais antes da estreia oficial na Netflix, incluindo Raindance Film Festival, 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema e Présence Autochtone.

Lançamento no Aya Hub

Como mencionado, o evento de lançamento de Somos Guardiões foi realizado no Aya Hub, em São Paulo (SP). O espaço pertence ao Aya Earth Partners, que se dedica à elaboração de soluções sustentáveis voltadas à transformação da economia em regenerativa para empresas e lideranças globais. 

O cenário inspirador, com direito a muitas árvores mescladas à decoração luxuosa, abrigou duas exibições do documentário. Em seguida, os convidados puderam prestigiar um bate-papo com as presenças de alguns membros da produção e do elenco, incluindo Yaponã Guajajara, filho da ministra Sônia Guajajara.

Ao final, os organizadores promoveram um coquetel cheio de trocas de ideias e momentos de descontração entre os presentes. Confira o breve vídeo que registra a presença do Fashion Bubbles no evento: 

Diretores: Edivan Guajajara, Chelsea Greene e Rob Grobman

Um dos pontos de sucesso de Somos Guardiões é, sem dúvidas, o trabalho dos diretores. A começar por Edivan Guajajara, que é o primeiro indígena brasileiro a estrear um filme na Netflix. 

O rapaz nasceu no povo guajajara do território Arariboia (MA), mesma região de Sônia Guajajara. Ele entrou em Somos Guardiões como intérprete da equipe estadunidense, porém acabou se destacando devido à experiência no audiovisual e fotografia – sendo convidado para atuar como operador de câmera e, posteriormente, como um dos diretores.

Além disso, Edivan é social media, designer e um dos fundadores do canal de comunicação Mídia Indígena – que atualmente acumula mais de 200 mil seguidores nas redes sociais. Abaixo, uma ilustração do diretor feita pelo ilustrador Vítor Massao.

Fonte: @massaologia

Por sua vez, Chelsea Greene nasceu em Vermont, nos Estados Unidos. Ela estudou na American University e se dedicou à produção de documentários sobre a natureza e povos nativos. A diretora já trabalhou em documentários para a TV e cinema, porém Somos Guardiões é seu primeiro longa-metragem. 

Enquanto isso, Rob Grobman nasceu em New Hampshire, também nos Estados Unidos. Ele estudou na Universidade Johns Hopkins e liderou a Hertisan Films durante três anos. Seu primeiro documentário foi Gorilla Girl (2018). 

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Quem é Puyr Tembé, protagonista de Somos Guardiões? 

Nada melhor para explicar a protagonista de Somos Guardiões do que suas próprias palavras em entrevista à Amazônia Real. “Me chamo Puyr Tembé, do povo Tembé, do Estado do Pará. Estou hoje como presidente da Federação Estadual dos Povos Indígenas do Pará, estou compondo na executiva da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira e também sou co-fundadora da Anmiga (Associação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade)”.

Puyr Tembé

Ela completou: “Sou essa mulher lutadora, mãe de três filhas, avó. Tenho 44 anos, também militante e sobretudo defensora dos povos indígenas, em especial das mulheres, em defesa da luta pelo território. Me destaquei nessa luta desde que fazia parte do território e hoje vivo na militância entre aldeia e cidade. Sou um pouco de tudo isso, mas também sou essa mulher amazônida que faz a luta todos os dias, para que as mulheres tenham garantido o direito delas, no seu modo de vida e jeito”.

Puyr Tembé

Vale mencionar que Tembé também nomeada pelo governador Helder Barbalho (MDB) para a Secretaria dos Povos Indígenas do Pará. O objetivo da pasta criada em janeiro de 2023 é ampliar as ações do Estado frente às políticas públicas dos povos originários. 

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Como apoiar o movimento?

Os interessados se posicionarem contra o desmatamento da Amazônia podem encontrar várias formas de apoiar a causa indígena pelo Somos Guardiões. As mais importantes que encontramos no site oficial do movimento são: 

  1. Doações. Contribua com o fornecimento dos recursos necessários nas missões dos guardiões – como drones para o mapeamento das áreas ameaçadas da Amazônia, por exemplo. 
  2. Cobranças do governo. Envie um e-mail às lideranças políticas pedido apoio aos guardiões. Além disso, também é importante cobrar o despejo dos madeireiros ilegais que estão destruindo a floresta. 
  3. Cobranças das empresas. Diga às grandes corporações (destaque para JBS e Cargill) para cortarem relações com os fornecedores que atuam fora das leis ambientais na Amazônia. 
  4. Desinvista em bancos envolvidos no desmatamento. Fuja das instituições que estão usando o seu dinheiro para financiar a destruição das florestas tropicais.
  5. Torne-se um guardião em sua cidade natal. Vale encontrar maneiras de se envolver em questões ambientais e sociais em sua região – como iniciativas de reflorestamento, limpeza de rios ou parques e defender proteções ambientais mais rigorosas.

Conclusão sobre Somos Guardiões

Em conclusão não apenas à narrativa de Somos Guardiões, como também às informações apresentadas ao longo do texto, podemos dizer que a atual situação da Amazônia é assustadora. O filme nos mostra a urgência de que ações para a preservação das florestas (e, paralelamente, das vidas dos indígenas) sejam tomadas.

Sendo assim, o Fashion Bubbles reforça a mensagem para que os leitores assistam ao documentário na Netflix e também abracem as ações que podem fortalecer a luta dos guardiões. Acompanhe o Fashion Bubbles para mais conteúdos sobre Sustentabilidade e outros temas!

Milena Garcia: Jornalista formada pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Redatora e gestora das redes sociais do Fashion Bubbles. Experiência em Moda, Beleza e Entretenimento. Formações complementares em SEO, Marketing Digital, Oratória e Linguagem Inclusiva.

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