Consumidores e empresários estão cada vez mais atentos em ações que promovam a sustentabilidade. Pensando nisso, a procura pelo ESG aumentou significativamente nos últimos anos. Afinal, trata-se de uma ação do Pacto Global que tem por objetivo colocar em pauta questões ambientais, sociais e de governança.
Nos últimos anos, o setor empresarial tem ficado na mira de pessoas que analisam a falta de ESG como um fator de risco, especialmente quando se trata de investimentos e tomadas de decisão. Desta forma, conhecer mais sobre o que é e como o ESG interfere no dia a dia, é fundamental para garantir a sustentabilidade empresarial.
O que é ESG?
A sigla é originária do inglês e significa “Environmental, social and governance“, ou seja, trata-se de práticas ambientais, sociais e de governança voltada à organizações.
No Brasil, empresas tem pesquisado sobre o tema a fim de implantar esses critérios.
“Atuar de acordo com padrões ESG amplia a competitividade do setor empresarial, seja no mercado interno ou no exterior. No mundo atual, no qual as empresas são acompanhadas de perto pelos seus diversos stakeholders, ESG é a indicação de solidez, custos mais baixos, melhor reputação e maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades”, explica o Pacto Global Rede Brasil.
Para se ter uma ideia do impacto do ESG no mercado financeiro, a PwC realizou uma pesquisa onde foi constatado que 77% dos investidores institucionais pretendem parar de adquirir produtos que não estejam em conformidade com o ESG nos próximos dois anos.
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Como surgiu?
O ESG foi criado em 2004 a partir de uma parceria entre o Banco Mundial e o Pacto Global por meio de uma campanha chamada “Who Cares Wins” (Quem se importa ganha).
O termo teve como inspiração uma provocação feira pelo então secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, a cerca de 50 CEO’s de instituições financeiras onde cobrava uma atitude de integração entre os fatores ESG para a governança do mercado de capitais.
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Como o ESG impacta o mercado?
De maneira prática, o ESG deve interferir com práticas de compromisso empresarial, social e ambiental. Para ficar mais claro como cada um deles funciona, utilizaremos o infográfico desenvolvido pela Cubic:
Ambiente:
- Redução de CO2;
- Intensidade de energia;
- Gerenciamento de energia.
Capital social:
- Direitos humanos;
- Relações comunitárias.
Capital humano:
- Envolvimento dos funcionários;
- Diversidade;
- Saúde e segurança.
Modelo de Negócios:
- Gerenciamento da cadeia de suprimentos;
- Inovação.
Liderança e governança:
- Ética de negócios;
- Privacidade;
- Ciber segurança.
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Quais são as práticas ESG?
O primeiro passo para implantar as práticas ESG é saber reconhecer os impactos positivos e negativos que a empresa exerce na sociedade a fim de fazer os ajustes necessários para um caminho mais sustentável.
Para facilitar essa adoção, elaboramos uma lista com cinco práticas que interferem diretamente na sustentabilidade empresarial e que estão integradas ao ESG, são elas:
1. Administrar a gestão de resíduos
Se antigamente os consumidores e investidores davam importância apenas para o produto final. Hoje em dia, é avaliado toda a cadeia produtiva da empresa.
Desta forma, saber administrar melhor os resíduos para que haja menos desperdício e o descarte incorreto é uma prática importante no caminho da sustentabilidade.
Entretanto, faz-se necessário que os colaboradores sejam capacitados e treinados para isso. Além disso, como método de avaliação do avanço, é possível fazer essa medição por meio de relatórios ou auditorias periódicas a fim de apontar melhorias e falhas na prática adotada.
2. Reduzir os riscos no ambiente de trabalho
Um espaço seguro para trabalhar garante maior qualidade de vida aos funcionários e diminui as taxas de risco. Como resultado, estar atento aos métodos de segurança no trabalho é uma prática essencial do ESG.
Atualmente, existem regras que estabelecem exigências para que não haja acidente no ambiente de trabalho.
3. Promover o desenvolvimento da equipe
As mudanças exigidas pelo ESG devem acontecer de modo gradual. Assim, todos os setores da empresa estarão integrados com as práticas no mesmo nível.
Para isso, estabelecer um treinamento, promover cursos e programas voltados às práticas é essencial para que os colaboradores estejam de acordo com as mudanças em seu ambiente de trabalho.
Além disso, essa prática garantirá uma melhora significativa nas habilidades técnicas. Como resultado, haverá menos erros durante os processos e os funcionários estarão mais confiantes.
4. Promover inclusão e diversidade
Ter uma empresa com colaboradores de diferente orientação sexual, gênero, idade e classe social não é efetivamente o que se espera em uma prática ESG.
A proposta de um modelo de governança sustentável deve promover a reunião de todas essas pessoas a fim de aproveitar cada potencial criativo com respeito às suas diferenças.
Além disso, deve-se valorizar suas habilidade profissionais com igualdade sem exclusão. Esse quesito engloba ainda os cargos de liderança na organização.
5. Oferecer benefícios aos colaboradores
Uma empresa que se preocupa com seus colaboradores, deve oferecer a eles recursos que melhorem sua qualidade de vida. Afinal, quanto mais empenhados na empresa em que trabalham, mais eles produzem e melhor será o clima empresarial.
Sendo assim, para o ESG é importante essa valorização do trabalho. E, como recompensa, devem ser oferecidos benefícios a eles como gympass, vale-alimentação, consultas com nutricionistas, grupos de esportes, entre outros.
Além disso, o Pacto Global elaborou um guia chamado SDG Compass que ajuda as empresas a criarem metas compatíveis com a sua realidade a fim de ir em busca da sustentabilidade. Ao todo, são cinco passos para que as organizações entendam o impacto que elas promovem no mundo.
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Conclusão
O ESG é muito mais do que uma exigência, é uma realidade que tem colocado em cheque os impactos que uma empresa promove para quesitos ambientais, sociais e de governança.
Por fim, adotar as práticas é assumir as responsabilidades que são exigidas não apenas no crescimento e lucratividade da empresa, mas com a externalidade exigida pela sociedade.
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