Economia circular – Como resultado da economia linear, que é baseada em extração, produção e descarte, a disponibilidade de recursos naturais vem diminuindo. Corremos o risco de ver, em breve, o seu completo esgotamento. Assim sendo, tanto os clientes quanto os fabricantes começaram a perceber a necessidade de buscar uma forma mais consciente de consumir. E é aí que a economia circular entra.
Quando implementado de forma efetiva no mundo dos negócios, esse sistema permite que todo elemento da cadeia produtiva seja reaproveitado para fabricar novas mercadorias. Por consequência, a extração de matérias-primas direto do meio ambiente é reduzida, preservando a natureza. Continue lendo e entenda os princípios por trás da economia circular.
Depois, confira ainda nosso artigo sobre O que é logística reversa, com 5 programas de reciclagem com benefícios para os clientes.
O que é economia circular?
Na economia linear, os recursos naturais são explorados, transformados em mercadorias nas indústrias, usados e descartados quando chegam ao fim de sua vida útil. Já na economia da reciclagem, depois de ser utilizado, o produto é processado e volta para a cadeia industrial na forma de matéria-prima.
A economia circular, entretanto, inclui etapas como a redução do consumo, a reutilização de itens que seriam descartados, a reciclagem e a recuperação de materiais nos processos de fabricação, distribuição e consumo.
Em resumo, é uma maneira de repensar os produtos, desde a sua concepção, passando por sua fabricação até o seu uso. O foco aqui é buscar maneiras de utilizá-lo por mais tempo e, quando isso não for mais possível, retorná-lo aos processos produtivos na forma de matéria-prima. Dessa maneira, conseguimos diminuir ou extinguir de vez a extração de recursos naturais.
Quais são os seus benefícios?
Desde a Revolução Industrial, o mundo tem utilizado um modelo linear tanto na produção quanto no consumo de mercadorias. E a exploração de recursos naturais de forma descontrolada, assim como o descarte inconsciente depois que os bens deixam de ter utilidade, causaram um impacto ambiental que nós conhecemos muito bem.
A poluição, o aquecimento global, a ameaça de extinção de várias espécies de animais e de plantas e muitos outros efeitos podem ser controlados e até revertidos com a economia circular.
Isso porque se trata de um sistema regenerativo. Ele busca otimizar a performance das matérias-primas, melhorar o uso da terra e controlar a emissão de substâncias tóxicas no solo, na água e no ar.
Além disso, esse modelo de produção tem vantagens financeiras. Afinal, preservando a oferta de recursos vindos da natureza, há também uma diminuição do preço dos materiais necessários nas fábricas e nas indústrias. Isso sem contar o potencial de geração de empregos.
Já do ponto de vista social, os benefícios da economia circular estão relacionados com uma menor dependência da importação de matérias-primas. Por conseguinte, valorizam-se os produtores locais.
Quais os princípios da economia circular?
A economia circular opera com base em 3 princípios:
- Conservar e ampliar o capital natural. Ou seja, reconhecer que os recursos provenientes da natureza são de extrema importância para nossa economia. Então, quando destruímos um ecossistema, estamos destruindo também o modo de vida humano e prejudicando as futuras gerações. Para que esse capital natural seja preservado, é necessário priorizar atividades que tenham o menor impacto ambiental possível;
- Otimizar os recursos naturais. Empregando tecnologia de ponta, é possível reduzir a geração de resíduos durante o processo produtivo. Também é possível criar formas de reformar e reciclar as mercadorias depois que elas chegam ao fim de sua vida útil. Assim, inicia-se um ciclo em que os componentes continuam contribuindo para a economia em vez de virarem lixo;
- Tornar o sistema mais eficaz. Isso é feito eliminando as externalidades negativas, isto é, gerindo melhor recursos como energia, água, ar e solo. Dessa maneira, é possível reduzir os danos que a fabricação de produtos e serviços essenciais causa.
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Como implementar?
A fim de atender às demandas impostas pelo consumidor do futuro, as marcas precisam adequar-se à economia circular. Esse processo começa com o ecodesign, isto é, pensar nos impactos ambientais que uma mercadoria tem já na hora de concebê-la. Algumas opções são investir em embalagens biodegradáveis, bem como em formas de tornar o produto mais durável, evitando que precise ser substituído com frequência.
Ao mesmo tempo, é necessário incluir a ecologia na maneira de utilizar os territórios para extrair e produzir matéria-prima. De acordo com a Ellen MacCarthur Foundation, instituição que é autoridade no assunto, a degradação do solo tem um custo de mais de 40 bilhões de dólares por ano no mundo.
Esse valor considera o preço para repor nutrientes e garantir a qualidade da terra, mas não há como contabilizar as perdas da biodiversidade. Por isso, a economia circular emprega estratégias para melhorar a produtividade e reciclar o máximo de elementos possíveis. Só assim podemos reduzir a necessidade de extrair recursos naturais e de cultivar produtos agrícolas em larga escala.
Uma economia circular deve incluir também a transição para o uso de energia de fontes renováveis. É o caso da agricultura, por exemplo. O seu rendimento tem como base a energia solar, mas utiliza combustíveis fósseis para produzir fertilizantes e fazer funcionar tratores e máquinas.
Para tornar o processo mais sustentável, existem algumas soluções. Deve ocorrer a valorização dos pequenos produtores, que utilizam menos esse tipo de insumo, e do uso de adubos orgânicos.
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