Varíola dos macacos.

Varíola dos macacos: sintomas, diagnóstico e tratamento

Confira todas as informações que se sabe até o momento sobre a varíola dos macacos e veja como está a situação da doença no Brasil

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Recentemente, o mundo voltou a ficar em alerta por causa de uma nova doença: a varíola dos macacos. Embora os primeiros casos tenham sido notificados na África Ocidental e na África Central, mais de 74 países já possuem infecções confirmadas.

No Brasil, as autoridades de saúde já contabilizaram 2.293 casos doença. Portanto, nesta matéria, selecionamos as principais dúvidas sobre o tema:

  • O que é a varíola dos macacos?
  • Como é a transmissão?
  • Quais os sintomas da varíola dos macacos?
  • Qual o tratamento para varíola dos macacos?
  • Como se proteger da doença?
  • Vacina contra varíola
  • Varíola dos macacos no mundo
  • Casos de varíola dos macacos no Brasil

O que é varíola do macaco?

Vírus da varíola dos macacos no microscópio.
Vírus da varíola dos macacos no microscópio. Fonte: G1 Foto: Cynthia S. Goldsmith, Russell Regner/CDC via AP
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Assim como a varíola humana, a dos macacos é uma doença causada por um vírus do grupo ortopoxvírus. Apesar de o nome fazer referência ao primata, não há evidências científicas de que o macaco tenha sido o primeiro transmissor da doença.

As primeiras notificações deste tipo de varíola se deram na África, especialmente a Ocidental e Central.

Além disso, ainda que a doença esteja em evidência agora no mundo, ela já é conhecida no meio científico. Em 2016, por exemplo, casos da varíola dos macacos haviam sido notificados em países como Libéria, Serra Leoa, Nigéria, República do Congo, entre outros.

Entretanto, recentemente, o número de casos da doença aumentou em mais de 20 vezes. Pesquisadores acreditam que a causa para essa maior incidência seja a interrupção da vacinação contra a varíola, que ocorreu em 1980.

Como se pega a varíola dos macacos?

Homem espirrando.
Fonte: Canva

Nos últimos dias, profissionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, elaboraram uma lista com as três formas de transmissão da doença. São elas:

1. Contato com animal ou material infectado

Apesar de o nome da doença ser varíola dos macacos, ainda não se sabe qual o animal que possui o vírus. Entretanto, pesquisadores apontam que os roedores da África sejam os principais suspeitos pela transmissão às pessoas.

Portanto, arranhões ou mordidas desses animais são capazes de transmitir esse vírus. Além disso, o uso de produtos feitos com animais infectados e materiais contaminado também favorecem a disseminação da doença.

Ademais, compartilhar lençol, toalha ou roupas com alguém que esteja com a doença pode ser perigoso.

2. Pessoa para pessoa

Casal transmitindo varíola dos macacos. um para o outro.
Fonte: Canva

Os fluídos corporais de uma pessoa infectada propagam a doença. Sendo assim, pus, sangue, secreção respiratória, feridas, beijo e toque na ferida podem transmitir a varíola.

Por outro lado, ainda não há registros de que os fluidos vaginais e o sêmen passem o vírus.

3. De mãe para filho

Além disso, outra forma de transmissão da varíola é por meio da placenta da mãe para o bebê ou ainda durante o contato da pele durante o nascimento da criança.

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Quais os sintomas da varíola dos macacos?

Feridas da varíola dos macacos.
Fonte: Canva

De acordo com os casos notificados à Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas primários da varíola dos macacos são:

  • Febre;
  • Dores musculares;
  • Exaustão;
  • Dor de cabeça;
  • Dores nas costas;
  • Glânglios inchados.

Esses sintomas iniciais podem ser muito confundidos com a virose, especialmente se estiverem acompanhados de mal-estar e perda de apetite. Porém, entre o primeiro e o terceiro dia do início dos sintomas, começam a aparecer pequenas lesões na pele ou na boca.

Conhecidas também como erupções cutâneas, elas surgem primeiramente no rosto e depois se espalham pelo tronco, palma das mãos, sola dos pés e tórax.

De acordo com o CDC, as feridas passam por cinco estágios antes de caírem. Portanto, no geral, a doença dura entre 2 a 4 semanas.

Qual o tratamento para varíola dos macacos?

Até o momento, ainda não há comprovação de um tratamento específico contra essa doença. Por isso, o controle dos casos e a prevenção são tão importantes.

Portanto, as recomendações para os pacientes infectados são:

  • Repouso
  • Hidratação
  • Uso de medicamentos para aliviar os sintomas

Como prevenir a varíola?

Medidas de prevenção contra varíola dos macacos.
Fonte: Canva

Enquanto não há tratamento específico, profissionais de saúde aconselham algumas medidas básicas de contenção da doença. Em resumo, trata-se de distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos.

Portanto, os mesmos cuidados utilizados na prevenção do coronavírus são eficazes para outras doenças.

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Qual é a vacina da varíola?

Vacina.
Fonte: Canva

Após o anúncio de que alguns países estão vacinando a população contra a varíola, surgiu o questionamento: nós já estamos protegidos contra a doença?

Como dito anteriormente, a varíola dos macacos faz parte de um grupo de doenças, como a varíola humana, por exemplo. No Brasil, em 1904, com o aumento dos casos de varíola humana, o sistema de saúde desenvolveu uma vacina contra a varíola humana, que apesar de ser do mesmo grupo, não é a mesma coisa que a vacina dos macacos.

Graças à vacina, em 1971, a doença foi erradicada no Brasil. Porém, em 1980, a OMS recomendou que os países parassem com as campanhas de vacinação por conta da erradicação mundial.

Atualmente, estudiosos revelaram que a vacina contra a varíola humana é 85% eficaz contra a varíola dos macacos.

Porém, como faz cerca de 50 anos que não há mais campanha no Brasil, o país não possui estoque suficiente para imunizar a população nascida após os anos 70, exceto profissionais da saúde.

Portanto, pessoas nascidas até 1971 muito provavelmente já foram imunizadas contra a varíola e estão relativamente protegidas da variante dos macacos.

Varíola dos macacos no mundo

Mapa mundi.
Fonte: Canva

Até o momento, mais de 74 países já notificaram casos de varíola dos macacos. No entanto, embora tenha passado muito rapidamente para países nas Américas e na Europa, os países da África Ocidental e Central foram os primeiros a considerarem a doença como infecção viral endêmica.

Como medida preventiva, alguns lugares iniciaram campanha de vacinação contra a varíola humana. Ao mesmo tempo, a quarentena obrigatória também está sendo exigida em alguns lugares.

O aumento de casos fez com que o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciasse que a varíola dos macacos é uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

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Casos de varíola dos macacos no Brasil

Casos de varíola dos macacos no Brasil.
Vermelho: casos suspeitos. Roxo: caso sendo monitorado. Fonte: Canva/Edição: Dana Diniz

No dia 12 e junho, o Ministério da Saúde informou que existiam três casos confirmados de varíola dos macacos no país. O último paciente é um homem de 51 anos, português que veio de viagem a Porto Alegre

Ele fazia parte do grupo de pessoas que estavam em monitoramento desde o final de maio. Segundo as autoridades de saúde, o homem está isolado em casa junto com seus familiares, seu quadro é estável.

Além disso, os outros dois pacientes com resultado positivo para varíola dos macacos estão em São Paulo e Rio Grande do Sul, todos fizeram viagens internacionais recentemente. Eles permaneceram isolados e foram monitorados.

Entretanto, quase dois meses depois do anúncio dos primeiros casos, o Brasil já possui 2.293 casos confirmados da doença. De acordo com Rosamund Lewis, líder técnica da OMS, a situação no país é preocupante.

Afinal, embora haja um grande número de pessoas já diagnosticadas, existem muitos casos subnotificados. Isso porque não há testes suficientes para fazer em todos que apresentem sintomas. Como resultado, o número pode ser ainda maior.

Por isso, o Ministério da Saúde estabeleceu alerta máximo para evitar a transmissão do vírus. Isso quer dizer que a doença é uma ameaça de impacto nacional. Na prática, o objetivo é alertar todos os órgãos que a varíola dos macacos precisa de máxima atenção.

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