Transplante de coração: quando é indicado, como funciona e tudo sobre a cirurgia
O transplante de coração é um procedimento extremamente delicado e assim como Faustão, muitos brasileiros esperam um novo órgão para mais uma chance
O apresentador Fausto Silva, de 73 anos, comunicou sobre seu problema de coração e a necessidade de um transplante de coração. Segundo a estimativa do HCor, hospital em São Paulo referência no tratamento de doenças do coração, para casos mais graves de insuficiência cardíaca, pode esperar entre dois e três meses pelo órgão, estando em estado delicado.
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, mais de 65 mil brasileiros esperam por transplante no país, sendo cerca de 380 deles por um coração. No Brasil, todos os transplantes de órgãos respeitam o Sistema Nacional de Transplantes, sejam eles custeados pelo SUS, por planos de saúde ou pagos pelo paciente. A fila do transplante funciona por ordem cronológica de inscrição e é levado em consideração aspectos como: a gravidade e compatibilidade sanguínea e genética entre doador e receptor.
O que é preciso para um transplante de coração?
As doenças do coração são as mais incidentes entre os brasileiros e também a principal causa de morte no país. As porcentagens chegam a 30% do total de óbitos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Entre as enfermidades mais prevalentes, estão as arritmias, doença coronária (entupimento dos vasos do coração) e a insuficiência cardíaca.
Quando o paciente não apresenta melhora com medicamentos ou com nenhum outro procedimento cirúrgico, há indicação para o transplante do coração.
“Muitas vezes, enquanto aguarda o transplante cardíaco, o paciente tem uma piora importante, fazendo com que seja necessária a internação, geralmente, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), recebendo medicações que ajudam o sangue a circular no organismo”, explica Dr. Paulo Pego Fernandes, cirurgião cardiovascular e torácico do Hcor.
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Como funciona o procedimento?
O transplante de coração funciona junto a uma equipe completa de profissionais, com equipes cirúrgicas compostas por cirurgiões, anestesiologistas, enfermeiro, perfusionista e instrumentadores, além dos enfermeiros do centro cirúrgico. Ao todo, o procedimento pode levar de 8 a 12 horas.
Após a autorização dos familiares, o coração colocado à disposição do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que gerencia a fila única de candidatos a órgãos, é preparado para o transporte até o paciente que irá receber.
O SNT entre em contato com primeiro na lista de espera para que o hospital esteja preparado. Já no centro cirúrgico, os médicos desviam o sangue do coração doente para uma máquina de circulação extracorpórea. O objetivo é manter o fluxo sanguíneo durante toda a operação, possibilitando a retirada do órgão.
Após o procedimento, a circulação do paciente é restabelecida e o mesmo permanece em observação por cerca de 15 dias. Além disso, o transplante de coração não pode demorar muitas horas para acontecer, pois o órgão a ser recebido tem limite de armazenamento, sendo de 4 horas.
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Qual é o valor de um transplante de coração?
Em geral, a maioria dos transplantes são realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Já os planos privados de saúde não costuma cobrir o procedimento, assim, o custo pode variar de R$ 4.000,00 a R$ 70.000,00.
Quantas pessoas estão na fila de transplante de coração?
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, mais de 65 mil brasileiros esperam por transplante no país, sendo cerca de 380 deles por um coração. No Brasil, todos os transplantes de órgãos respeitam o Sistema Nacional de Transplantes, sejam eles custeados pelo SUS, por planos de saúde ou pagos pelo paciente.
A gravidade do caso, o tipo sanguíneo e o tamanho corporal (altura e peso) influenciam no tempo de espera pelo órgão. “Em casos menos graves, a espera por um transplante cardíaco pode ser de 12 a 18 meses, em média. Em casos mais graves, esse período pode ser reduzido para de dois a três meses”, esclarece o Dr. Paulo Pego.
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Como funciona o coração artificial?
Conforme a médica Juliana Giorgi, especialista em cardiologia clínica pela FMUSP (Incor) e Insuficiência Cardíaca pelo Integris Hospital, o coração artificial é uma alternativa para melhorar a qualidade de vida do paciente até que ele consiga de fato ser transplantado.
O dispositivo tem a mesma função do ‘coração normal’: de bombear o sangue, para todo o corpo humano e com a máquina acoplada ao coração doente, o paciente possa esperar o transplante cardíaco com mais qualidade de vida. Contudo, o equipamento dura de três a quatro meses.
Qual a expectativa de vida de um transplantado de coração?
A expectativa de vida de um trasplantado de coração é muito variável, assim como os demais o cuidado com a saúde é essencial para longevidade. Mas há casos, como o de João Carlos Cechella, em que se vive mais de 30 anos com o novo órgão.
Assim, “A grande vantagem é que o paciente passa a ter uma qualidade de vida normal, dependendo apenas de imunossupressores e controle clínico rigoroso”, finaliza o Dr. Paulo Pego.
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Como vive uma pessoa com o coração transplantado?
Bem como dito anteriormente, uma pessoa com o coração transplantado vive normalmente. Contudo, é sempre importante manter um estilo de vida saudável e fazer exames regularmente.
Quem pode doar o coração?
Para doar o coração a morte precisa ser encefálica e família do falecido autoriza a retira do órgão.
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Conclusão
Em suma, o transplante de coração é um procedimento extremamente delicado e importante, pois aqueles que esperam pelo novo órgão tem a possibilidade de uma nova vida. Além disso, é sempre importante deixar claro a amigos e familiares a vontade de doar os órgãos após morrer, pois esse ato pode salvar outras vidas.
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