Síndrome de borderline: o que é, sintomas e tratamento

Comportamentos impulsivos e ataques de fúria são características marcantes do borderline, confira também famosos com esse diagnóstico

Fonte: Canva

A síndrome de borderline é conhecida também como transtorno de personalidade limítrofe. Pessoas com esse diagnóstico apresentam instabilidade emocional e e hipersensibilidade. Recentemente, dois casos ficaram famoso no Brasil, o da participante do reality A Fazenda 12, Raissa Barbosa, e o de Suzi Sassaki, da edição de 2022.

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Entretanto, existem diversas outras personalidades famosas mundialmente com esse quadro. Alguns exemplos são: Britney Spears, Lady Di, Jim Carrey, Woody Allen, Angelina Jolie, entre outros.

Mas, afinal, o que é de fato essa síndrome? Qual a causa? Como é feito o tratamento?

A resposta para essas perguntas você encontrará ao longo do texto. Portanto, boa leitura!

O que é uma pessoa com síndrome de borderline?

A síndrome de borderline ou transtorno de personalidade limítrofe é caracterizada por um padrão generalizado de comportamentos extremos como mudanças súbitas de humor, impulsividade e medo do abandono.

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Muitas vezes esse quadro vem acompanhado de outros transtornos, como depressão, ansiedade, de humor, de personalidade, alimentares e de estresse pós-traumático.

Aproximadamente 75% dos pacientes que são diagnosticados com a síndrome são mulheres. Além disso, 20% das pessoas em tratamento de internação psiquiátrica possuem borderline.

O que causa a síndrome de borderline?

Estudos indicam que o estresse durante os primeiros anos de vida são fatores potenciais para o desenvolvimento do transtorno de personalidade. Dentre o históricos dos pacientes, é comum encontrar relatos de: abuso, separação dos pais, perda de um deles e até mesmo negligência.

Por outro lado, existe também a causa genética para essa síndrome. Assim, trata-se de uma resposta patológica, ou seja, hereditária, em meio ao estresse do meio ambiente.

Pesquisadores identificaram que os parentes de primeiro grau de pessoas com borderline possuem 5 vezes mais chance de ter a doença quando comparados ao resto da população.

Além disso, um caso um pouco mais raro, como um distúrbio das funções reguladoras do cérebro, também é uma causa para a síndrome. Porém, nem todos os pacientes possuem esse diagnóstico.

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Sintomas do borderline

Em geral, há 7 sintomas mais comuns da doença:

1. Raiva e irritação

Sentimentos de raiva e medo intenso são bastante característicos nos pacientes com síndrome de borderline, especialmente quando eles sentem que há risco de abandono ou negligência. Nestes casos, ataques de fúria ou pânico podem aparecer quando existem atrasos ou cancelamento de um compromisso.

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Após o descontrole, é comum que haja sentimento de culpa e vergonha, fazendo com que a sensação de que a pessoa é ruim seja reforçada.

2. Mudança de opinião

Além disso, outra característica marcante de pessoa com borderline é a mudança de opinião abrupta acerca de alguém. Por exemplo, ao conhecer alguém, o paciente se encanta e procura passar o máximo de tempo junto a ela. Porém, caso sinta indiferença desta pessoa, o comportamento passa a ser de irritação ou desprezo.

Esse pensamento é conhecido como maniqueísta, ou seja, há uma polarização do bem e do mal.

3. Sentimento de empatia seletiva

Existe um mito de que pessoas com borderline não sentem empatia. Entretanto, esse sentimento aparece sempre que há uma pessoa querida com tempo disponível para ela.

4. Mudanças na autoimagem

Se você convive com uma pessoa com síndrome de borderline já deve ter reparado que a autoimagem dela está sempre mudando. Alguns exemplos de mudanças são: carreira, objetivos, amigos, valores e opiniões.

5. Alteração de humor

Ansiedade, irritabilidade e disforia são algumas das alterações presentes no dia a dia do pacientes. Normalmente, esses sentimentos duram apenas algumas horas. Contudo, existem relatos de casos que duraram dias.

Na maioria das vezes esse comportamento reflete uma sensibilidade extrema acerca de relações interpessoais.

6. Autossabotagem

Alguns exemplos práticos de autossabotagem é o abandono ao final da graduação ou também a procrastinação.

7. Impulsividade

Este talvez seja o sintoma mais marcante do borderline. Atos autodestrutivos como automutilação, compulsão alimentar, dirigir de forma imprudente, apostar em jogos de azar e usar drogas são alguns exemplos.

Embora nem sempre esse comportamento esteja relacionado com intenções suicidas, estudos apontam que esses pacientes possuem 40% mais risco de suicídio. Além disso, cerca de 8 a 10% deles morrem por essa causa.

A automutilação é muitas vezes justificada para desviar de uma emoção dolorosa, de se punir por se sentir mal ou ainda para reafirmar a própria sensibilidade.

Como é feito o diagnóstico da síndrome de borderline?

Em primeiro lugar, é importante destacar que o diagnóstico de síndrome de borderline só pode ser feito por um médico, de preferência um psiquiatra.

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O primeiro passo para identificá-la é saber quando os sintomas iniciaram. Normalmente, eles surgem durante a adolescência e no começo da vida adulta.

Além disso, o especialista deverá avaliar uma série de comportamentos. Por isso, muitas vezes é necessário mais de uma consulta para comprovação do diagnóstico.

Qual o tratamento para o transtorno de personalidade borderline?

Existem dois tipos de tratamento da síndrome de borderline: a psicoterapia e o uso de fármacos.

A psicoterapia é o método mais eficaz de tratamento a longo prazo. Afinal, o paciente conseguirá adquirir a habilidade controlar melhor suas emoções e até mesmo prevê-las.

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Já os remédios são indicados para um uso moderado e servem para sintomas específicos. Por exemplo, os inibidores seletivos da repactação da serotonina (ISRS) são eficazes no tratamento da ansiedade e depressão desses pacientes.

Além disso, o profissional da saúde também pode receitar estabilizadores de humor e antipsicóticos.

O uso de qualquer medicamento deve ser feito de forma controlada e consumido apenas com indicação médica e prescrição.

Conclusão

Em conclusão, a síndrome de borderline é um transtorno marcado pela instabilidade e hipersensibilidade. Sendo assim, trata-se de um quadro delicado que exige acompanhamento com profissionais de saúde qualificados tais como médicos e psicólogos.

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Diana Diniz: Diana Diniz é jornalista apaixonada por novas experiências. Possui uma bagagem de conhecimento adquirido na Universidade do Algarve, em Portugal. Através do MBA em Marketing Digital e Especialização em Saúde pôde se aperfeiçoar na redação de artigos para blogs com embasamento científico e unir a experiência da profissão com sua paixão: a escrita.
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