Refluxo: o que é, quais os sintomas e tratamentos sem remédio
Confira o que é refluxo, como ele surge, quais os sintomas e veja os tratamentos não medicamentosos que incluem a mudança no estilo de vida
O refluxo é uma doença que acomete muitas pessoas ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Na maioria das vezes, bebês lactantes, crianças e adolescentes já começar a dar sinais da doença. Porém, alguns hábitos alimentares e um estilo de vida desregrado podem acabar ajudando no desenvolvimento do refluxo na fase adulta.
Por outro lado, existe uma série de alimentos que estão diretamente relacionados tanto à causa da doença como também ao seu controle.
Por isso, o Fashion Bubbles preparou uma matéria que irá falar sobre:
- O que é o refluxo;
- Como ele surge;
- Quais os sintomas;
- Tratamentos do refluxo;
- Quais alimentos ajudam e qual atrapalham.
O que é o refluxo?
Em primeiro lugar, é importante diferenciar o que é a Doença de Refluxo Gastroesofágico (DRGE) e o Refluxo Gastroesofágico (RGE). Basicamente, ambos possuem a mesma base.
Trata-se da “passagem retrógrada do conteúdo gástrico para o esôfago”, segundo o estudo publicado pela Revista Eletrônica Acervo Saúde. Este conteúdo gástrico pode chega até a faringe, e até mesmo a boca. Ou seja, se você, após alguns minutos de comer, já sentiu um líquido amargo voltando pela garganta, significa que já teve um quadro de refluxo.
Porém, o que diferencia a DRGE e o RGE é a frequência de ocorrências. No caso de lactantes, que são bebês que estão sendo alimentados com leite materno, e crianças, este quadro pode ocorrer de forma natural.
Além disso, se o refluxo acontece de forma rara, também não é considerado como doença. Por outro lado, caso a frequência seja semanal e com forte intensidade, é possível que haja um diagnóstico.
Vale lembrar que é imprescindível consultar um médico. Afinal, a conduta médica será diferente para cada um dos casos.
O diagnóstico será feito a partir do histórico do paciente de alguns exames clínicos específicos.
Como o refluxo surge
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A DRGE pode surgir a partir de vários fatores. Entretanto, o surgimento se deve ao fato da exposição crônica da mucosa ao conteúdo gastroduodenal. Os termos parecem difíceis mas, traduzindo, quer dizer que há uma espécie de defeito do mecanismo de defesa do esôfago.
Já quando se trata de bebês, o refluxo é comuns nos prematuros. Por isso, o diagnóstico é, muitas vezes, feito ainda enquanto ele está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Antes dos seis meses de vida, é comum que os pequenos regurgitem mais de uma vez ao dia. Isso porque o esfíncter esofágico ainda está em desenvolvimento.
Por outro lado, quando trata-se de refluxo em adultos, esta condição pode estar associada a vários fatores relacionados ao estilo de vida e a qualidade da alimentação. Porém, vamos falar especificamente de cada um deles logo mais.
Como resultado, o quadro de surgimento, diagnóstico, sintomas e tratamento será diferente diferente para cada idade.
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Quais os sintomas do refluxo
Não existem muitos sintomas no refluxo, sendo que os mais comuns são: regurgitação e pirose. Porém, o que dificulta o diagnóstico, é que os sintomas apresentados também podem estar associadas a a outras doenças como neoplasias, gastrites, entre outras.
Então, vale a pena reforçar que é muito importante consultar um médico ao indicativo de qualquer sintoma.
Tratamento de refluxo
Existem dois tipos de tratamento de refluxo: o cirúrgico e o clínico. O primeiro deles é um tipo de intervenção necessária para os casos mais graves de refluxo. Além disso, existem dois procedimentos: a cirurgia de Nissen e a Toupet.
Por outro lado, o segundo é através de acompanhamento médico que pode incluir medicamentos ou não. Tudo dependerá do estado de saúde do quadro de cada paciente.
Antigamente, havia quem acreditasse que o único tipo de tratamento contra o DRGE era o medicamentoso. Porém, um estudo detalhado, publicado na Revista da Associação Médica Brasileira (2012), apontou uma série de tratamentos que não envolvem medicamentos e que oferecem resultado contra a doença, são eles:
- Controlar o peso;
- Parar de fumar;
- Diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas;
- Cuidar da alimentação e seus horários;
- Dormir na posição correta;
- Praticar atividade física;
- Controlar o estresse.
E para que você entenda a relação de cada um deles com o refluxo, precisamos falar sobre eles separadamente:
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Obesidade
Este é um fator que precisa ser levado em consideração no histórico do paciente. Afinal, o Índice de Massa Corpórea (IMC) quando é maior que do que 25 se torna um fator de risco para a DRGE erosiva.
Além disso, embora haja perda de peso por parte do paciente, o refluxo será melhorado no pós-pradial e o tempo de pH será reduzido. Porém, existem indicativos de que não haja redução na manifestação do refluxo.
Tabagismo
Outro fator de risco associado ao DRGE não erosivo é o tabagismo. Além disso, o hábito de fumar piora os sintomas da doença.
Quando comparado aos não fumantes, foi comprovado que “os tabagistas têm mais episódios de refluxo do que não tabagistas”, por meio de um estudo.
Bebidas
Em seguida, avaliou-se que o álcool também possui relação direta com o refluxo e pretensão para a DRGE erosiva. O consumo frequente de bebidas alcoólicas também é fator de risco para os sintomas.
Deste as bebidas que foram analisadas, o vinho e a cerveja apresentaram um alto índice de aumentar o risco da doença.
Além disso, o café também apresentou associação à DRGE.
Dieta
Quando o assunto foram alimentos que estejam associados a DRGE, foi-se constatado não somente os prejudiciais, mas também os benéficos. Por exemplo, o consumo de pão branco, doces e uma alimentação em excesso estão relacionados aos sintomas da doença.
Por outro lado, o consumo de frutas age como proteção aos sintomas do refluxo.
Posição
Apesar de parecer inofensivo a postura e o nível de elevação da cabeceira da cama podem agravar os quadros de refluxo. Por isso, trabalhar em posição não inclinada e ter um apoio ou elevar a cabeceira da cama pode reduzir os episódios da doenças.
Alimentação noturna
Pessoas obesas e com DRGE erosina não podem fazer refeições muito tarde para que não haja índice de refluxo. Por isso, a alimentação noturna deve ser feita, ao menos, três horas antes de deitar.
Caso contrário, haverá um índice maior de refluxo.
Exercício físico
Fazer atividade física no mínimo três vezes por semana é capaz de oferecer diversos benefícios a saúde e a qualidade de vida. Dentre eles, está o fator protetor em relação à DRGE.
Fadiga e estresse
Por fim, o estudo comprovou a relação entre a fadiga e o estresse com a doença. Isso porque os episódios em que os sintomas aparecem são desencadeados por esses dois fatores.
Além disso, o estresse também é classificado como um fator de risco para o refluxo.