Mulher com lipedema usando biquíni vermelho e canga. Fundo bege com elementos de folhas ado lado

Lipedema: sinais, causas e diagnóstico + 4 famosas que convivem com a doença

Descubra como surge, quais os sintomas e como tratar lipedema, um acúmulo anormal de gordura que ocorre em glúteos e pernas

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Imagine enfrentar um mistério médico que afeta sua aparência, bem-estar e autoestima, mas parece invisível aos olhos de muitos profissionais de saúde. Essa é a realidade de milhares de mulheres que vivem com lipedema, uma condição complexa e muitas vezes mal compreendida.

O diagnóstico e tratamento do lipedema podem ser um verdadeiro labirinto para as afetadas, cheio de desafios e frustrações. Conversamos com a Dra. Fernanda Junqueira, especialista no assunto, e vamos explorar as razões pelas quais o diagnóstico do lipedema é tão difícil. Vem conferir a opinião de outros profissionais também!

O que é lipedema?

O lipedema é uma condição crônica e progressiva que afeta principalmente mulheres e se caracteriza pelo acúmulo anormal e desproporcional de gordura em certas áreas do corpo, como pernas, quadris, nádegas e, às vezes, braços.

exemplo lipedema
Fonte: Pinterest
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A Dra. Elaine Dias JK, médica metabologista e PHD em endocrinologia pela USP, explica que o Lipedema é uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo anormal de tecido adiposo, especialmente nas pernas e braços. “Não é causado por excesso de calorias ou inatividade”, ressalta a especialista.

“O lipedema não é causado por excesso de peso ou obesidade, mas pode piorar com o ganho de peso”, explica a Dra. Fernanda Junqueira.

Qual a diferença entre lipedema e obesidade?

A especialista Dra. Elaine Dias JK ressalta a importância de distinguir o lipedema da obesidade para o tratamento adequado e, consequentemente, eficaz.

“Enquanto a obesidade envolve um excesso geral de gordura devido ao desequilíbrio calórico, o lipedema é caracterizado pela distribuição anormal de gordura, independentemente da ingestão calórica”, explica a médica.

Embora não haja cura conhecida para o lipedema, o tratamento com abordagens multidisciplinares pode ajudar a gerenciar os sintomas.

Mulher com lipedema usando roupa preta e joias de pérola
Fonte: Instagram @tamiris.desa

“É fundamental ter acompanhamento com um endocrinologista para tratar o sobrepeso ou obesidade, que pioram os sintomas, além de terapia de compressão; drenagem linfática manual; radiofrequência; ondas de choque; alimentação anti-inflamatória e antioxidante. Em casos selecionados, a lipoaspiração também pode ser considerada”, orienta a Dra. Elaine.

Ela enfatiza que, apesar de procedimentos estéticos oferecerem benéficos em certos casos, ajudando a reduzir o excesso de tecido adiposo, é fundamental que esses tratamentos sejam realizados por profissionais experientes na condição, com acompanhamento médico especializado.

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O que causa um lipedema?

A causa exata do lipedema é desconhecida, mas acredita-se que envolva fatores genéticos e hormonais. A condição geralmente se desenvolve ou piora durante períodos de mudança nos hormônios, como a puberdade, gravidez ou menopausa. Além disso, o lipedema é muitas vezes subdiagnosticada ou confundida com linfedema, ou obesidade.

Mulher com lipedema sentada abraçandou doutora Paula Frederichi, que usa jaleco, legging e bota
Fonte: Instagram @drapaulafrederichi

O tratamento para lipedema pode incluir medidas de controle de peso, exercícios, uso de roupas de compressão e terapia de drenagem linfática manual. Em alguns casos, é possível realizar a lipoaspiração para remover o excesso de gordura.

No entanto, é importante ressaltar que a lipoaspiração não é uma cura para o lipedema e que a condição pode voltar a progredir mesmo após a cirurgia.

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Como saber se estou com lipedema?

O diagnóstico de lipedema é geralmente baseado em uma avaliação clínica, que inclui a análise dos sintomas e um exame físico realizado por um profissional de saúde experiente no reconhecimento da condição.

Os sintomas mais comuns incluem dor ou sensibilidade nas áreas afetadas, inchaço, fácil contusão e uma aparência característica das pernas em forma de “coluna”.

Além disso, a gordura acumulada no lipedema é frequentemente macia e sensível ao toque, um dos principais indicativos clínicos para o diagnóstico.

“Exames de imagem, como DEXA (densitometria de composição corporal) e BIOIMPEDANCIA, também auxiliam na confirmação da doença”, complementa a Dra. Elaine.

lipedema
Diagnóstico requer uma avaliação clínica, e não somente visual. Fonte: Pinterest
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Passos no processo de diagnóstico

  1. Histórico médico e sintomas: o médico irá fazer perguntas para entender melhor a situação e identificar possíveis fatores de risco;
  2. Exame físico: o especialista também irá avaliar a aparência e a distribuição de gordura no corpo, assim como a presença de dor, inchaço e outras características típicas do lipedema. Ele também pode verificar a presença de veias varicosas, que podem ser comuns em pessoas com o problema;
  3. Avaliação de outras condições: o profissional pode considerar e descartar outras doenças que podem apresentar sintomas semelhantes, como linfedema, obesidade e outros problemas vasculares.

Embora não haja um teste específico para identificar o lipedema, alguns exames de imagem podem ser úteis para confirmar o diagnóstico e descartar outras condições. Entre eles, podemos citar:

  1. Ultrassonografia: é possível fazer um ultrassom para avaliar a estrutura e a distribuição do tecido adiposo e descartar a presença de outras condições, como trombose venosa profunda ou problemas linfáticos;
  2. Imagem por ressonância magnética (MRI): pode mostrar detalhes da estrutura dos tecidos moles e, desse modo, ajudar a diferenciar o lipedema de outras condições semelhantes;
  3. Linfocintilografia: este exame de imagem serve para avaliar o sistema linfático e ajuda a descartar o linfedema.

O diagnóstico precoce e preciso do lipedema é crucial para garantir que as pessoas afetadas recebam o tratamento e o apoio adequados para controlar a condição e melhorar a qualidade de vida.

O que fazer para tratar lipedema?

O tratamento do lipedema visa aliviar os sintomas, reduzir a dor, melhorar a mobilidade e prevenir complicações. Mas vale lembrar que, atualmente, não há cura para o problema. Conforme a Dra. Fernanda Junqueira, a melhor abordagem para o tratamento do lipedema é multidisciplinar:

Mulher com lipedema usando croped e shorts curto roxo, em selfie no espelho de quarto
Fonte: Instagram @jordallenhall
  1. Controle de peso: embora a obesidade não seja uma causa, a manutenção de um peso saudável pode ajudar a controlar os sintomas e prevenir a progressão da doença. Então, é essencial manter uma dieta equilibrada;
  2. Exercício: a atividade física regular é importante para melhorar a circulação, reduzir o inchaço, aumentar a mobilidade e controlar o peso. Exercícios de baixo impacto, como caminhada, natação, ciclismo e hidroginástica são especialmente benéficos para pessoas com lipedema;
  3. Terapia de compressão: o uso de meias, mangas ou calças de compressão pode ajudar a reduzir o inchaço e melhorar a circulação linfática. Essas peças de vestuário aplicam pressão graduada nas áreas afetadas, ajudando a controlar o edema;
  4. Drenagem linfática manual (DLM): é uma técnica de massagem suave que ajuda a estimular o fluxo linfático e reduzir o inchaço. Um terapeuta especialista pode realizar essa terapia. Além disso, é possível complementá-la com automassagem em casa;
  5. Cuidados com a pele: manter a pele limpa e hidratada é fundamental para prevenir infecções e complicações. As pessoas com lipedema devem tomar precauções adicionais, como evitar feridas, arranhões e picadas de insetos nas áreas afetadas;
  6. Tratamento cirúrgico: em alguns casos, considera-se a lipoaspiração para remover o excesso de gordura das áreas afetadas. No entanto, é importante ressaltar que o procedimento não é uma cura para a lipedema e que a condição pode continuar a progredir mesmo após a cirurgia.

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Como diminuir a gordura do lipedema?

O lipedema, caracterizado pelo acúmulo excessivo de gordura nas pernas, coxas, nádegas e até mesmo nos braços, afeta 12% das brasileiras, inclusive as famosas, como é o caso de Yasmin Brunet. A participante do BBB 24 revelou em conversa com os brothers sofrer com a doença e planejar a realização de uma cirurgia.

Essa condição pode levar a dor e desconfortos físicos e estéticos. No entanto, muitas pacientes acabam optando, por falta de conhecimento, apenas pelo método cirúrgico, por meio de lipoaspiração.

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Mulher com lipedema usando roupa que aperta e desfarça gordurinhas, em local com espelho
Fonte: Instagram @xmaarianax

Segundo especialistas, a lipo somente deve ser indicada em casos graves. Nesse processo, a massoterapia tem se mostrado uma grande aliada no tratamento. A especialista em massoterapia Ana Martha, da TopCorpus, lista alguns benefícios da massagem no tratamento de lipedema.

Redução do inchaço

Massoterapia é especialmente eficaz na redução do inchaço, aliviando a sensação de peso nas pernas, por meio da drenagem linfática. A técnica estimula o sistema linfático, auxiliando na remoção de excesso de líquido e toxinas, o que resulta em uma redução significativa do edema nas pernas.

Alívio da dor

Muitas pessoas com lipedema experimentam desconforto e dor nas pernas. A massoterapia pode ajudar a aliviar esses sintomas, uma vez que a técnica promove o relaxamento muscular, reduz a pressão nos tecidos e estimula a liberação de substâncias analgésicas naturais no corpo.

Melhora da circulação sanguínea

A massoterapia também contribui para melhorar a circulação sanguínea nas pernas afetadas pelo lipedema. A estimulação suave dos vasos linfáticos e sanguíneos ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo, melhorando a oxigenação dos tecidos e promovendo a regeneração celular.

Aumento da mobilidade

O lipedema pode limitar a mobilidade e a funcionalidade das pernas. A massoterapia, ao reduzir o inchaço e a dor, pode ajudar a melhorar a mobilidade articular, permitindo que as pessoas afetadas pelo lipedema se movam com mais facilidade e conforto.

Apoio emocional e bem-estar

Além dos benefícios físicos, a massoterapia pode oferecer um suporte emocional significativo para aqueles que sofrem com o lipedema. O toque suave e a atenção personalizada durante as sessões de drenagem linfática podem promover um sentimento de cuidado e relaxamento, contribuindo para o bem-estar geral.

Famosos que têm lipedema

Entre as celebridades que compartilharam suas experiências com o lipedema, destacam-se Yasmin Brunet, modelo e participante do BBB 24, que expressou desconforto com seu corpo devido à condição.

Atriz Yasmin Brunet de vestido verde água em fundo preto
Fonte: Instagram @yasminbrunet

A repórter Juliane Massaoka, conhecida por sua participação no programa “Mais Você”, também revelou ter sido diagnosticada com lipedema após dificuldades ao experimentar uma tendência de moda.

Repórter Juliane Massaoka no Mais você
Fonte: Instagram @julianemassaoka

Tatiana Maranhão, ex-paquita, compartilhou que o diagnóstico foi libertador, ajudando-a a compreender que o problema ia além da sua vontade.

Ex-paquita Tatiana Maranhão de lingerie pós cirurgia para tratar lipedema
Fonte: Instagram @tatianamaranhao

Por fim, Amanda Djehdian, empresária e ex-participante do Big Brother Brasil, falou abertamente sobre suas lutas com a doença, incluindo dores e inchaço, e como a cirurgia foi um passo importante em seu tratamento.

Ex-BBB Amanda Djehdian em maca pós cirurgia para tratar lipedema
Fonte: Instagram @amandadjehdian

Sem dúvida, essas histórias ressaltam a importância da conscientização e do diagnóstico precoce do lipedema.

O impacto na autoestima feminina

O lipedema pode ter um impacto significativo na autoestima das mulheres afetadas pela condição. Afinal, algumas das razões pelas quais a autoestima pode ser afetada incluem:

  1. Aparência física: o acúmulo desproporcional de gordura nas áreas como pernas, quadris e braços pode levar a um visual que as mulheres podem considerar pouco atraente. Isso pode fazer a pessoa sentir vergonha, frustração e insatisfação com a própria aparência;
  2. Dor e desconforto: assim, podem afetar a qualidade de vida e limitar as atividades diárias das mulheres com o problema. Isso pode levar a sentimentos de incapacidade e afetar a autoestima;
  3. Mobilidade reduzida: em casos avançados, o lipedema pode afetar negativamente a mobilidade e dificultar a prática de atividades físicas. É possível que essa limitação resulte em isolamento social e uma sensação de inadequação;
  4. Estigma social e incompreensão: o lipedema é frequentemente mal compreendido ou confundido com obesidade. As mulheres afetadas podem enfrentar julgamentos e comentários insensíveis de outras pessoas, contribuindo para uma autoimagem negativa e baixa autoestima;
  5. Dificuldade no diagnóstico: uma vez que se trata de uma condição subdiagnosticada, pode haver um atraso no tratamento adequado e frustração por não ser levada a sério pelos profissionais de saúde.

Para lidar com os impactos negativos na autoestima, é importante que as mulheres afetadas pelo lipedema busquem apoio emocional de familiares, amigos e profissionais de saúde.

Conclusão

Por fim, para ficar de olho nas dicas sobre vida saudável, acompanhe nosso canal de Saúde. Lá você encontra os benefícios dos alimentos, como prevenir e tratar as principais doenças e muito mais!

mulher retro preocupado com Lipedema

Editado e atualizado por Laila Lopes.

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