A chegada da pandemia em 2020 transformou a rotina de muita gente, especialmente dos profissionais de educação e seus alunos. O isolamento fez com que muitas pessoas desenvolvessem ansiedade, estresse e até depressão.
Porém, mesmo que no final de 2021 as aulas presenciais voltassem na maior parte das escolas brasileiras, é neste ano que as coisas realmente voltam ao normal.
Nesta etapa de readequação é possível que esse sinais reapareçam. Especialmente em alunos que enfrentam a fase pré-vestibular e os que estão ingressando agora nos primeiros anos escolares.
Portanto, é preciso estar atento aos sinais para que o estresse não prejudique a saúde física, emocional e psicológica.
Por isso, trouxemos um guia prático para amenizar esse sintomas e saber quando é hora de procurar ajuda profissional.
Estresse na fase escolar
O estresse é um sentimento comum no ser humano. Afinal, todos já passamos por uma situação estressante em determinada ocasião.
Ele nada mais é do que uma resposta do corpo para lidar com uma situação difícil. Porém, quando não é controlado ou tratado pode ocasionar problemas mais graves como ansiedade e depressão.
A sobrecarga do aumento da responsabilidade com a volta às aulas pode ser uma fase preocupante tanto para alunos, quanto para pais e professores.
A Dra. Gail Saltz, psicanalista do New York Psychoanalytic Institute e professora clínica de psiquiatria do NewYork-Presbyterian Hospital falou sobre o assunto:
“Sabemos que os níveis de ansiedade e depressão aumentaram drasticamente para adultos e crianças no último ano e meio. Os estressores só aumentarão esses números se não forem gerenciados com ferramentas de enfrentamento e autocuidado. E, possivelmente, até mesmo cuidado profissional”.
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As consequências do estresse
Quando se trata de crianças e adolescentes, a consequência do estresse, ansiedade e depressão na fase escolar pode ser crítica. Isso porque essas doenças poderão impedir que o aluno absorva o conteúdo apresentado em sala de aula.
Por outro lado, os adultos sentirão dificuldade em desenvolver um bom trabalho.
Por isso, saber como reconhecer os sintomas é fundamental para que o ano letivo de 2022 seja proveitoso e saudável.
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Gerenciamento do estresse
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Embora a pandemia não tenha acabado, saber gerenciar os cuidados com o COVID-19 e a volta às aulas é uma questão que precisa de atenção.
De acordo com Julia Turovsky, fundadora do QuietMindCBT, especialista em ansiedade, psicóloga clínica e PhD, o local de estudo durante a pandemia interferiu significativamente no aprendizado e na disciplina.
“Crianças e adolescentes foram expostos a um ambiente muito diferente de estudo e socialização. Com muito perdendo o interesse em acadêmicos e relatando uma diminuição na capacidade de atenção e concentração por longos períodos de tempo”.
Além disso, a falta de socialização com outras crianças também poderá ser uma dificuldade a enfrentar neste ano.
Porém, existem estratégia de gerenciamento do estresse que podem facilitar esse processo de mudança.
Portanto, para que alunos, mais e profissionais da educação voltem às atividades habituais de forma leve e produtiva, fizemos diferentes guias para cada uma das categorias.
Guia anti estresse para alunos
Os alunos são as pessoas que mais serão afetadas durante este ano letivo. Por isso, é extremamente importante saber gerenciar o estresse através de ferramentas simples e que podem ser realizadas a qualquer hora.
Relaxamento muscular progressivo
Essa é uma das técnicas recomendadas pela American Psychological Association para acabar com o estresse e diminuir a ansiedade. Para isso, basta seguir um pequeno passo a passo:
- Deite-se e fique em uma posição confortável;
- Em seguida, tencione os músculos da perna;
- Enquanto eles ficam contraído, inspire e conte até 10;
- Depois, expire o ar lentamente e libere os músculos;
- Agora, basta permanecer relaxado durante 10 segundos.
Se quiser, repita esse processo contraindo diferentes músculos do corpo como barriga e braços, por exemplo.
Reconhecer e aceitar as emoções
Durante a fase de crescimento, é preciso explicar não é proibido ou errado ficar irritado, infeliz, estressado ou desanimado.
Pelo contrário, é importante saber reconhecer cada um desses sentimentos para que se crie ferramentas a fim de amenizá-las.
Praticar atividade física
Parece clichê, mas a prática regular de atividade física proporciona a redução dos efeitos estressantes. Mesmo que na escola tenha a disciplina de educação física, incentive seu filho a praticar um outro esporte durante a noite.
Além disso, pode ser uma ótima oportunidade para praticarem juntos e fortalecerem os laços afetivos.
Praticar a comunicação
Compartilhar esse sentimento também é uma ferramenta para enfrentá-lo. Por isso, os alunos precisam ser incentivados a falar sobre isso.
Assim, é importante que pais e professores estejam preparados para lidar com esses desabafos.
Fazer a respiração profunda abdominal
Este é mais um exercício que pode ajudar na redução do estresse. Porém, pode ser feito durante qualquer hora do dia, seja em casa ou no intervalo da escola.
- Sente-se de maneira confortável com os dois pés no chão e uma mão na barriga e relaxe;
- Agora, inspire pelo nariz até que o abdômen fique elevado e prenda a respiração por 5 segundos;
- Em seguida, solte o ar lentamente pela boca;
- Comece tudo de novo por até 5 minutos.
Encontrar apoio
Não criticar o desabafo do aluno é extremamente importante. Afinal, eles precisam de um espaço seguro para colocar as emoções para fora.
Esses ouvintes confiáveis geralmente são pessoas que fazem parte do seu cotidiano. Por exemplo, funcionários da escola, familiares, amigo ou uma psicóloga.
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Guia anti estresse para profissionais da educação
A demanda de trabalho dos profissionais de educação irá se intensificar em 2022. Por isso, eles também precisam estar preparados para esta nova fase. Isso inclui não somente os professores, mas todos que fazem parte do processo educativo.
Valide os sentimentos
Substituir o sentimento de autocrítica por compaixão é a melhor estratégia de gerenciamento de estresse para este grupo. Afinal, é preciso reconhecer o esgotamento físico e mental.
Por isso, a autocompaixão envolve saber lidar com sentimentos negativos e angústia, por exemplo.
Ter autocuidado
Alguns cuidados básicos podem ajudar a diminuir o estresse como: ter uma alimentação saudável, dormir bem, praticar atividade física e desenvolver o hábito de meditar.
Fazer uma pausa para respirar
Sempre que tiver tempo, concentre-se na sua respiração. Além disso, as técnicas de relaxamento progressivo muscular e respiração profunda também são indicadas.
Procure apoio dos administradores
Segundo a Dra. Gail Saltz, “o estresse do esgotamento está afetando especificamente muitos funcionários da escola. E, isso requer que seu local de trabalho reduza a carga de trabalho, limite as horas de trabalho, permita horas após o trabalho onde eles estão realmente desligados e crie um espaço de trabalho seguro.”
Este espaço seguro inclui orientações sobre onde conseguir ajuda para cuidar da saúde mental.
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Guia anti estresse para pais
Saber conciliar trabalho, família e escola não é uma tarefa fácil. Isso porque cada uma dessas categorias pode oferecer uma carga diferente de estresse. Então, é preciso estar atento aos sintomas apresentados por este grupo durante o ano letivo de 2022.
Meditação
O tempo para os pais é uma principais dificuldade na rotina. Por isso, aproveitar as filas, o tempo antes de dormir ou o banho para meditar é muito importante. Porém, é preciso ser um local silencioso.
Então, basta fechar os olhos e se concentrar no momento presente, sem se preocupar com as tarefas do dia ou de uma lembrança.
Meditar durante 5 minutos por dia já é o suficiente para reduzir o estresse.
Diminuir o consumo midiático
É sempre bom nos mantermos informados com as notícias diárias. Porém, o excesso de informação pode acabar sendo um gatilho para o estresse.
Assim, separe uma hora do seu tempo livre para se inteirar, seja com noticiários ou redes sociais.
Ter autocuidado
Assim como os profissionais da educação, os pais também precisam de autocuidados. Portanto, também devem manter uma boa alimentação e hidratação, ter uma boa noite de sono, praticar atividade física e ter um tempo para o lazer.
Procurar apoio
Ter o apoio de outras pessoas é essencial para gerenciar o estresse. Por isso, tenha sempre um amigo ou familiar por perto para dividir o dia a dia.
Porém, se você não tem tempo para isso, não se preocupe. Tentem fazer alguma atividade física juntos. Além de um incentivo, isso será fundamental para gerenciar seu estresse.
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Quando procurar ajuda profissional?
Nem sempre lidar com o estresse ou a ansiedade é fácil. Por isso, é preciso saber a hora de procurar uma ajuda profissional.
Parta isso, é preciso estar atento aos seguintes sintomas:
- Insônia
- Desmotivação
- Raiva ou nervosismo
- Tristeza profunda
- Mudança de apetite
- Dores de cabeça, digestiva, estomacal ou muscular
- Sentimento de sobrecarga
- Ansiedade
- Agravamento de problemas crônicos
- Aumento do uso de álcool ou tabaco
Não deixe que o ano letivo de 2022 seja estressante. Por isso, sempre o estresse não for temporário, peça ajuda, seja para um médico ou psicólogo.
Conclusão
O estresse é um sentimento que precisa ser reconhecido e administrado para não prejudicar a saúde física ou mental.
Portanto, se mesmo utilizando o guia anti-estresse para o ano letivo não funcionar, é hora de procurar ajuda. Afinal, a saúde mental é tão importante quanto a física.