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Esquizofrenia: jamais negligencie os sinais e o tratamento

A esquizofrenia é um tipo de disfunção mental, caracterizada como doença psiquiátrica. O portador dela tem dificuldades em lidar com pensamentos e emoções.

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A esquizofrenia é um tipo de disfunção mental, caracterizada como doença psiquiátrica. O portador dela tem dificuldades em lidar com pensamentos e emoções.

Isso faz com que ocorram mudanças comportamentais, sobretudo a perda da capacidade de julgamento das situações e, distanciamento daquilo que é real.

Mesmo que possa aparecer em qualquer faixa etária, é mais comum que os sinais surjam em pessoas que tenham entre 15 e 35 anos.

O diagnóstico precoce é de grande importância, bem como a identificação de qual tipo da doença se trata.

Os sintomas variam bastante entre os quatro subtipos: paranoide, catatônica, hebefrênica ou indiferenciada.

Para saber mais sobre a esquizofrenia, seus principais sinais, diagnóstico e tratamento, continue lendo esse texto até o final.

 

Conheça melhor a esquizofrenia

 

esquizofrenia

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A esquizofrenia é uma doença mental que acomete aproximadamente 1% da população mundial.

Atualmente não existe cura para ela, mas é possível controlar bem a condição por meio de alguns medicamentos antipsicóticos.

Deve-se associar a terapia medicamentosa com a psicoterapia e também terapia ocupacional sempre que possível.

Os cuidados são sempre no sentido de reintegrar o paciente ao núcleo familiar, bem como à sociedade de maneira geral.

É comum que essas pessoas apresentem alucinações, comportamento antissocial, problemas de memória e ilusões, que prejudicam em muito o seu dia a dia.

 

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Principais sinais da doença

 

esquizofrenia

 

Pessoas que apresentam esquizofrenia podem sofrer com uma série de sintomas que variam em intensidade de acordo com o paciente e com o tipo da doença.

Eles se dividem ainda em:

  • Sintomas positivos: são aqueles que começam a acontecer;
  • Sintomas negativos: aconteciam com frequência e então desaparecem;
  • Sintomas cognitivos: dificuldade em se processar as variadas informações.

Entre esses tipos, os sintomas presentes com maior frequência são os seguintes:

  • Delírios: aparecem quando o indivíduo acredita em coisas que não existem. A percepção pode vir como perseguições, traições ou super-poderes;
  • Alucinações: o paciente muitas vezes tem visões e ouve vozes que não existem;
  • Pensamento desorganizado: o indivíduo fala coisas desconexas ou sem sentido;
  • Problemas de movimentação: a pessoa tem movimentos involuntários e descoordenados, caretas e até catatonismo;
  • Problemas comportamentais, como surtos psicóticos, agitação e agressividade;
  • Perda de vontade de realizar tarefas, isolamento e falta de autocuidado;
  • Déficit de atenção e concentração;
  • Problemas de memória e de aprendizado;

Em alguns casos a esquizofrenia surge subitamente, mas pode acontecer de ela aparecer também de maneira gradual, com pequenas alterações que vão se manifestando ao longo de meses ou anos.

Os primeiros sinais costumam ser confusão, desorganização e afastamento da vida social. Muitas vezes as pessoas próximas percebem as mudanças antes mesmo do próprio paciente.

A confirmação do quadro deve ser feita mediante avaliação detalhada feita por um psiquiatra. Os sintomas devem ser avaliados com calma e, em alguns casos o profissional pode solicitar diagnósticos complementares.

A ressonância magnética e a tomografia computadorizada podem ser úteis para eliminar a possibilidade de que existam outras doenças, como um tumor, por exemplo.

 

 

Tipos de esquizofrenia

 

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Existem vários tipos e esquizofrenia, que são determinados de acordo com os sinais e sintomas dos indivíduos.

Entretanto, hoje em dia essa subclassificação está caindo em desuso porque não existem indícios de que a evolução ocorra de forma distinta em cada um dos casos.

De qualquer forma, veja a seguir como é feita essa classificação clássica:

 

1.      Esquizofrenia paranoide

 

A esquizofrenia paranoide é o tipo mais comumente observado nos pacientes. Nesse caso, predominam as alucinações.

O paciente pode ter visões, ouvir vozes e, ter alterações comportamentais, incluindo agitação.

 

2.      Esquizofrenia Catatônica

 

Como o próprio nome sugere, esse é o tipo em que a pessoa apresenta comportamento predominantemente catatônico, ou seja, não reage a algumas situações.

Os movimentos tendem a se tornar lentos e, pode ocorrer até mesmo a paralisia completa do corpo do indivíduo.

O paciente pode perder a fala ou repetir constantemente frases e movimentos. O olhar fixo e as caretas também são bastante comuns.

Esse caso tem o diagnóstico mais complicado e, muitas vezes a pessoa apresenta problemas graves como auto-agressão e desnutrição.

 

3.      Esquizofrenia Hebefrênica ou Desorganizada

 

Nesse caso o paciente fica totalmente perdido, com o pensamento desordenado e falas sem sentido, colocadas fora de um contexto.

Com isso a pessoa desenvolve vários pensamentos negativos, incluindo desinteresse por tarefas do cotidiano e dificuldade em lidar com as pessoas.

 

4.      Esquizofrenia Indiferenciada

 

Esse tipo é aquele em que se encaixam todos os pacientes diagnosticados com a esquizofrenia, mas que não se adequam aos tipos que foram citados anteriormente.

 

5.      Esquizofrenia Residual

 

Esse subtipo ocorre em casos em que a pessoa teve a doença no passado, não apresenta sintomas graves, mas os sintomas negativos ainda permanecem.

Nesse caso o paciente pode ter falta de atitude, movimentos lentos, ausência de autocuidados, menor expressão facial.

 

Quais são as principais causas da doença?

 

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Não se sabe ao certo quais são as causas da esquizofrenia, mas é sabido que existem alguns fatores que aumentam as chances do seu desenvolvimento, que incluem:

  • Fatores genéticos: membros da mesma família podem apresentar sinais parecidos;
  • Fatores ambientais: uso de drogas, doenças, situações durante a gravidez, abusos e experiências negativas.

 

Tratamento para a esquizofrenia

 

Como já foi dito no início, a esquizofrenia não tem cura, mas ela pode ser bem controlada diante de terapia farmacológica adequada e acompanhamento com profissionais bem treinados.

Atualmente os remédios mais usados são fármacos antipsicóticos, que controlam sobretudo os sintomas positivos, como alucinações, delírios e alterações comportamentais.

Em casos de pacientes com alto grau de agitação, podem ser usados como ansiolíticos.

Se o paciente apresenta depressão, podem ser usados também medicamentos que ajudem nesse tipo de tratamento.

 

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Psicoterapia em conjunto com terapia ocupacional também são pontos fundamentais para o tratamento desse tipo de paciente.

É preciso realizar um bom trabalho de reabilitação, visando sempre devolver ao indivíduo a sua capacidade de se relacionar com pessoas e realizar as tarefas do dia a dia.

A orientação dos familiares e pessoas que convivem frequentemente com o paciente também é um ponto fundamental para o sucesso do tratamento.

 

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Esquizofrenia infantil é rara mas existe

 

A esquizofrenia infantil, é conhecida também como esquizofrenia precoce. Apesar de ela ser bem menos comum, não se deve jamais subestimar a doença.

Os sinais e sintomas são basicamente os mesmos que surgem na população adulta, mas eles aparecem mais lentamente, sendo difícil determinar o momento exato do início do problema.

Nessa população mais jovem, geralmente ocorrem alterações de pensamento, desorganização das ideias, delírios e, em alguns casos uma maior dificuldade da criança em estabelecer relações sociais.

Para tratar o problema é preciso antes que um psiquiatra infantil diagnostique de maneira correta, levando em conta os sinais e sintomas que a criança apresenta.

Caso seja necessário pode-se realizar a terapia medicamentosa juntamente com acompanhamento de um psicoterapeuta e terapeuta ocupacional.

É imprescindível que a família receba orientações precisas de como lidar com o problema para conseguir tratar a criança.

 

O tratamento da esquizofrenia e os seus desafios

 

Frequentemente medicamentos antipsicóticos são usados no tratamento da esquizofrenia, prevenindo recaídas e sintomas positivos.

Entretanto, a escolha da droga para o tratamento da doença é algo complexo e, não existe uma de escolha.

Atualmente existem estudos que sugerem que a Clozapina tenha efeitos positivos, mas ela não deve ser usada como primeira opção terapêutica.

Deve-se dizer ainda que é primordial que o paciente tenha acesso também a um tratamento psicossocial em conjunto com a terapia medicamentosa.

Para esses casos é adequado que o paciente faça terapias do tipo treinamento de habilidades sociais, a terapia cognitivo-comportamental, a remediação cognitiva e o treinamento de cognição social.

Esses tratamentos em geral possuem orientação que varia de acordo com a resposta do próprio indivíduo.

Os objetivos principais a serem alcançados com esse tipo de terapia são:

  • Redução significativa dos sintomas e estabilidade;
  • Eliminar as internações;
  • Que a pessoa seja capaz de se cuidar e se tratar por conta própria;
  • Retorno às atividades escolares ou trabalho.

 

Considerações sobre tratamento

 

Primeiramente, deve-se dizer que o tratamento para a esquizofrenia não é simples de se definir e, necessita de uma equipe completa e integrada, que envolva médicos, psicólogos e terapeutas ocupacionais.

A equipe multidisciplinar deve analisar os problemas que o paciente apresenta e, conseguir assim desenvolver as melhores terapias que possam ser aplicadas em cada caso.

Farmacêuticos clínicos também são muito bem vindos nas equipes voltadas ao tratamento para a esquizofrenia.

O mais importante é que nem os profissionais e nem a própria família negligencie o tratamento e os cuidados que uma pessoa com esquizofrenia necessita.

É imprescindível que esses pacientes tenham também outras condições de saúde frequentes bem controladas e tratadas quando necessário. Isso inclui obesidade, diabetes, pressão alta, problemas cardiovasculares, entre outros.

Existem ainda desafios maiores no caso de pacientes com menos de doze anos, idosos, gestantes e mulheres que amamentam.

É preciso ter cuidado especial ao prescrever terapia medicamentosa nesses casos, analisando-se bem o custo benefício em cada caso.

 

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Conclusão

 

A esquizofrenia é uma doença menta grave, que exige uma equipe multidisciplinar bem treinada e intensos cuidados. Jamais negligencie os sinais e nem o tratamento.

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