A compulsão alimentar consiste no fato de que uma pessoa consome uma quantidade de comida acima do recomendado em um curto período de tempo. Além disso, é importante salientar que esse padrão pode acontecer com uma certa frequência. Dessa forma, isso pode levar a sentimentos de culpa e frustração.
Embora a compulsão alimentar possa ter relação com sobrepeso, a principal característica dela é a ausência de escolha específica do que comer. Pesando nisso, nós reunimos informações sobre o tema com a ajuda de especialistas. Confira os sintomas e causas da compulsão alimentar, como tratar e muito mais!
Quando é considerado compulsão alimentar?
Comer um pouco mais porque o alimento está muito saboroso e ou aliviar o estresse com a comida em alguns momentos, acontece com qualquer um. Segundo a psicóloga Juliana Meneghelo, esses episódios se chama fome emocional. Assim, eles apenas se tornam uma compulsão alimentar quando acontecem com frequência.
“Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais (DSM-IV-TR), a compulsão alimentar pode ser compreendida como transtorno quando ocorrem episódios frequentes, pelo menos duas vezes por semana, e quando esse comportamento se prolonga por um período específico, de pelo menos 6 meses”, destaca a especialista Juliana Meneghelo.
Para ser considerado compulsão alimentar, esse comportamento deve acompanhar outros, como a perda de controle, culpa e vergonha. Ou seja, ele não está associado à compensação, como a ideia de perder peso, uso de laxantes e diuréticos, ou até mesmo vômitos voluntários.
Além dos sentimentos de culpa e vergonha, as pessoas acometidas pela compulsão também podem desenvolver problemas sérios de saúde. Isso porque ela pode acarretar em doenças e comorbidades como diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão, gastrite, refluxo, entre outras.
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O que leva uma pessoa a ter compulsão alimentar?
As causas da compulsão alimentar variam. Dessa forma, os motivos que levam uma pessoa a ter compulsão alimentar podem ser estresse, evolução da fome emocional e dietas realizadas de forma errada ou muito restritivas.
Isso porque as pessoas que passam por muitas situações estressantes ou são muito ansiosas, podem acabar descontando os problemas no alimento com uma maior frequência, saindo da fome emocional e caminhando em direção à compulsão.
Dessa maneira, o estresse é um gatilho para comer mais do que o normal em pouco tempo. Durante situações muito estressantes, o corpo libera cortisol, um hormônio que ajuda a aliviar a agitação. Porém, ele estimula a ingestão de alimentos.
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Além disso, as dietas restritivas também estão entre as principais causas da compulsão alimentar. Isso ocorre porque, muitas vezes, as pessoas reduzem o consumo de comida drasticamente, diante da insatisfação com o próprio corpo.
Porém, essa forma de dieta é insustentável ao longo prazo e, mais cedo ou mais tarde, as pessoas saem direto da restrição para a compulsão, comendo tudo aquilo que não comeu durante a dieta. Inclusive, isso pode levar a um ciclo vicioso de restrição e compulsão, causando bulimia.
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Qual a diferença entre compulsão alimentar e transtorno alimentar?
A compulsão alimentar é uma forma de transtorno alimentar. Ou seja, dentre os diversos tipos de transtornos em relação à comida, a compulsão é um deles.
Os transtornos alimentares mais conhecidos são a anorexia e a bulimia. O primeiro consiste na obsessão pelo peso, voltada para o emagrecimento. Dessa forma, a pessoa busca constantemente emagrecer, apelando até para dietas restritivas. Dessa forma, seu IMC (índice de massa corpórea) pode chegar abaixo do saudável.
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Por outro lado, a bulimia consiste em um ciclo de compulsão e compensação. Ou seja, a pessoa come além da quantidade recomendada e a culpa faz com que ela tenha episódios compensatórios, como provocar vômitos, tomar laxantes, entre outros.
Por fim, a compulsão alimentar é uma forma de bulimia porém dissociada da compensação. Ou seja, a pessoa acometida tem episódios frequentes de alimentação acima do saudável e se sente culpada por isso, mas não provoca nenhuma situação para reverter o caso. Ou seja, não apresenta vômitos voluntários nem faz uso de laxantes.
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O que trata a compulsão alimentar?
Após o diagnóstico de compulsão alimentar, feito por um psiquiatra, o primeiro passo para o tratamento é identificar o principal motivo da busca incontrolável pelo alimento.
“A ansiedade é um dos fatores que apresentam relação direta com a compulsão alimentar, pois os estímulos ansiosos para a comida, aos poucos, tornam-se um hábito. Muitas vezes, o ato de comer compulsivamente resulta de quadros associados à fome emocional, que surge de repente e a pessoa se vê dominada por ela ”, explica a psicóloga Juliana Meneghelo.
Identificada a origem do problema, a pessoa acometida pela compulsão alimentar deve fazer acompanhamento com profissionais, como nutricionista e psiquiatra ou psicólogo.
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“Existem ferramentas e estratégias na nutrição comportamental para que possamos ressignificar e tratar esse relacionamento disfuncional com a alimentação, é necessário um acompanhamento multidisciplinar envolvendo nutricionista especialista em comportamento alimentar, o psicólogo e muitas vezes, o psiquiatra”, afirma a nutricionista Thaís Conte.
Além disso, a psicóloga Juliana Meneghelo comenta que o paciente pode dar pequenos passos à caminho da melhora.
“É importante que a pessoa ingira muita água, não faça dietas restritivas e não fique sem se alimentar por grandes intervalos de tempo”, afirma ela.
Assim, é importante encontrar estratégias para reduzir o estresse e ansiedade, como praticar atividades físicas, fazer terapia e treinar respiração profunda.
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Conclusão
Agora que você já sabe mais sobre compulsão alimentar, como os sintomas, causas e tratamentos, fique atento à sua relação com a comida. Por fim, se deseja saber mais sobre saúde, confira nossa categoria. Lá, você encontra matérias sobre bronzeado saudável, candidíase, benefícios da dança para o corpo e muito mais!
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