O chá de melissa, mais conhecido como sendo de erva-cidreira, é um dos mais populares, que é encontrado facilmente.
A Melissa officinalis é uma espécie vegetal arbustiva pertencente à família Lamiaceae, que é originária da Ásia e da região do Mediterrâneo.
O cultivo com finalidade medicinal é praticado desde o século 14, sobretudo no preparo da água carmelita, um tônico alcoólico produzido por freiras.
Com várias propriedades interessantes, essa bebida continua sendo largamente consumida em todos os lugares do mundo.
Você quer saber mais sobre as propriedades do chá de melissa e outras informações interessantes? Continue essa leitura!
Conheça melhor a planta usada no preparo do chá de melissa
O chá de melissa é obtido a partir da Melissa officinalis, uma planta arbustiva original da região do Mediterrâneo e da Ásia.
O arbusto geralmente mede entre 20 e 80 centímetros de altura e possui caules que se ramificam desde a base, conferindo aspecto de touceira.
Na parte de cima, as folhas possuem tonalidade verde escura, enquanto que embaixo elas são mais claras.
As flores novas são brancas ou amareladas, mas conforme ficam mais velhas, adquirem coloração rosada.
Mas precisa-se ter cuidado para não confundir essa planta com o capim-limão, visto que ela possui aroma bem semelhante.
Usa-se as flores, caules e folhas no preparo de chá, consumido sobretudo com o intuito de tratar problemas digestivos e diminuir os níveis de ansiedade.
Além disso, a planta possui propriedades calmantes, sendo um sedativo leve e natural. O óleo essencial pode compor a formulação de bálsamos e loções ou ser usado na aromaterapia.
Principais benefícios dessa planta para a saúde
Conhece-se o chá de melissa por ajudar a diminuir os níveis de estresse e ansiedade. Isso acontece graças ao seu princípio ativo, o ácido rosmarínico.
Além disso, esse composto possui propriedades antioxidantes e antimicrobianas poderosas, com indicação para herpes labial, colesterol alto, entre outras condições.
Diante de tantos benefícios, veja quais são as principais indicações do uso de melissa.
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Pode diminuir a ansiedade
Essa é a indicação mais famosa do chá de melissa ou erva-cidreira, principal motivo do seu consumo desde muito tempo atrás.
Sendo assim, o ácido rosmarínico age elevando os níveis de neurotransmissores disponíveis, do tipo ácido gama-aminobutírico (GABA), no cérebro.
Níveis baixos desse composto aumentam o nível de ansiedade e leva a alterações de humor importantes.
Pode ser usada como sedativo
Usa-se a melissa como calmante natural e sedativo leve, além disso, indicam-na para quem tem dificuldade em pegar no sono e manter o relaxamento.
Pelo mesmo mecanismo citado no tópico anterior, o ácido rosmarínico melhora consideravelmente a qualidade do sono.
Além disso, existem pesquisas que sugerem que uma combinação de melissa com valeriana é muito eficiente para melhorar o sono, inclusive em mulheres que estão na menopausa.
Isso porque essa fase da vida geralmente vem acompanhada de problemas que incluem a insônia e a apneia do sono, além de ansiedade e depressão.
A combinação das duas plantas age tanto nos receptores GABA promovendo o relaxamento, quanto no aumento da produção de serotonina, conhecido como o “hormônio da felicidade”.
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Pode ajudar no tratamento do herpes
O ácido rosmarínico é um antiviral muito eficiente, que pode ser usado inclusive no tratamento de infecções por herpes.
Mas além desse, o composto também consegue inibir outros agentes patogênicos, como o vírus da gripe, resfriado, coronavírus, rinovírus e o vírus da hepatite B.
Pode combater problemas intestinais
Há muito tempo o chá de melissa é utilizado no tratamento de problemas intestinais, sobretudo para sintomas de dores estomacais e refluxo ácido.
Pessoas que sofrem com a síndrome do intestino irritável também podem se beneficiar muito com essa erva.
Compostos como citral, citronelal, linalol, geraniol e beta-cariofileno, possuem propriedades espasmolíticas e antigases. Isso ajuda a diminuir o desconforto e as dores abdominais.
Esses compostos, juntamente com o ácido rosmarínico, fazem com que essa erva seja muito eficiente no tratamento de problemas como enjoo, náusea, inchaço, indigestão e cólicas em geral.
Indícios mostram que pode amenizar sintomas de Alzheimer
Hoje em dia, medicamentos como Aricept (donepezil), Exelon (rivastigmina) e Razadyne (galantamina) são indicados para o tratamento da doença de Alzheimer.
Isso porque agem basicamente na inibição da colinesterase, uma enzima muito importante. Mas ao que parece, o citral presente no extrato de melissa possui propriedade semelhante.
Antes dessa descoberta, outros estudos já demonstravam que o extrato de melissa é mais eficiente na diminuição do estado de demência, em relação ao placebo.
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Pode melhorar a função cognitiva
A melissa se mostra eficiente também no aumento da capacidade de realização de tarefas cognitivas que envolvem concentração, cálculos e memória.
No entanto, ainda existe uma divergência relacionada aos resultados, visto que apesar de melhorar o estado de alerta dos indivíduos, a melissa também é responsável por promover o relaxamento. É preciso analisar melhor essa propriedade.
Tem propriedades digestivas
A ingestão de chá de melissa ou outra forma de ingerir a planta após as refeições, melhora consideravelmente o quadro de desconforto estomacal e abdominal.
Além disso, a planta também é responsável por reduzir os níveis de ansiedade após as refeições e ao longo do dia.
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Pode ajudar na diminuição das cólicas menstruais
O chá de melissa pode contribuir também com o alívio dos sintomas menstruais, incluindo as dores características desse período.
Existem estudos que sugerem que os compostos presentes na planta ajudam a aliviar os sintomas da síndrome pré-menstrual (TPM) de maneira geral.
A essência de melissa parece ajudar a diminuir consideravelmente os episódios mais intensos de cólica, sobretudo quando há o consumo prolongado.
Pode alivia dor de cabeça
Usa-se o chá de melissa contra dores de cabeça frequentes, visto que auxilia no relaxamento menstrual e alívio das tensões.
O uso da planta é ainda mais eficiente quando as dores de cabeça surgem especificamente como consequência do estresse e ansiedade do dia a dia.
- Veja também: Chá de canela de velho: ideal para combater a fibromialgia, bursite e artrose
Pode ter efeito antioxidante
A melissa possui propriedade antioxidante muito bem reconhecida e descrita, contribuindo assim para o combate do estresse oxidativo.
Sendo assim, essa planta traz resultados na diminuição da incidência de doenças associadas a esse problema, como é o caso de: diabetes, doenças cardiovasculares e doenças neurodegenerativas de maneira geral.
Pode ajudar na diminuição da inflamação
O chá e extrato de melissa possui compostos que agem diminuindo os níveis de inflamação e na redução dos episódios de dores crônicas.
Sabe-se que a planta é capaz de combater o inchaço e dor, apesar de que os mecanismos exatos pelos quais isso acontece ainda não foram determinados.
Mas isso não impede que a planta seja utilizada como tratamento complementar em casos de lesões e processos inflamatórios dolorosos.
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Conheça os efeitos colaterais possíveis dessa planta
O chá de melissa é uma bebida natural, que possui concentrações seguras dos seus compostos e, que pode ser consumido em pequenas quantidades.
No entanto precisa-se ter cuidado com a ingestão da planta na forma de cápsulas e extratos mais fortes, pois dosagens elevadas podem levar ao surgimento de efeitos colaterais desagradáveis, como:
- Dores de cabeça;
- Náusea;
- Distensão abdominal;
- Gases;
- Vomito;
- Tontura;
- Dor de estômago;
- Ansiedade e agitação.
Por isso, o uso da melissa em dosagens elevadas ou consumo frequente de longo prazo só deve ocorrer em caso de indicação de um profissional de saúde. Mesmo assim, procure seguir as recomendações adequadamente para não ter problemas.
A maioria das pessoas vai usar a melissa por um período aproximado de 4 a 6 semanas, visto que uma duração maior pode trazer prejuízos.
Isso vale também para as preparações tópicas à base de melissa, que podem irritar a pele. Caso isso aconteça, indica-se interromper o uso e, caso o sintoma não desapareça, é preciso procurar por um serviço de saúde.
Assim, para ter certeza de que você não terá problemas com o uso de uma solução tópica de melissa, procure aplicar uma pequena quantidade no antebraço e esperar pelo menos 24 horas para ver se não surge nenhuma reação desagradável.
Por fim, vale fazer uma observação muito importante sobre o chá de melissa ou qualquer outro tipo de consumo da planta.
Por ter propriedade anticoagulante, não se deve consumir por um período de duas semanas antes de qualquer cirurgia. Isso porque pode ocorrer um sangramento intenso.
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Aprenda a preparar um delicioso chá de melissa
O chá de melissa deve ser feito utilizando-se as folhas, que concentram os princípios ativos do vegetal.
Assim, para preparar a bebida, você vai precisar de:
- 1 colher de sopa de folhas de melissa;
- 1 xícara de água.
Aqueça a água até que ela alcance o ponto de fervura. Quando isso ocorrer, desligue o fogo e então acrescente as folhas.
É preciso esperar em torno de 10 minutos para que a bebida fique no ponto certo. Depois disso, você pode coar o chá e beber. Se preferir, pode adoçar.
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Conclusão
O chá de melissa possui propriedades importantes para o tratamento de problemas digestivos, intestinais, episódios de dores, inflamação, além de ser um calmante natural.
No entanto, precisa-se ter cuidado e consumir pequenas quantidades da bebida e não prolongar o uso de cápsulas, óleos e loções.
Por fim, para ter indicações mais precisas, consulte um profissional de saúde. Assim você poderá consumir o chá de melissa em segurança.