Amamentação: especialista explica mitos e verdades sobre a prática

No Dia Mundial da Amamentação, a professora e especialista, Andressa Ávila Melo, explica os benefícios da prática para a mãe e o bebê

Fonte: Canva

Dia 1º de agosto é comemorado o Dia Mundial da Amamentação. Alimentar o próprio filho nos braços é considerado muito mais do que uma refeição, mas um ato de amor e carinho. Entretanto, após o nascimento do bebê, nem tudo sai como o planejado.

Sendo assim, é comum que o momento da amamentação venha acompanhado de dúvidas e desafios. E a Internet está repleta de dicas e receitas populares que prometem milagres e que servem, muitas vezes, para aumentar a frustração sem resolver o problema.

Portanto, para falar sobre o tema e explicar os mitos e verdades sobre a prática, batemos um papo com a especialista em saúde materno-infantil e professora de Enfermagem da UniAvan, Andressa Ávila Melo. Continue lendo para saber mais!

Quais são os benefícios da amamentação para mãe e filho?

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Segundo a especialista, amamentar o bebê pode oferecer benefícios tanto para a mãe quanto para a criança.

“Uma das maiores dúvidas é: quando iniciar. E a resposta é simples: deve-se iniciar na primeira hora de vida do bebê. O leite se torna essencial para seu alimento e também para que ele aprenda a pegada”, orienta.

Quanto à saúde do bebê, a amamentação contribui para:

  • Melhorar a digestão;
  • Diminuir as cólicas;
  • Reduzir o risco de doenças alérgicas;
  • Estimular e fortalecer a arcada dentária.

“A ingestão do leite materno previne, ainda, doenças contagiosas, como a diarreia, por exemplo, e diminui as chances de desenvolver a doença de Crohn, que causa uma inflamação no trato gastrointestinal”, explica a especialista.

Além disso, a mãe também é beneficiada com a prática. Segundo a professora, a amamentação:

  • Evita osteoporose;
  • Protege contra doenças cardiovasculares, como o infanto;
  • Diminui o sangramento no pós-parto;
  • Acelera a perda de peso;
  • Reduz a incidência de câncer de mama, endométrio e ovário.

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Mitos e verdades sobre a amamentação

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Muitas mães estão passando por dificuldades para amamentar ou possuem dúvidas sobre a prática. Por isso, selecionamos as principais perguntas que permeiam essas mulheres no cotidiano. E, claro, a professora Andressa nos ajudou a responder cada uma delas.

O estresse e o nervosismo atrapalham a produção de leite?

Verdade. Embora não seja uma regra, isso pode acontecer. O estresse e o nervosismo interferem no sistema endócrino-imunológico e, por isso, a quantidade de leite diminui.

Esse questionamento está também ligado ao mito de que o estresse pode empedrar o leite. Porém, os dois fatores não têm relação. Afinal, o leite empedra quando o bebê não o suga por completo e ele acaba ficando alojado na mama.

Portanto, é válido manter uma boa saúde mental com apoio psicológico e fazer acompanhamento médico durante o período da amamentação. Além disso, existem técnicas de relaxamento que podem ser feitas em casa, inclusive, junto com o bebê, como yoga, meditação, entre outros.

Amamentar dói?

Depende de cada pessoa. Nos primeiros dias, é comum que haja um desconforto, porém, ele deve passar ao longo do tempo.

Em alguns casos, quando a dor persistir, pode ser um sinal de que a “pega” da criança não está correta. Neste caso, vale a pena pedir uma dica para um profissional da saúde.

Existe leite fraco?

Mito. O leite materno possui todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê.

Esta dúvida está muito relacionada com a coloração do líquido, que é muito mais ralo do que os leites vendidos em caixas nos supermercados. Portanto, essa comparação não é válida!

Além disso, este mito está ligado ao fato de que a criança dorme menos quando consome o leite materno, quando comparado ao leite de vaca. Isso significa que o leite da mãe demora menos para ser digerido. Porém, não quer dizer que seja mais fraco.

A amamentação pode funcionar como anticoncepcional?

Mito. Durante a amamentação, o corpo da mulher passa por uma série de variações hormonais e isso inclui a produção de prolactina, um hormônio que atua no impedimento da ovulação. Porém, isso não é uma garantia de evitar a gravidez.

Vale destacar que, durante o período de amamentação, nem todos os métodos contraceptivos são eficazes. Por isso, consulte um médico para saber qual a melhor opção para o seu caso.

Coca-Cola, cerveja preta ou algum alimento pode ajudar na produção de leite?

Mito. Trata-se de uma crença popular que passa de geração por geração. Entretanto, não existe comprovação de que qualquer comida ou bebida aumente a quantidade de leite.

Do mesmo modo, o consumo de bebidas alcoólicas durante a lactação pode ser prejudicial ao bebê. Afinal, tudo que é consumido pela mãe é passado à criança pelo leite.

Embora não haja um alimento ou bebida que aumente a produção de leite, ter uma dieta saudável e equilibrada é essencial para a lactação abundante. Além disso, quanto mais o bebê mamar, maior será a quantidade produzida.

Revezar os seios faz com que a alimentação seja completa?

Mito. Segundo a professora de enfermagem, cada mama contém os nutrientes necessários para alimentar o bebê. Sendo assim, o ideal é deixar o bebê mamar o quanto quiser na primeira mama.

A amamentação faz a mãe emagrecer?

Verdade. A produção de leite exige uma perda calórica da mãe. Estudos indicam que, por dia, uma mulher que amamenta seu filho perde entre 600 e 800 calorias.

Como resultado, é natural que ela volte ao peso anterior com mais facilidade. Porém, isso não é uma regra. Existem mulheres que possuem uma perda calórica diminuída e, por isso, podem demorar mais para voltar à forma física de antes da gravidez.

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Conclusão

A amamentação é uma prática poderosa que oferece uma série de benefícios tanto para o bebê quanto para a mãe. Entretanto, ela pode vir acompanhada de dúvidas e incertezas.

Nestes casos, a melhor opção é procurar por um profissional da saúde.

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Diana Diniz: Diana Diniz é jornalista apaixonada por novas experiências. Possui uma bagagem de conhecimento adquirido na Universidade do Algarve, em Portugal. Através do MBA em Marketing Digital e Especialização em Saúde pôde se aperfeiçoar na redação de artigos para blogs com embasamento científico e unir a experiência da profissão com sua paixão: a escrita.

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