Alopecia: o que é, causas e tratamento da queda de cabelo diagnosticada em Maiara, da dupla com Maraisa
Conheça os tipos de alopecia, sintomas e confira lista de famosos que têm a condição autoimune assim como Maiara
Você sabia que alopecia é um distúrbio que causa queda de cabelos e pelos em todo o corpo? Maiara, da dupla com Maraisa, afirmou que está em tratamento para a alopecia. A cantora é acompanhada pelo médico Domingos Sávio Coelho, especialista em tricologia e restauração capilar, e Eliana Martins, criadora da técnica de alongamento microemborrachado.
Recentemente, a novela Vai na Fé também abordou o problema que acomete milhões de brasileiros. Pois bem, trata-se de uma condição autoimune associada à queda ou diminuição do cabelo, ou pelos do corpo, que pode atingir tanto homens quanto mulheres. Por isso, resolvemos esclarecer as principais dúvidas sobre a alopecia. Veja!
O que é alopecia?
Segundo a Sociedade Brasileira do Cabelo — SBC, mais de 42 milhões de brasileiros sofrem de alopecia. Maiara, que forma a dupla musical com Maraisa, compartilhou o diagnóstico. Curiosamente, sua irmã também enfrenta a mesma condição desde 2021.
A alopecia é uma condição médica que causa a perda de pelos em uma ou várias áreas do corpo. A perda pode ser parcial ou total, temporária ou permanente, e pode afetar tanto homens como mulheres de qualquer idade.
Em níveis mundiais, dados de um estudo feito pelo IHME, Institute for Health Metrics and Evaluation, da Universidade de Washington, apontam que mais de 160 milhões de pessoas em todo o mundo, espalhadas em 204 países, têm alopecia.
Existem diversos tipos de alopecia, que é o termo genérico para queda de cabelo, sendo as mais comuns a alopecia androgenética (a famosa calvície) e o eflúvio telógeno, um tipo de queda que acontece depois de uma agressão ao organismo, que pode ser tanto física quanto emocional. Além desses, existem também a alopecia frontal fibrosante, o líquen plano pilar (LPP) e a alopecia areata, caso apresentado na novela.
Quais são os tipos de alopecia?
Existem dois tipos de alopecia: areata e androgenética. Ambas são autoimunes, ou seja, as células atacam o próprio corpo.
Estima-se que cerca de 2% da população mundial seja acometida com alopecia areata. Enquanto isso, 5% da mulheres podem apresentar quadros de alopecia androgenética.
Além disso, vale destacar que a condição não é contagiosa e não apresenta riscos à saúde.
Alopecia areata
A alopecia do tipo areata é uma condição causada por inflamação e tem como principal consequência a queda de cabelo.
Segundo o Ministério da Saúde, a alopecia areata, uma das formas mais comuns da condição, acomete de 1% a 2% da população brasileira, ou seja, mais de 4 milhões de pessoas de ambos os sexos, todas as etnias e pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos, os portadores têm menos de 20 anos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os fatores de risco que envolvem esta condição vão desde um problema autoimune desde o fator genético. Por isso, cada paciente reage de uma forma.
Só para exemplificar, há que tem uma grande perda capilar. Por outro lado, em outros, a queda é bem menor. Além disso, existem casos raros que são chamados de areata total ou areata universal. Na total, o indivíduo perde todo o cabelo da cabeça.
Já na universal, as perdas envolvem também todos os pelos do corpo.
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Sintomas
Os cabelos caem de forma brusca, formando padrões únicos, diferentes em cada pessoa. Algumas delas notam formas arredondadas sem fios na cabeça e no corpo. Já outras percebem que surgem várias pequenas áreas circulares sem cabelos.
Ademais, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o crescimento dos novos fios podem não apresentar coloração, ou seja, nascerem brancos. Porém, após um tempo, voltam à cor normal.
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Alopecia androgenética
Por outro lado, esse tipo de condição é mais comum em homens e é conhecida popularmente como calvície. Geralmente, os primeiros sintomas são as entradas no cabelo que ficam mais evidentes, ou então a região da coroa que vai se tornando mais rala aos poucos.
Ao contrário da alopecia areata, a androgenética tem causa determinada: a genética. Entretanto, poucas pessoas sabem mas esta condição pode afetar tanto homens quanto mulheres.
Os primeiros sinais costumam aparecer a partir dos 40 anos. Porém, o histórico começa durante a adolescência, quando os hormônios interferem no ciclo do cabelo e fazem com que venham fios mais finos, de forma progressiva.
Sintomas da alopecia
O sintoma mais comum da alopecia é o cabelo mais ralo.
Contudo, os sintomas são diversos como o afinamento dos fios e a diminuição da densidade no caso da calvície, quedas localizadas na alopecia areata e na alopecia de tração, perda de cabelo na região da testa na alopecia frontal fibrosante e queda total tanto do cabelo quanto dos pelos corporais na alopecia areata universal.
Nos homens, as regiões afetadas são as “abertas” da cabeça, como a região frontal, conhecida como entradas, e a coroa. Por outro lado, nas mulheres a região central é a mais prejudicada.
Assim a doença se manifesta de formas diferentes, por isso o diagnóstico costuma ser muito difícil.
“O diagnóstico correto e precoce é um grande aliado no tratamento da alopecia, mas é bom lembrar que nem toda queda de cabelo é grave e permanente. O eflúvio telógeno agudo, por exemplo, é temporário e apresenta melhora espontânea, portanto, ao perceber qualquer alteração capilar, seja de volume, falha ou qualidade, um médico tricologista deve ser consultado”, alerta Patrícia Marques, médica tricologista especialista na saúde dos cabelos.
Segundo a especialista, além da avaliação visual, exames com uma lupa especial ou até de laboratório e biópsia podem ajudar, por isso a importância de consultar um médico o quanto antes para um diagnóstico preciso. “O direcionamento para um tratamento eficaz é muito importante e ele pode ser conduzido por medicação oral, suplementos nutricionais, injeções locais, laser, led e microagulhamento, dependendo de cada caso”, finaliza.
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Qual a causa da alopecia?
Até o momento, não existem estudos que comprovem as causas da alopecia. Contudo, existem três possíveis motivos para a condição: inflamatória, genética e relacionada ao estresse. Dessa forma, qualquer um deles pode ocasionar tanto o tipo androgenética quanto o areata.
Patrícia Marques, médica tricologista especialista na saúde dos cabelos, explica que além da areata, outras formas comuns da alopecia são a calvície masculina e feminina, o eflúvio telógeno e a alopecia frontal fibrosante, doença autoimune que tem aumentado muito nos últimos anos. “As causas da alopecia, em todas as suas formas, são muito variadas, algumas até desconhecidas, e passam por alterações hormonais, carências nutricionais, reações autoimunes, uso de medicamentos, fatores genéticos, cirurgias e outras doenças, podendo ser até a tração excessiva do cabelo provocada por penteados ou megahair”, diz.
Estudos indicam que fatores como traumas físicos e emocionais, assim como quadros infecciosos, estão relacionados com a alopecia areata. Então, podem desencadear ou agravar a condição.
Por outro lado, como o próprio nome já sugere, a alopecia androgenética é causada por fatores genéticos.
Além disso, estudos de níveis internacionais apontam que o uso de cosméticos podem estar relacionados a quadros inflamatórios que resultam em alopecia frontal. No artigo publicado, é indicado o uso contínuo de sabonetes faciais comuns ou hidratantes que não são receitados por dermatologistas e próprios para o tipo de pele.
Como resultado, eles são responsáveis pelo dobro de risco no desenvolvimento de inflamações. O dermatologista e coautor do estudo, Hélio Miort, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, falou sobre o assunto ao Ecycle:
“Os compostos químicos do sabonete ou hidratante que tocam a linha do couro cabeludo poderiam penetrar nos folículos capilares, induzindo o processo inflamatório que resulta na queda de cabelo”, destaca o médico.
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Qual a causa da alopecia feminina?
As causas da alopecia feminina tem relação com predisposições genéticas e hormonais. Em sua forma mais comum, é desenvolvida na adolescência, mas só se manifesta na fase adulta da vida.
Entretanto, os motivos variam e podem estar relacionados a menopausa, o uso de suplementação de hormônios masculinos, fatores hormonais ou patológicos, estresse, dietas, uso de medicamentos, no pós-parto, depois de cirurgias ou por maus hábitos.
Quem tem alopecia o cabelo volta a crescer?
É possível o cabelo voltar a crescer após tratamentos para a alopecia, contudo, irá depender do caso de cada paciente.
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O que é bom para curar alopecia?
Segundo a Dra. Anna Cecília Andriolo, dermatologista e vice-presidente da ABCRC – Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar – para cada tipo de queda de cabelo existe um tratamento específico, por isso, é importante não generalizar e tratar da mesma forma.
“Para as quedas de origem genética, normalmente o tratamento é em longo prazo e contínuo, pois é o gene do paciente, então é necessário um tratamento maior. Para quedas agudas, é possível tratar aquele episódio e acompanhar o paciente com frequência” afirma Dra. Anna Cecília Andriolo.
Tratamentos para alopecia
O tratamento mais comum para a alopecia do tipo areata é por meio de medicamentos como corticoides, Minoxidil ou antralida. Mas, em casos graves, o tratamento precisa ser mais agressivo. Como resultado, alguns médicos optam por metotrexato ou sensibilizantes como a difenciprona.
Vale destacar que cada tipo de tratamento deve ser realizado de uma forma, após avaliação e indicação médica. Desse modo, é possível controlar a doença, diminuir as falhas e evitar o surgimento de novas.
Os comprimidos servem para estimular o fluxo sanguíneo na região da perda e ajudam os folículos pilosos a se recuperarem. Já os anti-inflamatórios ajudam no tratamento de possíveis causas da doenças e interferem na conversão do hormônio na cabeça.
Além disso, a psicoterapia é uma importante forma de tratamento. Afinal, além de poder estar relacionada com a causa da condição, também é essencial para o efeito emocional que a perda capilar pode causar.
Por outro lado, o tratamento para a alopecia androgenética é feito com produtos estimulantes dos fios e bloqueadores hormonais. Isso porque o objetivo é interromper o processo e conseguir recuperar a espessura do cabelo.
Alguns tratamentos podem envolver o uso de minoxidil e finasterida para homens e espironolactona, anticoncepcional e ciproterona para mulheres.
Embora seja uma condição genética, o uso de hormônios masculinos, suplementação e menopausa podem piorar a calvície.
Transplante capilar
A especialista explica também que o transplante capilar é uma opção para devolver a autoestima e o bem-estar do paciente. “Em paciente que já faz o tratamento e mesmo assim não conseguiu o resultado desejado, a cirurgia pode ser uma aliada para otimizar o seu resultado e seguir com o tratamento clínico. Em alguns casos, como nas alopecias cicatriciais, decorrentes de acidentes, queimaduras ou perda de parte dos cabelos por uma alteração do couro cabeludo, a técnica também é eficaz para devolver os fios”, afirma a Dra. Anna Cecília Andriolo, dermatologista e vice-presidente da ABCRC.
Porém, nem todos os tipos de alopecia estão aptos ao procedimento, apesar da maioria ser muito bem beneficiada. O caso de alopecia areata abordado na novela, inclusive, é um caso que merece atenção ainda maior antes de definir o tratamento, como sinalizado pela especialista, já que essa é uma doença autoimune em que o corpo destrói as próprias células e tem como característica a perda de cabelos em forma de círculo – na cabeça, barba, pernas, sobrancelhas e até cílios. Para casos como esse, o tratamento para o couro cabeludo ainda não foi definido. Por isso, é essencial consultar sempre um médico dermatologista ou cirurgião plástico especialista em cabelos para fazer o diagnóstico adequado e indicação da cirurgia de restauração capilar.
Tratamentos para ajudar a cuidar dos cabelos e combater a queda dos fios
Fototerapia com Laser Vermelho
A tecnologia de LED/Laser Vermelho promove resultados visíveis nas regiões capilares, sendo muito eficaz no combate à alopecia. Esse tipo de tratamento ajuda no aumento da circulação local e do metabolismo folicular, potencializando o crescimento dos fios, além de promover volume e qualidade capilar.
“O Stim Hair da HTM Eletrônica foi especialmente desenvolvido para tratamentos capilares, e apresenta resultados efetivos desde as primeiras sessões. Ele não combate só a queda, também fortalece os folículos dos fios que já existem. É indicado tanto para falhas quanto para regiões em que os fios são mais finos”, afirma o tricologista Ton Toffanello.
Vacuoterapia capilar
Outra terapia extremamente efetiva e de resultados comprovados cientificamente é a vacuoterapia, defende o tricologista. Essa técnica consiste na utilização de uma ventosa ligada a um equipamento de eletrosucção. Proporciona aumento do aporte de nutrientes, melhora da oxigenação e da mobilidade tecidual através do deslocamento, reduzindo a rigidez da pele do couro cabeludo — comum em processos de queda capilar.
Alta frequência
É uma técnica que emite correntes alternadas de alta frequência, que são aplicadas no couro cabeludo através de eletrodos. Ela também promove um efeito fisiológico nos cabelos, como a melhora da circulação sanguínea no couro cabeludo, a oxigenação celular do cabelo e eliminação de bactérias anaeróbias.
Famosos que têm alopecia
Jada Pinkett Smith
Uma das vítimas dessa condição é a atriz Jada Pinkett Smith, esposa do ator Will Smith, que já fez diversos relatos sobre o assunto nas redes sociais e na TV americana.
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No entanto, foi durante o Oscar 2022 que o assunto voltou à tona. Isso porque no último domingo da premiação Will deu um tapa no rosto de Chris Rock durante a cerimônia de premiação, nos Estados Unidos. O motivo? O comediante teria feito piadas com a condição de Jada, que está com a cabeça raspada.
Aliás, esta a condição apresentada pela atriz Jada Smith é a de alopecia areata.
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Juliette
A campeã do BBB 21, Juliette, também possui alopecia. Em janeiro de 2022 a famosa compartilhou o caso nas redes sociais e disse ser um problema desde criança com quedas de cabelo em áreas específicas.
Maraisa
A cantora sertaneja revelou nas redes sociais que aderiu o cabelo mais curto por sofrer de alopecia androgenética. Contudo, a artista já faz tratamentos para o caso genético.
Naomi Campbell
O caso da modelo internacional Naomi Campbell é causado pela tração ao deixar o cabelo muito preso. Deixar os fios em penteados fortes por muito tempo também pode desencadear a alopecia.
Conclusão
A alopecia é uma condição autoimune sem cura que pode acometer homens e mulheres. Ainda não foi descoberta uma forma de se prevenir contra ela. No entanto, existem tratamentos disponíveis.
Os medicamentos e terapias servem para controlar a doença ou recuperar a saúde dos fios. Porém, é extremamente importante que o caso seja acompanhado por um profissional da saúde.
Revisado por Victória Abreu, atualizado por Laila Lopes
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