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Noiva romana

Entre os romanos civilizados a cerimônia de casamento era diferenciada das outras cerimônias civis através do traje, que era preparado unicamente para esta ocasião, quando a noiva vestia uma túnica branca e se envolvia com um véu de linho muito fino de cor púrpura. Este véu tinha o nome de FLAMMEUM. Nesta ocasião, a jovem arrumava o cabelo com tranças e ornava com uma coroa de flores de verbena. As flores, num casamento, sempre foram sinônimo de fertilidade.

Com a queda do Império Romano, as atenções culturais do ocidente passaram a ter como referência o padrão de elegância proposto pela corte bizantina. Lá, as noivas se casavam vestidas de seda vermelha bordada em ouro e traziam no cabelo tranças feitas com fios dourados, pedras preciosas e flores perfumadas.

O Surgimento do Vestido de Noiva

Durante a Idade Média, a cristianização do ocidente trouxe novos costumes matrimonias. A coroação de Carlos Magno, no ano 800 d.C tornou o casamento um sacramento religioso, com forte carga social e simbólica, carga esta, que em grande parte perdura até os nossos dias.

Neste momento, a união dos cônjuges passou a se dar através de uma cerimônia religiosa que sacramentava a união de duas famílias e de seus patrimônios. O casamento então, teve como função garantir as fronteira dos novos reinos e reconstruir os territórios nacionais destruídos pela longa invasão bárbara à qual a Europa estivera submetida desde a queda do Império Romano, e também pelo abandono deste território devido às cruzadas.

O vestido de noiva surgiu neste período com a função específica de apresentar para a comunidade as posses da família da moça. Sua simbologia era a do poder e sua função era social.

A noiva era apresentada com um vestido vermelho ricamente bordado e sobre a cabeça um véu branco bordado com fios dourados. O vermelho representava a capacidade da noiva de gerar sangue novo e continuar a estirpe. O véu branco falava da sua castidade.

Ao noivo, bastava que desse à noiva um cavalo branco para que pudesse segui-lo. Para muitas famílias, o sucesso no casamento dos filhos era uma questão de sobrevivência que implicava numa boa partilha entre terras, animais e servos para trabalhar a terra.

À noiva, além dos dotes patrimoniais, cabia levar tecidos para vestir a família e a casa que ia constituir além de jóias, que poderiam ser vendidas ou trocadas para o custeio do cultivo da terra. Os noivos, em geral, tinham ambos por volta de quatorze anos e no dia das núpcias a noiva deveria se apresentar com todas as jóias sobre o seu corpo e cabelo.

Este acervo era composto de broches, tiaras, braceletes, vários colares e muitos anéis, podendo ser vários em cada dedo. O casamento cristão, que teve início na Idade Média, era uma cerimônia pública e acontecia na igreja por ser este o espaço mais público desta cultura. A tradição da cerimônia religiosa de casamento, que vivemos hoje, tem aí sua origem.