Quem é a Bancada LGBTQIA+ no congresso a partir de 2022?

No primeiro turno das Eleições de 2022, o Brasil elegeu um número recorde de candidatos declaradamente LGBTQIA+ para o nosso legislativo. Agora, a chamada Bancada LGBTQIA+ dobrou. Continue a leitura para saber mais!

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Com o resultado do primeiro turno das Eleições de 2018, foram eleitos 18 parlamentares que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queers, intersexo, assexuais e outros.

Esse número representa simplesmente o dobro, comparado com os nove eleitos durante as Eleições de 2018, segundo informações da ONG VoteLGBT.

Desses 18 nomes eleitos, quatro correspondem a candidaturas à Câmara dos Deputados, incluindo também, pela primeira vez na história, as primeiras deputadas transsexuais da história, Duda Salabert (PDT, de Minas Gerais) e Erika Hilton (PSOL, de São Paulo).

Erika Hilton e Duda Salabert fizeram história nas Eleições de 2022! Fonte: Instagram @hilton_erika e @duda_salabert

Além de Erika e Duda, outras três candidatas transsexuais vão ocupar um lugar nas assembleias legislativas de seus estados a partir de 2023: Linda Brasil (PSOL) do Sergipe, Dani Balbi (PCdoB) do Rio de Janeiro, e Carolina Iara (PSOL) de São Paulo. Mas antes de apresentarmos toda a Bancada LGBTQIA+ no congresso, que tal aprendermos um pouco sobre o que fazem os deputado estadual e federal?

Saiba um pouco mais sobre os cargos de deputado estadual e deputado federal que serão assumidos pela Bancada LGBTQIA+

Os deputados estaduais são aqueles que vão representar o povo na área estadual, na Assembleia Legislativa. Além disso, há os que atuam no âmbito distrital, isto é, na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Já deputados federais são os que vão representar as pessoas na Câmara dos Deputados. Desse modo, eles atuam em Brasília e, assim como os estaduais, propõem novas leis. Contudo, nesse caso, elas visam melhorias para todo o país.

Muitos dos votantes ainda não sabem qual é a diferença entre voto nulo, branco e abstenção. Fonte: TSE

As funções básicas do deputado federal também giram em torno de propor e debater novas leis. Todavia, ele também realiza algumas ações cruciais.

Em suma, os deputados estão sempre atentos aos atos do presidente e de seus ministros. Então, podem pedir que eles se expliquem por atos suspeitos. Do mesmo modo, eles discutem as finanças da União e os gastos do Governo para o ano seguinte. 

Eles são os que identificam erros e o mau uso de verbas. Dessa forma, se acharem algo de errado, o governo precisa alterar sua proposta e apresentá-la de novo.

Leia também: Qual a diferença entre voto branco, nulo e abstenção?

Veja a lista das candidaturas eleitas da bancada LGBTQIA+

Ao todo, os brasileiros elegeram 18 parlamentares que correspondem à bancada LGBTQIA+. Confira a lista com os candidatos eleitos:

Assembleias legislativas

  • Bella Gonçalves, do Psol, eleita em Minas Gerais
  • Dani Balbi, do PCdoB, eleita no Rio de Janeiro
  • Dani Monteiro, do Psol,  eleita no Rio de Janeiro
  • Dra. Michelle Melo, do PDT,  eleita no Acre
  • Ediane Maria, do Psol, eleita em São Paulo 
  • Fábio Felix, do Psol, eleito no Distrito Federal
  • Guilherme Cortez, do Psol, eleito em São Paulo 
  • Leci Brandão, do PCdoB, eleita em São Paulo 
  • Linda Brasil, do Psol, eleita no Sergipe 
  • Monica do Movimento Pretas, do Psol, eleita em São Paulo 
  • Paula da Bancada Feminista, do Psol, eleita em São Paulo 
  • Rosa Amorim, do PT, eleita em Pernambuco
  • Thainara Faria, do PT, eleita em São Paulo 
  • Verônica Lima, do PT, eleita no Rio de Janeiro

Congresso Nacional

  • Daiana Santos, do  PCdoB, eleita no Rio Grande do Sul
  • Dandara, do PT, eleita em Minas Gerais
  • Duda Salabert, do  PDT, eleita em Minas Gerais
  • Erika Hilton, do Psol, eleita em São Paulo 

As candidaturas da bancada LGBTQIA+ eleitas nas Eleições de 2022 estão espalhadas por nove diferentes estados do país, com liderança de São Paulo. O estado, que é tido como o maior colégio eleitoral do país, contou com seis candidaturas com recorte de gênero e sexualidade. Assim como também todas as outras regiões do Brasil, que elegeram ao menos um candidato membro da comunidade LGBTQIA+ nestas eleições.

Leia mais: Entenda a abstenção e como isso afeta diretamente a eleição de 2022

Quem são os candidatos eleitos para a Bancada LGBTQIA+ no congresso? Conheça todos os 18 parlamentares

Na seção anterior, fizemos apenas uma pequena introdução para os candidatos eleitos para a Bancada LGBTQIA+. Entretanto, agora chegou o momento de conhecermos cada um deles melhor, com direito aos links de suas redes sociais, para que consigamos acompanhar o trabalho maravilhoso que esperamos que eles consigam fazer durante o mandato!

1. Bella Gonçalves, do Psol, eleita em Minas Gerais

Natural de Belo Horizonte, e nascida em 1988, Isabella Gonçalves Miranda, também conhecida como Bella Gonçalves, é uma cientista política e doutora pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e pela Universidade de Coimbra (Portugal). Em seu histórico, é possível enxergar que ela possui vasta trajetória nas lutas pelo direito à cidade, além de uma reforma urbana feminista e popular. 

Mulher lésbica e jovem, Bella foi a terceira mais votada da coligação Psol/PCB em 2016. Já nas eleições de 2020, ela se elegeu com votação ampliada, tendo obtido 6.954 votos. 

Agora eleita, Bella espera fortalecer a luta pela democracia, assim como por maior participação e poder às mulheres, indígenas, negras e LGBTQIA+. Além disso, ela também pretende seguir no fortalecimento de políticas que ajudem a construir o bem viver na cidade.

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2. Dani Balbi, do PCdoB, eleita no Rio de Janeiro

Dani Balbi é a primeira professora trans da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, ela é Doutora em Ciência da Literatura, Professora de Comunicação e Realidade Brasileira na Escola de Comunicação – Eco/Ufrj e roteirista.

Nascida em Engenho Da Rainha, no bairro da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, Dani é Militante do PCdoB há 18 anos, integrando a direção nacional do Partido e participando das lutas estudantis, do movimento negro, LGBTQIA+ e de Mulheres, passando por entidades como a UBES, UNE, ANPG, UJS, UNEGRO, UBM e UNALGBTI.

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3. Dani Monteiro, do Psol, eleita no Rio de Janeiro

Nascida no Morro de São Carlos, Dani Monteiro é a primeira de sua família a ingressar na universidade. Durante sua graduação, ela foi estudante cotista do curso de Ciências Sociais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Além disso, Dani é feminista, militante por direitos humanos, direitos LGBT e direito à cidade.

A política também faz parte do movimento estudantil, do Movimento Negro Unificado (MNU) e, do coletivo RUA Juventude Anticapitalista. Sua primeira disputa eleitoral foi enfrentada em 2018, quando foi eleita como deputada estadual com 27 mil votos pela coligação PSOL e PCB, no Rio de Janeiro.

Já em 2021, Dani foi eleita presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ.

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4. Drª Michelle Melo, do PDT,  eleita no Acre

Dra. Michelle Melo é médica e mãe de três filhos. Com um desejo de ser médica e de ajudar as pessoas, aos 17 anos, Michelle foi estudar Medicina na Espanha, onde se graduou e se especializou como Mestre em Urgências e Emergências. Há uma década que Michelle se dedica a cuidar das pessoas como médica do SUS, além de médica da saúde pública.

No Acre, Michelle trabalhou em nas seguintes unidades de saúde: URAP São Francisco, UBS Rural do Benfica, UBS Altamira, UBS Calafate e UBS Tancredo Neves. Já na política, a vereadora também coordena o projeto Vamos Juntas na Política, além de integrar os quadros do movimento RenovaRB.

Atualmente, eleita como vereadora do Rio Branco, Michelle continua prestando serviços no SAMU/AC, além de lecionar no curso de Medicina de uma universidade local.

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5. Ediane Maria, do Psol, eleita em São Paulo

Nascida em 10 de outubro de 1983, em Floresta (PE), Ediane Maria do Nascimento é uma política associada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), além de fundadora do movimento negro Raiz da Liberdade e militante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Nas eleições de 2022, foi eleita como deputada estadual pelo partido PSOL, no Estado de São Paulo, com cerca de 175 mil votos. Com isso, tornou-se a primeira empregada doméstica a exercer o cargo na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Embora seja natural de Pernambuco, Ediane mudou-se para São Paulo em 2002, aos 18 anos de idade, atuando como empregada doméstica na capital paulista. Porém, somente no ano de 2015, mais de uma década na capital paulista, que ela, então obteve seu primeiro registro com carteira de trabalho assinada.  Ediane conheceu o MTST em 2017, quando percebeu desperdícios durante a fila no programa Viva Leite, que destina leite para filhos de famílias vulneráveis. Foi assim que passou a participar do movimento com, anos depois, tornando-se coordenadora estadual do coletivo. 

Sua candidatura foi motivada e apoiada por Guilherme Boulos, deputado federal mais votado pelo estado de SP nas eleições de 2022. Segundo o que diz seu programa eleitoral, Ediane quer dar visibilidade às discussões sobre raça, gênero e sobre os movimentos por moradia. 

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6. Fábio Felix, do Psol, eleito no Distrito Federal

Fábio Felix é um assistente social, professor e político brasileiro filiado ao PSOL. Além disso, ele também é ativista dos direitos LGBT, dos direitos humanos e fundador do PSOL no Distrito Federal. Sua formação conta com uma graduação e mestrado pela Universidade de Brasília, que o auxiliou a assumir o ofício como professor nos cursos de Serviço Social da Universidade Católica de Brasília e da UnB.

Ele deu início à sua trajetória política ainda no movimento estudantil da Universidade de Brasília, quando assumiu o posto de coordenador do Centro Acadêmico de Serviço Social da UnB entre os anos de 2004 e 2006. Em seguida, ele também assumiu a coordenação geral do Diretório Central dos Estudantes da UnB em 2007. 

Em 2016, foi eleito presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (CDCA) e, já em 2017, atuou como vice-presidente deste conselho. Em 2018 foi, novamente, candidato a deputado distrital, e acabou eleito com mais de 10 mil votos, pela coligação PSOL e PCB, assim, tornando-se o primeiro parlamentar homossexual assumido a exercer mandato na Câmara Legislativa do Distrito Federal. 

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7. Guilherme Cortez, do Psol, eleito em São Paulo

Outro membro da bancada LGBTQUIAP+ é Guilherme Cortez. Formado em Direito na Universidade Estadual Paulista (UNESP), Guilherme é nascido em em São Paulo capital, mas mudou-se para o interior, em Franca, para fazer faculdade. Já em 2020, ele disputou as eleições municipais da cidade, onde foi o quarto vereador mais votado – contudo, acabou não sendo eleito por conta da baixa votação do partido.

Entre suas propostas e planos para exercer, Guilherme tem como principais pilares a saúde, educação, assistência social, meio ambiente e funcionalismo público.

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8. Leci Brandão, do PCdoB, eleita em São Paulo

Nascida em 12 de setembro de 1944, no Rio de Janeiro, Leci Brandão é uma cantora, compositora e política brasileira, também tida como uma das mais importantes intérpretes de samba da MPB (música popular brasileira). Sua carreira iniciou em 1970, quando se tornou a primeira mulher a participar da ala de compositores da escola de samba Mangueira. 

Aos poucos, ela foi se desvinculando da escola para dar início a uma trajetória solo – na qual gravou 13 LPs, 8 CDs, 2 DVDs e 3 compactos, um total de 26 obras.  Contudo, em fevereiro de 2010, ela deu uma pausa na música e filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), além de se candidatar ao cargo de Deputada Estadual pelo estado de São Paulo. E deu certo, ela foi eleita com mais de 85 mil votos. Já em 2014, ela foi reeleita em 2014 com 71 mil votos, e em 2018 também – desta vez com mais de 64 mil votos. 

Como parlamentar, Leci levanta bandeiras em promoção da igualdade racial, ao respeito às religiões de matriz africana e à cultura brasileira, além de tentar popularizar questões das populações indígena e quilombola, da juventude, das mulheres e do segmento LGBTQ+.

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9. Linda Brasil, do Psol, eleita no Sergipe 

Nascida em Santa Rosa de Lima, Linda Brasil se mudou para Aracaju e começou a trabalhar em uma empresa de contabilidade, porém, com receio de como sua condição de gênero seria aceita pelos demais funcionários, ela só externalizou sua transsexualidade aos 30 anos. 

Em 2013, ela começou a cursar Letras Português-Francês na Universidade Federal do Sergipe, porém sofreu transfobia por conta de um professor. Isso fez com que Linda entrasse com um processo administrativo para que seu nome social fosse respeitado, fato que passou a lhe dar muita visibilidade e lhe aproximasse do movimento estudantil e LGBTQI+. 

Em 2016, Linda disputou a sua primeira eleição como candidata à vereadora em Aracaju, conseguindo ser a 26ª candidata mais votada – ao todo, Linda obteve 2.308 votos (0,83% do total dos votos válidos), sendo a candidata mais votada do PSOL à Câmara Municipal de Aracaju. 

Já em 2018, ela concorreu à vaga de deputada estadual e foi a 38ª candidata mais votada em Sergipe. Em seu mandato, Linda defende pautas de que trazem espaço para a defesa dos direitos humanos, LGBTQIA+, a diminuição das injustiças sociais, proteção das minorias, racismo, e a defesa da democracia.

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10. Monica do Movimento Pretas, do Psol, eleita em São Paulo

Jornalista, negra e feminista, Monica Seixas foi eleita em 2018 como Deputada Estadual pela Mandata Ativista, conhecido como o primeiro mandato coletivo do Estado de São Paulo, grupo que ganhou mais de 150 mil votos e se estabeleceu entre as 10 candidaturas mais votadas.

Além disso, Monica também se posicionou como uma das deputadas mais ativas e que mais propôs projetos de Lei e atividades na Alesp, sempre à frente por pautas relacionadas ao ecossocialismo e pessoas em situação de vulnerabilidade.

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11. Paula da Bancada Feminista, do Psol, eleita em São Paulo 

Atualmente, covereadora da Câmara Municipal de São Paulo com a Bancada Feminista PSOL, Paula Nunes é ativista do movimento de juventude Afronte e do movimento negro desde 2012.

Ela também se destacou participando da Marcha de Mulheres Negras de São Paulo, além de ajudar a construir diversos outros grupos de combate a questões raciais na capital paulista, como, por exemplo, a Coalizão Negra por Direitos e o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra.

Paula é advogada criminalista e defensora de direitos humanos, e usa a questão da segurança pública como uma de suas principais pautas no senado.

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12. Rosa Amorim, do PT, eleita em Pernambuco

Rosa Amorim, de 25 anos, nascida no Assentamento Normandia (em Caruaru), negra, lésbica, cursa Teatro na UFPE e recebeu 39.499 votos do povo pernambucano, se elegendo como deputada estadual. Ela dedicou seus anos estudantis à militância no movimento Levante Popular da Juventude, no qual teve a oportunidade de liderar muitas movimentos estudantis contra os cortes de recursos para a educação.

Durante a infância e adolescência, Rosa também iniciou sua trajetória artística no Teatro Experimental de Arte (TEA), tradicional escola de artistas em Caruaru. Dentre algumas de suas principais pautas, estão os movimentos sociais e o apoio às periferias urbanas. 

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13. Thainara Faria, do PT, eleita em São Paulo 

Thainara Karoline Faria, conhecida como Thainara Faria, tem 26 anos, é advogada e foi a mulher mais jovem a assumir uma cadeira na Câmara Municipal, assim também como a primeira negra a assumir o cargo.

Jovem, mulher, negra, moradora da periferia da cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, bolsista do ProUni – Programa Universidade para Todos, Thainara considera que os avanços de programas sociais petistas a possibilitaram ir além, por isso, traz como principais pautas a luta e a busca pela igualdade social.

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14. Verônica Lima, do PT, eleita no Rio de Janeiro

Vereadora de Niterói, Verônica Lima é conhecida como a primeira mulher negra a assumir o cargo na história da cidade. Ela é defensora dos direitos humanos, das mulheres, das pessoas negras, e das políticas de assistência social para a parcela dos brasileiros que mais precisam de acolhimento e ajuda. 

Ao longo de sua trajetória política, ela foi responsável por criar leis fundamentais como, por exemplo, o primeiro Estatuto Municipal de Igualdade Racial do Brasil, no qual trouxe cotas de 20% para negros e negras nos concursos públicos; a Lei que destina 3% das vagas em serviços e obras públicas para moradores em situação de rua; o primeiro Estatuto da Pessoa Gestante do país e o Programa de Enfrentamento às Fake News.

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15. Daiana Santos, do PCdoB, eleita no Rio Grande do Sul

Educadora social e sanitarista, Daiana Santos se descreve como “mulher negra em movimento”. Educadora Social e Sanitarista formada pela UFRGS (Universade Federal do Rio Grande do Sul), Daiana também é lésbica e moradora da periferia de Porto Alegre. 

Ela atua como militante e ativista de luta na rua, movimento no qual iniciou ainda muito jovem Além disso, ela também é idealizadora e coordenadora do Fundo das Mulheres POA, um projeto social que atende mulheres chefes de família em situação de vulnerabilidade na cidade. 

Daiana também atua com pautas ligadas à educação, saúde e políticas públicas para a periferia.

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16. Dandara Tonantzin, do PT, eleita em Minas Gerais

Dandara é a mulher negra eleita, mais jovem da Câmara, além de ser tida como a vereadora mais votada nas eleições municipais de 2020 na cidade de Uberlândia. Aos 26 anos de idade, ela estudou a vida inteira em escola pública. E foi justamente no Ensino Médio que ela começou a se engajar politicamente.

Aos 16 anos, ingressou na Universidade Federal de Uberlândia como cotista no curso de pedagogia. Na universidade, sua vontade de fazer a diferença cresceu mais, fazendo com que ela se encontrasse na militância. Dandara foi presidente do Diretório Acadêmico do curso, coordenadora-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE – UFU), diretora de políticas educacionais da União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), militante do Coletivo Nacional de Juventude Negra (Enegrecer), além de conselheira do Conselho Nacional de Promoção de Igualdade Racial (CNPIR).

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17. Duda Salabert, do  PDT, eleita em Minas Gerais

Natural de Belo Horizonte, Duda Salabert é uma professora de literatura tanto no ensino e educação popular, como na rede privada de ensino.

Vegana há oito anos, ela também sonha com a sociedade ecocêntrica, com políticas públicas voltadas à educação ambiental, redução dos agrotóxicos e a diminuição de impostos sobre frutas, legumes, verduras e outros produtos orgânicos.

Duda também idealizou e coordenou em Belo Horizonte a Transvest, um projeto educacional com cursos gratuitos de pré-vestibular para transexuais e travestis.

Casada e mãe, Duda foi a 1ª transexual do Brasil a efetivar o direito à licença-maternidade por 120 dias pelo INSS. Ela também foi a primeira mulher trans a disputar o cargo de senadora, com resultados que a colocaram como a quarta mulher mais votada da história nas eleições de Minas Gerais.

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18. Erika Hilton, do Psol, eleita em São Paulo 

Erika Hilton é uma travesti e vereadora pelo município de São Paulo. Militante pelas causas voltadas aos direitos das pessoas negras e LGBTQIA+, Erika é associada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), pelo qual, durante as eleições estaduais em São Paulo, em 2018, desempenhou papel de codeputada em um mandato liderado por Mônica Seixas.

Já nas eleições de 2020, Erika obteve notoriedade nacional e internacional ao tornar-se a primeira vereadora transsexual eleita pela cidade de São Paulo – no qual, aliás, foi a mais votada do país para ocupar o cargo.

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Outros números da bancada LGBTQIA+

Outros 14 postulantes irão ocupar as assembleias legislativa dos estados. Também de acordo com as informações da ONG VoteLGBT houve um aumento de representação em relação à gênero e raça, já que 16 correspondem a mulheres, das quais 14 são negras.

Para celebrar ainda mais a questão da diversidade, o número de candidaturas de candidatos LGBTQIA+ também aumentou: no total, 317 membros da comunidade LGBTQIA+ disputaram o pleito de 2022, mais que o dobro de 2018, quando foram mapeados 157 candidatos.

Contudo, no Senado, nenhum membro da Bancada LGBTQIA+ conseguiu se eleger.

Leia também: O número de Mulheres nas Eleições eleitas cresce em 18%

Agora que você conheceu um pouco mais sobre os dados da Bancada LGBTQIA+ eleita nas Eleições de 2022, o Fashion Bubbles montou um especial para te deixar antenado nas notícias sobre o governo nacional e internacional. Fique por dentro de tudo sobre o período eleitoral aqui!

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