Desinformação como estratégia política: o caso do Rio Grande do Sul e como evitar fake news

Como a desinformação se entrelaça com crises, como as enchentes no RS? Aprenda a discernir entre verdade e fake news com dicas práticas

Fonte: Freepik

No coração das discussões contemporâneas, a desinformação como estratégia política revela-se não apenas uma ferramenta de manipulação, mas um desafio à integridade da informação. Como discernir a verdade em meio a um mar de fake news, especialmente quando estas se entrelaçam com eventos críticos como as enchentes no Rio Grande do Sul?

Segundo a jornalista Alline Dauroiz: “A desinformação ela não é só fake news, ela não é só boato, mentira de checagem, erro de informação, zoeira, fofoca, mentirinha boba. A desinformação é um método muito inteligente, que está por trás de um negócio [objetivo]“. A seguir, saiba mais sobre as fake news divulgadas sobre as enchentes no RS, o objetivo político por trás das notícias falsas e descubra como checar se uma notícia é de fato verdadeira.

Fake news divulgadas sobre as enchentes no RS

No cenário político atual, a desinformação emerge como uma estratégia política preocupante. Então surge uma dúvida: o que acontece quando as fake news se infiltram em discussões cruciais, como as enchentes no Rio Grande do Sul? Vamos desvendar alguns exemplos que ilustram essa realidade.

Fonte: Freepik

Primeiramente, é importante destacar que, conforme reportagem do UOL Confere, desinformações foram propagadas por deputados em plenário. Por exemplo, a alegação de que caminhões com donativos estavam sendo barrados por exigência de notas fiscais, uma informação prontamente desmentida pelo governo do RS.

Além disso, a falsa notícia de que a Vigilância Sanitária havia fechado uma clínica médica que atendia gratuitamente. Esses casos exemplificam como a desinformação pode distorcer a realidade e afetar a percepção pública sobre ações de ajuda e solidariedade.

Ademais, a descontextualização de declarações, como a da ministra Simone Tebet sobre o envio de recursos para o RS, serve como um lembrete de que a desinformação, ou estratégias de desinformação, não apenas confundem, mas também podem minar a confiança nas instituições. Por isso, é crucial verificar as informações que recebemos.

Fonte: Freepik

Por conseguinte, a desinformação como estratégia política não só prejudica o debate público saudável, mas também pode ter consequências reais e negativas para a sociedade. É essencial, então, que cada um de nós adote uma postura crítica diante das informações que circulam, especialmente em tempos de crise.

Qual o objetivo político das fake news?

Você já parou para pensar como a desinformação se tornou uma estratégia política poderosa? Com a ascensão das redes sociais, as fake news encontraram um terreno fértil para crescer e se espalhar, afetando não apenas a percepção pública, mas também interferindo diretamente nas ações de autoridades. Mas, afinal, qual é o verdadeiro objetivo político por trás dessas informações falsas?

Primeiramente, é essencial entender o processo de viralização das fake news. Conforme Ricardo Gallo explica, tudo começa com a descontextualização de um fato verdadeiro, que é manipulado para criar narrativas convincentes.

Fonte: Canva

“Elas são feitas de uma maneira bem alarmista para causar essa emoção mesmo na gente. Sabe aquela raiva, incredulidade? Indignação, sede de justiça”.

Alline Dauroiz

Essa manipulação não só distorce a realidade, mas também influencia diretamente a opinião pública. Por exemplo, um vídeo antigo pode ser erroneamente associado a eventos atuais, como as enchentes no Rio Grande do Sul, gerando confusão e desinformação.

Além disso, as fake news têm um impacto significativo no trabalho das autoridades. Em momentos de crise, recursos que poderiam ser utilizados em esforços de resgate e ajuda são desviados para combater a desinformação. Isso, por sua vez, afeta a eficácia das respostas às emergências.

“Para que o povo acredite nas mentiras, é preciso destruir as instituições que a gente tinha como pilar. É preciso descredibilizar o trabalho da imprensa profissional, fazer o povo desconfiar das ações dos governos, fazer o povo se revoltar”.

Alline Dauroiz

Relacionadas

Fonte: Canva

Outro aspecto preocupante é o efeito das fake news nas ações de solidariedade. Informações falsas sobre a retenção de doações ou problemas com a entrega podem desestimular a ajuda humanitária, prejudicando os esforços de recuperação e assistência às vítimas. Portanto, a desinformação não apenas manipula a percepção pública, mas também interfere nas ações de resposta a crises.

“Essa manipulação geralmente tem três objetivos. O poder político, ou seja, conseguir ganhar voto lá no futuro, lucro, te apresentar um problema para vender uma solução, ou então para aplicar golpe mesmo e roubar você na cara larga”.

Alline Dauroiz

Então, o que está em jogo aqui?

A desinformação como estratégia política visa criar um ambiente de desconfiança e ineficiência, impactando negativamente na coesão social e na resposta coletiva a situações de emergência. Ao disseminar fake news, os agentes políticos buscam não só influenciar eleições, mas também desviar o foco das questões reais e urgentes que precisam de atenção.

Em resumo, a desinformação é uma ferramenta poderosa nas mãos de quem busca manipular a realidade para atingir objetivos políticos específicos. Seja durante eleições ou em crises, as fake news representam um desafio significativo para a sociedade, exigindo vigilância constante e esforços conjuntos para combater a desinformação e preservar a integridade da informação pública.

Como checar se uma notícia é verdade ou fake news?

Em um mundo onde a desinformação se tornou uma estratégia política, saber diferenciar uma verdade de uma fake news é mais crucial do que nunca. Mas, como podemos fazer isso?

Primeiramente, ao se deparar com uma informação nas redes sociais, é fundamental questionar sua origem. Além disso, serviços como o Fato ou Fake do g1, o Boatos.org e a Agência Lupa do UOL são ferramentas valiosas nesse processo. Esses sites especializam-se em checar fatos e desvendar fake news, oferecendo um recurso confiável para validar informações.

Veja ainda a estratégia de Alline Dauroiz: “Se você quer noticiar algo, coloca a informação no Google que você viu e escreve ‘boato’ do lado para ver se alguma agência de checagem já desmentiu aquilo ali”.

Portanto, antes de compartilhar qualquer notícia, faça uma pausa e verifique sua autenticidade nesses serviços. Assim, você contribui para combater a desinformação e promover um ambiente digital mais saudável e informativo.

Enfim, que tal ler também Inundações no Rio Grande do Sul: do que as vítimas das chuvas estão precisando + como doar. Ou então, veja mais sobre Política em nossa categoria especial.

Produzido com auxílio de Inteligência Artificial.

Laila Lopes: 26 anos, mineira (atualmente morando na região serrana do RJ) e amante de seus bichos: 2 cachorros e muitos peixinhos. Redatora digital há 4 anos, com mais de 2000 artigos publicados na internet

Usamos cookies em nosso site para oferecer uma melhor experiência. Ao clicar em “Aceitar tudo”, você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Configurações" para ajustar quais cookies deseja aceitar ou não em nossa Política de Privacidade.

Leia mais