A Luiza Trajano é conhecida por possuir vários títulos, como Personalidade do Ano de 2020 pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. A empresária preside o Conselho de Administração de uma das gigantes do varejo nacional. Além disso, está a frente de grandes projetos no país.
Nas últimas semanas, Luiza vêm recebendo críticas sobre seus posicionamentos. Como por exemplo, a campanha para não demissão durante a crise e o anúncio de um programa de trainee em 2021, apenas para profissionais negros.
Sem medo de errar e convicta de suas afirmações, Trajano respondeu sobre tudo no programa Roda Viva. Nesse sentido, confira alguns trechos e conheça seus posicionamentos:
Quem é Luiza Trajano?
Antes de mais nada, Luiza Helena Trajano nasceu em Franca, uma cidade do interior de São Paulo. Formada em Direito, decidiu se dedicar ao comércio, pois acabou herdando uma pequena loja da família e a transformando em uma rede com mais de mil lojas físicas, a Magazine Luiza e Mercado Magalu.
Posteriormente, a empresa de Luiza avançou para o mundo digital e também passou a liderar o varejo virtual. Como resultado, a empresa se manteve com as vendas virtuais a frente na pandemia.
Durante a entrevista, ela ressalta que o caminho não foi somente de flores, houve erros. No entanto, ela conta o segredo para passar por cima de todos os problemas:
A mulher mais rica do país? Luiza se assustou com o ranking da Forbes.
Em trecho da entrevista, a empresária foi questionada sobre a taxação de fortunas como forma de combater a desigualdade social. Primeiramente, Luiza comenta sobre sua estranheza ao ser considerada a mulher mais rica do Brasil e fala sobre os bilionários do país:
O combate a crise e desemprego na pandemia
Trajano conta que já viveu muitas crises ao longo desses anos. “Quando entrou em pandemia, a única coisa que eu tinha medo na empresa é de perder o jeito humano de ser. A alma da empresa é muito forte.” Ela responde que o segredo para sobreviver foi sempre a inovação.
Com mais de 40 mil funcionários pelo país, a empresária garantiu mantê-los apesar da pandemia. Como resultado, criou uma forma de incentivo para combater o desemprego. A campanha “Não Demita” conseguiu evitar 1,5 milhão de demissões nas empresas do país.
Durante a entrevista, Luiza afirma que sente que os empresários estão se tornando mais conscientes no âmbito da política social, principalmente na pandemia. “Não dá para fechar os olhos para a desigualdade social. Isso é um problema de todos.”, afirmou.
Reparação histórica? Programa trainee para negros
Questionada sobre as críticas em relação ao programa, Luiza afirma que a intenção não era causar polêmica. “Como é que vamos colocar mais trainee negros se eles nem entram no processo? A partida já é desigual.” Foi assim que surgiu a ideia.
A empresária não acompanha as críticas agressivas que vem repercutindo nas mídias sociais. No entanto, algumas pessoas que afirmam que o processo é um racismo reverso, ela procura entender melhor a situação.
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“Falei para o Comitê que nós tínhamos que entender mais sobre o racismo estrutural. O dia que eu entendi, eu até chorei. Porque eu sempre achei que eu não era racista.”
Participação política e o grupo Mulheres do Brasil
Será que uma mulher com tanto poder, nunca pensou em participar diretamente da política? A ex-presidente Dilma Rousseff até a convidou (2011) para comandar a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, no entanto, o convite foi negativo e a recusa permanece até hoje.
Segundo empresária, ela possui apenas influência política e acredita que isso é um mal necessário para mudar o Brasil para melhor.
“Eu acho que esse papel de protagonista, a escravidão deixou para nós. Ou você é colonizado ou você é colônia. Eu sempre quis que nós assumíssemos o Brasil. Então o que eu faço é sempre estar com o grupo para defender coisas que são boas.”, afirmou.
65 mil mulheres reunidas e apartidárias
Luiza Trajano comenta sobre a criação do grupo Mulheres do Brasil. Elas possuem o objetivo de participar do desenvolvimento do país de maneira política. Todavia não possui nenhuma filiação com partido.
Como resultado, a empresária comenta mais sobre o grupo criado em 2013 e diz como é possível entrar em um consenso para decidir com tanta diversidade de opinião reunida:
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