O Brasil segue homenageando Rita Lee após a morte da cantora na noite da última segunda-feira, 08.
A artista nos deixou aos 75 anos, após encarar uma batalha contra o câncer de pulmão descoberto em 2021.
Dessa forma, diversas histórias tem sido resgatadas de sua biografia lançada em 2016. Algumas engraçadas e emocionantes. Já outras bem tristes e revoltantes.
Uma dessas histórias de embrulhar o estômago foi o abuso que Rita Lee sofreu quando tinha apenas seis anos de idade.
(ALERTA: este texto aborda assuntos como estupro, violência doméstica e violência contra a mulher, o que pode ser gatilho para algumas pessoas. Caso você se identifique ou conheça alguém que esteja passando por esse problema, denuncie! DISQUE 180).
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Rita Lee relatou abuso em autobiografia
Em um dos trechos de sua autobiografia, Rita Lee contou aos leitores sobre o abuso que sofreu aos 6 anos de idade. A história é tão dolorosa e traumatizante que Rita não lembra do que sentiu no momento.
Todavia, ela lembra da comoção de seus familiares ao presenciar a cena chocante.
“A dor delas certamente foi muito, mas muito maior do que a minha. Chesa, Balú e Carú guardaram a tragédia como o grande segredo do fim do mundo de todos os tempos. Se meu pai ficasse sabendo, provavelmente iria atrás do sujeito”- Rita Lee: Uma autobiografia, editora Globo, 2016.
De maneira idêntica, no livro, a cantora narrou o que aconteceu.
Segundo Rita, sua mãe chamou um técnico para arrumar sua máquina de costurar. Em questão de poucos minutos, a mãe da artista precisou deixar o local para fazer alguma coisa em casa.
Assim que a mãe da cantora apareceu, encontrou ela com uma chave de fenda introduzida no órgão genital. A criança foi socorrida e amparada rapidamente.
No entanto, naquele momento, Rita foi aconselhada pelos parentes que presenciaram o ocorrido para não contar ao seu pai o que aconteceu e assim evitar uma nova tragédia.
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Rita Lee e falou de sua morte em livro
Antes de saber que teria uma batalha contra o câncer, Rita Lee lançou sua autobiografia. Segundo a artista, a ideia do livro era fazer uma despedida da “Rita” dos palcos.
De fato, a cantora já estava com planos de se aposentar da vida de shows e turnês. Foi nessa obra, que Rita também, de maneira irônica, falou sobre como seria o anúncio de sua morte na mídia.
“Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída.
Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão ‘Ovelha negra’, as TVS já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair”- disse a artista na publicação.
De maneira idêntica, a rockeira seguiu com a “profecia” e citou até mesmo aqueles quem nem lembravam que ela existia, além dos políticos.
“Nas redes sociais, alguns dirão: ‘Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk’. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los.
Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank you Lord, finally sedated’. (…) Epitáfio: Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa”– disse trecho do livro de Rita Lee.
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