Uma das jornalistas mais importantes do Rio Grande do Sul e pioneira pela igualdade racial no jornalismo, Julieta Amaral nos deixou no último sábado, 27. A repórter estava com 62 anos e há três descobriu um câncer no pâncreas. Segundo a família, nos últimos dias, o estado de saúde de Julieta se agravou. O ex-estagiário e amigo da jornalista, Marcelo Cosme, se emocionou ao noticiar o falecimento da profissional.
Segundo Marcelo Cosme, Julieta Amaral lhe ensinou tudo, na prática, sobre o mundo do telejornalismo. Ele lembrou que até segurar num microfone e se posicionar diante das câmeras lhe foi explicado por Amaral. Só na Globo do Rio Grande do Sul, Julieta trabalhou por quase 30 anos. Vem saber mais sobre a carreira da jornalista.
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Quem foi Julieta Amaral?
Nascida em em 8 de outubro de 1962 em RS, Julieta Amaral se tornou um ícone do jornalismo no Rio Grande do Sul. Formada pela Universidade Católica de Pelotas, ela começou a trabalhar aos 18 anos como revisora no Jornal Agora. Antes de entrar na RBS, filial mais antiga da TV Globo, Julieta ainda passou pelo jornal, Correio do Povo.
Só na emissora rio-grandina Julieta trabalhou entre 1987 até 2016. Entre as matérias de destaque, Julieta cobriu o desastre do navio Bahamas. Em 1998, a embarcação de grande porte transportando 12 mil toneladas de ácido sulfúrico se acidentou em 28 de agosto de 1998 no Porto de Rio Grande.
Nas comemorações dos 40 anos da RBS TV Rio Grande, em 2017, Julieta deu um depoimento que traduz a carreira dela: “Tenho um carinho muito grande pela empresa, tenho um carinho muito grande pela RBS TV Rio Grande. Eu passei momentos de desafio na minha vida que foram muito importantes, que fazem parte da minha história hoje como ser humano”.
#actampads1#Após deixar trabalhos na TV, Julieta passou a se dedicar ao voluntariado. Ela deixa o marido, Pedro Amaral, e a filha Carolina, grávida de oito meses.
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Marcelo Cosme se emociona
Ao noticiar a morte da ex-chefe e amiga, o jornalista, Marcelo Cosme se emocionou no Jornal do Meio-Dia’ da GloboNews. O apresentador estava acompanhado da colega, Leilane Neubarth que lhe confortou naquele momento, ao vivo. Assim que começou a ler o teleprompter, Marcelo ficou com a voz embargada. Todavia ele seguiu até o final e explicou o motivo de Julieta Amaral ser importante em sua vida.
“Ela foi minha colega, minha chefe, minha mentora quando eu era estagiário (…) Há uns 3 meses, eu não sabia da doença, e numa pauta no ‘Em Pauta’, sobre mulheres negras, eu pude agradecer o quanto ela foi importante na minha vida (…)
A Julieta foi a mulher que me ensinou a segurar o microfone. Eu estreei na apresentação um dia que ela olhou pra mim e disse assim: ‘Hoje você vai apresentar o ‘Bom Dia Rio Grande’ porque você tem de aprender’.”
O apresentador ainda encerrou dizendo que Julieta não conseguiu conhecer a neta, que nascerá daqui duas semanas.
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