Você talvez não conheça, por nome, o poeta e escritor, Antonio Cicero. Contudo, provavelmente já ouviu alguma música que ele compôs, ou ajudou a compor. Entre os seus sucessos estão, “Fullgás“, “Pra Começar” e “À Francesa“, escritas por ele e musicadas por sua irmã, Marina Lima. Também está em sua galeria de sucesso a música, “O Último Romântico”, gravada por Lulu Santos, em 1984.
De maneira idêntica, Antonio Cicero também era integrante da cadeira 27 da academia Academia Brasileira de Letras (ABL), a qual tomou posse em 2017. Nos últimos anos, Antonio foi diagnosticado com Alzheimer e relatou que a progressão da doença afetava seu desejo de viver. Dessa forma, ele decidiu ir para a Suíça, onde realizou uma morte assistida, algo parecido com Eutanásia.
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Quem foi Antonio Cicero?
Cicero estudou filosofia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) do Rio de Janeiro e, depois, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Contudo, o autor teve que completar seus estudos no exterior, devido a Ditadura Militar no Brasil, em 1969. O lugar escolhido por ele foi, Londres.
Após completar a graduação, Antonio partiu para os Estados Unidos onde realizou sua pós na Universidade de Georgetown. Como resultado de seus estudos ele chegou a lecionar Filosofia e Lógica em universidades do Rio de Janeiro ao longo de sua carreira.
Escritor de poesias desde jovem, Antonio Cicero fez muito sucesso com parcerias musicais ao lado de sua irmã, Marina Lima. Com o êxito no âmbito musical, Antonio também compôs com outros famosos como: João Bosco, Orlando Morais, Adriana Calcanhotto e Lulu Santos.
#actampads1#Além de músicas com artistas ele também foi autor de várias obras literárias como: Guardar (1992), A Cidade e os Livros (2002), Porventura (2012) e, em parceria com o artista plástico Luciano Figueiredo, O Livro de Sombras (2010).
Em 10 de agosto de 2017, ele foi eleito para a cadeira de número 27 da Academia Brasileira de Letras, substituindo Eduardo Portella. Sua posse, no entanto, aconteceu em 16 de março de 2018.
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Alzheimer e Morte Assistida
Há anos, Antonio Cicero convivia com o mal de Alzheimer, assim sendo, o próprio poeta disse que não aguentava mais o agravamento da doença. “Encontro-me na Suíça, prestes a praticar eutanásia. O que ocorre é que minha vida se tornou insuportável”- disse o autor em carta de despedida aos amigos.
Antonio realizou a morte assistida em Zurique, na Suíça. Por lá esse processo é legalizado desde 1942, inclusive para estrangeiros. Cabe ressaltar que existe algumas diferenças entre eutanásia e morte assistida. A diferença entre os dois atos é a intervenção no momento de encerramento da vida. Enquanto na eutanásia, o médico faz a prescrição e também aplica a substância que induz o paciente à morte, na morte assistida o médico faz a prescrição e auxilia, mas o próprio paciente é quem conduz o ato.
De acordo com o especialista, Fábio Aurélio Leite, psiquiatra do Hospital Santa Lúcia Norte, alguns países tem regras mais rígidas para tais processos, o que não é o caso da Suíça. “Existem requisitos que dependem do país. Alguns contêm normas mais rígidas para doenças físicas; já outros, como a Suíça, querem liberar até para pacientes com transtornos mentais, autismo e depressões”.
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Em 2020, o valor para realizar esses procedimentos girava em torno de dez mil euros, quase R$ 62 mil.