Homem trans, policial civil e ativista LGBTQ+: quem é Paulo Vaz?
Na segunda-feira, 14, foi comunicada a morte de Paulo Vaz, homens trans policial civil e ativista da comunidade LGBTQIA+
Nesta segunda-feira, 14, o Brasil ficou de luto com a morte de Paulo Vaz, policial transexual ativista pela comunidade LGBTQIA+.
Casado com o influenciador digital Pedro HMC, Paulo Vaz – o Popó – teve sua morte divulgada no início da semana e comoveu quem admirava sua história de vida.
Muito querido entre os amigos, Popó Vaz recebeu diversas homenagens, todas enfatizando sua ótima personalidade, carisma e companheirismo.
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Quem é Paulo Vaz, o Popó?
Aos 37 anos, Paulo Vaz virou conhecido por ser um dos poucos homens transexuais que trabalhavam na Polícia Civil.
Nas redes sociais, Popó tinha sua plataforma de defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+, especialmente das pessoas trans.
Paulo era casado com o youtuber Pedro HMC, do canal “Põe na Roda”. Em 2019, o policial compartilhou no Instagram o pedido de casamento em Londres, na Inglaterra.
Popó se identificava como um homem gay, e chegou a foi vítima de ataques transfóbicos ao anunciar seu relacionamento com Pedro.
Ativista da causa LGBTQIA+, Paulo usou sua visibilidade para lutar contra o preconceito e defender direitos da comunidade. Ele inclusive foi protagonista da campanha da Antra – Associação Nacional de Travestis e Transexuais pelo dia da visibilidade trans.
Em 2018, Popó Vaz foi um dos agentes de segurança que apoiaram o policial militar Leandro Prior, alvo de ataques homofóbicos por aparecer em um vídeo fardado beijando outro homem na boca.
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Trabalho como policial
Paulo Vaz era investigador da Policial Civil desde abril de 2018, na região da Grande São Paulo.
Referência, ele usou sua visibilidade para apoiar e inspirar outros homens trans a seguirem essa carreira.
“A sociedade ainda tem muita homofobia e machismo enraizado e para isso a gente tem de botar a cara e aparecer mesmo, falar sobre o assunto para as pessoas perceberem que esse preconceito não precisa existir. Todo mundo aqui dentro da Segurança Pública pode inspirar outras pessoas. Quero mostrar que, se eu estou ali na polícia, qualquer um pode.”, disse Popó em entrevista ao portal G1 em 2018.
Repercussão
A morte de Paulo Vaz foi lamentada por figuras da comunidade LGBTQIA+, que viam o policial como uma importante figura da causa.
A cantora Daniela Mercury foi uma das que lamentou a morte de Paulo. “Estou despedaçada e indignada com a morte de nosso querido @popo_vaz. Nosso tão amado jovem trans, ativista, corajoso que fez esse mundo ser mais compreensivo e amoroso com os trans. Mando muito amor para @HMCPedro e toda a família de Paulo.”
O jornalista Fefito destacou a amizade que mantinha com Popó Vaz e a falta que ele fará. “Popó era um salva-vidas. Ele tirou muita gente de lugares sombrios, ele pavimentou caminho pra um monte de gente que veio e virá.”
“Muita força pros amigos e familiares desse ser de luz e generosidade que era o Paulo Vaz! Um beijo em especial pro Pedro HMC. Obrigado por ter sido um agente de tanta transformação nesse mundo! Rest in Power!”, postou o cantor Johnny Hooker.
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