De fato, Pantanal tem sido um sucesso na Globo. O canal dos Marinhos tem feito o remake da novela que passou na TV Manchete, em 1990, com todos os cuidados.
Temas e abordagens machistas e cuidados com as tramas com os animais são algumas dessas preocupações. Bruno Luperi, neto de Benedito Ruy Barbosa, tem sido fiel ao texto do avô e várias cenas seguem quase idênticas à primeira versão.
E como uma forma de homenagem, alguns atores que integraram o elenco da trama original, foram convidados para participarem dessa nova versão de Pantanal. Entre eles Paulo Gorgulho, Almir Sater, Gisela Reimann e o próprio Marcos Palmeira.
Mas parece que nem todos os atores que foram lembrados de serem chamados pela Globo gostaram do convite. Vem saber o que rolou.
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Globo convida ator para participação em Pantanal, mas sem cachê
Pois bem, Antonio Petrin deu vida ao vilão Tenório, em Pantanal da Manchete. Aliás, o tom dado por Petrin à Tenório foi muito mais sombrio e vilanesco. Dessa forma, o personagem entrou para a galeria de grandes antagonistas da teledramaturgia.
Segundo Petrin, a Globo entrou em contado com ele para uma pequena participação no último capítulo da novela. Todavia o ator ficou indignado, pois o canal dos Marinhos avisou que tal trabalho seria “sem cachê”.
“Fui contado pela produtora de elenco da novela Pantanal, da qual participei na versão anterior, para participar de uma cena no final da novela, como figurante de um casamento ou sei lá o que. Agora pasmem: Sem pagamento de cachê. É claro que recusei. Fiquei indignado com tal proposta” – disse o ator em sua conta do Facebook.
Ainda em seu desabafo contra a Globo, Antonio Petrin afirmou ser um “desrespeito” tanto com ele como com a classe artística a emissora lhe oferecer um trabalho sem remuneração:
“Sou ator e como tal, devo receber um cachê por esse trabalho. Na verdade eles querem enfeitar a figuração com atores, que como eu foram destaques na versão anterior. Esse convite é um desrespeito a minha carreira de mais de 50 anos. Espero que outros colegas da mesma versão recusem esse malfadado convite.“
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Carreira de Antonio Petrin
Antonio Petrin é natural de Laranjal Paulista, interior de São Paulo. O ator está com 84 anos. Ainda criança foi morar em Santo André (ABC Paulista) e por lá teve contato com o teatro através da paróquia do bairro.
Na sequência, Petrin foi estudar teatro na Escola de Arte Dramática. A partir dai sua carreira artística ganhou mais espaço e o ator passou trabalhar menos como desenhista industrial, sua outra formação.
Assim como atores de sua geração, Antonio Petrin participou dos primeiros projetos para a TV brasileira. Em 1965 ele atuou em “22-2000 Cidade Aberta”- considerado o primeiro seriado nacional.
Ademais, Antonio Petrin atuou nas primeiras novelas da Tupi, Globo e SBT (entre 1973 e 1988). No entanto seu primeiro personagem de destaque foi em Pantanal, como Tenório, na extinta TV Manchete.
Por lá, Petrin também participou de Ana Raio e Zé Trovão e Tocaia Grande. Na sequência em produções da Globo, SBT e Record TV. Sua última participação em novelas foi em, “Escrava Mãe”, como Coronel Custódio Avelar na Record TV em 2016.
Em seu currículo, Antonio Petrim também possui inúmeras peças de teatro e filmes. Recentemente o ator esteve em cartaz no Sesc Pompeia em SP com o espetáculo, “A Semente do Romã”.
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Por fim, veja a entrevista dada pelo ator ao programa, “Persona em Foco”, da TV Cultura, em 2017