Ney Latorraca, de 76 anos, viveu praticamente 60 anos da sua vida se dedicando à carreira. Apesar de ter iniciado sua atuação pelo teatro, o ator começou a participar também de programas televisivos a partir de 1968.
Sua primeira atuação na telinha foi em um papel secundário na novela Beto Rockfeller da TV Tupi. A partir disso, o ator, que era apadrinhado pelo humorista Grande Otelo, foi ator global por mais de 40 anos.
Entretanto, Ney Latorraca é categórico em afirmar que junto com o sucesso veio o preço pago por ele, que diz que “ficou doente” na busca pela fama.
Em entrevista o ator falou sobre a sua trajetória, desde a infância vivida de maneira simples até o sucesso estrondoso e os 46 anos como artista global.
Só dentro da Rede Globo foram 46 anos, no programa “Persona in Foco”, mas até chegar lá ele passou por muita coisa.
Ney Latorraca diz: o sucesso mexeu comigo
Os primeiros anos foram muito difíceis, mas o ator diz ter sentido muito medo quando percebeu que o seu sonho de conquistar a fama havia se tornado uma realidade.
O marco do seu sucesso foi a novela “Escalada”, de 1974, quando Ney Latorraca fez par com Nathália Timberg.
“O sucesso mexeu comigo, não sabia que o sucesso era tão violento desse jeito. Eu queria tanto aquele sucesso popular e aconteceu. Fiquei com medo na época, fiquei doente”, disse o ator, que falou também sobre a sua vaidade: “Pago até hoje pela minha vaidade. Pago caro”.
“O Grito” foi a sua segunda novela. Inclusive o artista ganhou o título de “Rei da Televisão”, concedido pela revista “Amiga”, daquela época. Para receber essa denominação ele teve que concorrer com grandes nomes como Tarcísio Meira e Roberto Carlos.
De acordo com Ney Latorraca, esse foi o ápice da sua carreira. “Olha que loucura isso para um ex-aluno de teatro em São Paulo, pobre, filho de um casal pobre, estar ao lado desses nomes. Mas sempre quis isso, o sucesso”.
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Testamento
Depois de falar sobre a sua carreira, Ney Latorraca comentou também sobre os seus planos de deixar tudo o que tem para instituições.
Afirmou inclusive que o testamento está pronto, para que todo o dinheiro que conseguiu com o suor do seu trabalho e sucesso tenha o destino correto.
De acordo com ele, seus bens serão deixados para o Retiro dos Artistas e a ABBR (Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação).
“É um desejo da minha mãe também. Acho que é assim que tem que ser. O que eu ganhei com o teatro tem que voltar para essas causas. Essa é a missão do artista, pelo menos para mim”, concluiu ele.
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