Um ano e seis meses após o acidente que vitimou Marília Mendonça e mais quatro pessoas, o Cenipa divulgou o relatório final sobre as causas da queda.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos expôs o documento na noite da última segunda-feira, 15.
Durante a coletiva de imprensa, Robson Cunha, advogado da família de Marília Mendonça foi enfático:
“Não há nenhuma falha do objeto, pane seca, nada nesse sentido. As decisões que foram tomadas por parte do piloto não demonstram nenhum erro”.
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Relatório Final do acidente de Marília Mendonça
Segundo o Robson Cunha, advogado da família de Marília Mendonça, o fator preponderante para a queda do avião foi a colisão da aeronave com os cabos de energia.
“O que ficou claro é que a aeronave não teve nenhuma falha mecânica. As opções e as decisões tomadas pelo piloto na ocasião não foram tidas como irregulares. Ainda que ele tenha mudado o plano de voo, estava dentro daquilo que é de possibilidade do piloto, então a gente vai agora para a questão do obstáculo”– afirmou o advogado.
De fato, o avião de Marília encostou nos cabos de distribuição de energia antes de colidir nas pedras de um curso d´água em Piedade, Minas Gerais.
Ainda sim, o relatório da Cenipa sugere que houve um erro de julgamento do piloto responsável pelo voo. A aproximação da aeronave em relação ao solo, para que fosse iniciado os procedimentos de pouso, foi feita a uma distância maior do que a necessária, segundo o documento.
Contudo, o advogado da família de Marília Mendonça foi claro ao expor que os entes da cantora não querem uma apontar culpados.
“A gente não está aqui na caça às bruxas. A posição dela sempre foi clara: nada disso aqui vai trazer a filha, a mãe do Léo de volta. O objetivo dela, o objetivo de todos, na verdade, é que situações que aconteceram como a da filha dela sejam evitadas para que mais nenhuma família passe pela dor da perda que eles passaram”– afirmou Robson Cunha.
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Órgão também se manifesta
De maneira idêntica, o Cenipa, que é um órgão da Força Aérea Brasileira (FAB), também afirmou que as investigações não tem o intuito de apontar responsáveis.
“De fato, as investigações realizadas pelo Cenipa não buscam apontar culpados ou responsáveis, tampouco se dispõem a comprovar qualquer causa provável de um acidente. Mas elaboram hipóteses que permitem entender as circunstâncias que podem ter culminado na ocorrência. Desta maneira, propõem a implementação de medidas […] com o objetivo de evitar a recorrência de acidentes aeronáuticos”– afirma o Cenipa.
O acidente de avião com Marília aconteceu em 5 de novembro de 2021. A queda foi registrada por volta das 15h30, em Piedade de Caratinga (MG), a 309 km de Belo Horizonte.
Além da cantora, também faleceram no acidente: o produtor Henrique Bahia, o assessor e tio da cantora, Abiceli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.
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