Até parece que não, mas Galvão Bueno ainda é um dos contratados da Globo. O narrador, no entanto, não deve mais narrar jogos ou corridas na emissora da família Marinho.
Isso porque, o contrato que Galvão e Globo acertaram no final do ano passado prevê apenas participações especiais e eventos pontuais do canal.
Ademais, o acordo entre Bueno e Globo vai até 2024, porém, sem exclusividade da maior emissora do país. E é por isso que Galvão também tem aparecido em outras janelas, como no YouTube, onde narrou jogos amistosos.
Por lá, o narrador também tem um podcast onde recebe amigos e conversa sobre esportes, entre outras coisas. E foi exatamente nesse podcast, que Galvão soltou o verbo sobre o que pensa dos “novos rumos da Globo”.
Galvão, Boni e Globo
Você pode até não lembrar, mas nos anos 80, 90 e 2000 só dava a TV Globo no Brasil. O selo “padrão Globo de Qualidade” era uma referência na comunicação brasileira.
Dessa forma, na Globo estavam os melhores técnicos, os melhores atores, apresentadora e jornalistas. O canal tinha prioridade em dar notícias exclusivas e transmitir jogos e corridas esportivas. Copas do Mundo e Olimpíadas também foram, por anos, exclusividade da Globo.
E José Bonifácio Sobrinho, o Boni, foi um dos grandes responsáveis por esses feitos. Dessa forma, Galvão Bueno fez questão de ressaltar a admiração que tem pelo pai do Boninho, em seu podcast.
“Eu digo sempre que a vida me deu três mestres no meu trabalho. O primeiro deles é o Boni, que foi o cara que fez tudo isso [que a Globo é], e hoje até estão estragando um pouco o que ele fez. O Boni me ensinou uma coisa: ‘Sempre se pode fazer melhor’“- disse Galvão em seu podcast.
De fato, a Globo de 2023 está longe do que foi a Globo em 2013, 2003 ou 1993. Nos últimos anos, a concorrência com o streaming e a internet fez a TV deixar de ser a principal janela do público brasileiro.
Dessa forma, o público pode assistir séries, novelas, notícias e jogos através de outras telas. E como resultado, a Globo não consegue mais manter seu rico e seleto casting de “estrelas”. Galvão Bueno, Cleber Machado, repórter Régis Rösing e o narrador Jaime Júnior são alguns desses exemplos.
Todavia, em seu discurso, Galvão Bueno ainda ressalta a importância e grandiosidade da Globo no país e no mundo: “É uma coisa espetacular”.
Mais admirações de Galvão
Ainda falando sobre seus mestres, Galvão também citou outro ídolo da Globo: Armando Nogueira, um dos principais diretores da Globo no século XX.
“O meu segundo mestre foi Armando Nogueira, aquela coisa tão carinhosa dele”- disse Galvão em seu podcast.
O terceiro citado foi Pelé. O saudoso ex-jogador trabalhou com Galvão Bueno nas transmissões das Copas do Mundo de 1990, 1994 e 1998.
“O cara que teve a honra de ser amigo do Pelé, ter proximidade com ele, fazer três Copas do Mundo com ele. E o Pelé sempre me impressionou porque ele era a pessoa mais famosa do mundo.
Viajei com Pelé o mundo inteiro, e nunca vi ele dizer não para tirar uma foto, dar um autógrafo, um beijo numa criança. E ele me ensinou uma frase muito simples: ‘Galvão, coloque na sua cabeça, nós vivemos do carinho deles, sempre temos que ser carinhosos com eles’“- relembrou Galvão.
Apesar de continuar contratado da Globo, por hora Galvão ainda não tem nenhum projeto dentro da emissora. Esse ano foi lançado uma série: “Olha o que ele fez”.
O documentário em 5 episódios traz diversas histórias sobre a trajetória de Galvão Bueno ao longo de seus 41 anos de TV Globo, relembrando detalhes de sua vida pessoal, polêmicas e eventos marcantes.
Cabe ressaltar que até 2019, Galvão Bueno chegou a receber R$ 5 milhões mensais da Globo, para narrar jogos especiais e apresentar o “Bem, Amigos” no EsporTV. Após renegociações, o salário do narrador passou para R$ 800. Atualmente o acordo salarial entre a emissora e Galvão, sem exclusividade de imagem, não foi divulgado.
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Por fim, veja um outro trecho de uma entrevista de Galvão Bueno no podcast, Flow: