Foi uma catarse a primeira exibição do longa, Ainda Estou Aqui, de Walter Salles que é estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello. O filme é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Assim sendo, ele narra a jornada de sua mãe, Eunice Paiva (Fernanda Torres) depois do desaparecimento do ex-deputado, Rubens Paiva durante da ditadura militar.
Com efeito, Eunice traça uma jornada de viúva que acaba virando uma ativista para buscar respostas sobre o marido que foi tirado de casa pelos militares e nunca mais voltou. Além de Eunice, Ainda Estou Aqui mostra como os cinco filhos do deputado reagiram diante do desaparecimento do pai. O filme tem causado um grande zunzunzum nos festivais internacionais. Dessa forma, uma das próximas etapas é conseguir uma indicação ao Oscar 2025 na categoria de filmes internacionais. Fernanda Torres, no entanto, é bem realista com esse cenário, pois já viveu tudo isso com a história da própria mãe, em 1999.
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O que aconteceu com Fernanda Torres?
Um ano de muitos feitos para Fernanda Torres, que de fato, quase foi a Odete Roitman do remake de Vale Tudo. Nos últimos anos, a atriz estrelou muitas produções de humor na Globo, como os seriados Filhos da Pátria (2017), Tapas e Beijos (2011-2015) e Os Normais (2001-2003). =Dessa forma, ela também viu seu livro, Fim, ser adaptado ao formato minissérie, na Globoplay. E agora, a atriz volta a protagonizar no cinema uma superprodução: Ainda Estou Aqui.
Como resultado, durante a exibição do longa, na 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Fernanda Torres, Selton Mello e Walter Salles conversaram com o jornalistas e comentaram a possibilidade, real, do filme concorrer ao Oscar.
“Eu tinha um livro do Marcelo [Rubens Paiva] que eu li antes do Walter [Salles] me convidar, porque eu queria saber o que tinha acontecido com o pai do Marcelo (…)
#actampads1#Era uma história que eu conhecia de manchetes, mas eu não sabia que vai muito além do que eu poderia imaginar. Aí o Walter me chama e, de repente, tenho a Eunice pela frente, com a responsabilidade de uma mulher única, uma mulher que nunca fez questão de ser reconhecida. Ela sai de ‘viúva do Rubens Paiva’ para ‘mãe do Marcelo Paiva’, movendo revoluções de uma maneira sempre digna. Ela teve uma resistência persuasiva” – disse Fernanda.
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Ainda Estou Aqui no Oscar
De fato, apesar de toda expectativa que Ainda Estou Aqui causou no público brasileiro sobre possível indicação ao Oscar, Walter Salles diz que é bom os brasileiros se aterem a realidade. Todavia, ele se mostra muito satisfeitos com a trajetória do filme em outros festivais e a boa recepção do público (de festivais internacionais), visto que o filme só estreia em 7 de novembro nos cinemas brasileiros.
“Hoje, metade dos votantes [da Academia] não mora no eixo estreito entre Nova York e Los Angeles. Antigamente, para olhar para essas premiações, o filme precisava ser visto ali. Hoje a realidade foi completamente reconfigurada, só a França tem 200 votantes da Academia. Isso é muita coisa. Fazer uma campanha é ir acompanhando o filme nos festivais, porque é a única maneira de os votantes verem o filme. É melhor quando tem um contato pessoal”- conta o diretor.
De maneira idêntica, Fernanda Torres orientou a todos que não encarem esse momento como uma “Copa do Mundo”. Ademais, a atriz disse que só do Brasil participar de festivais internacionais e ter seu valor reconhecido, já é uma grande vitória.
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“O filme já é um acontecimento para nós”
“A gente está nas ‘short lists’ de coisas muito grandes para o tal do Oscar, que parece ser a fronteira final que nós teremos que cruzar (…) O filme tem grandes chances de estar entre os [indicados] em filme estrangeiro, estamos trabalhando para talvez outras categorias, mas o filme já é um acontecimento para nós. Ele já está no mundo, já é uma porta de entrada para o mundo.”
“O Oscar é muito importante por várias questões, mas ele também não é a medida de tudo. Eu não queria que no final todo mundo acabasse ‘aaaaahhh’, decepcionado”- disse a atriz.
Por fim, a atriz citou o exemplo de Fernanda Montenegro em Central do Brasil: “Quando as pessoas falam do prêmio da mamãe, eu tento explicar que, quando um ator brasileiro, falando português, é nomeado, ele já ganhou. Pode estourar champanhe, entendeu? Vai para lá sem expectativa porque não vai levar. Eu só queria explicar isso para as pessoas já ficarem contentes.”
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