John Geddert, ex-técnico da equipe olímpica feminina de ginástica artística dos Estados Unidos , se suicidou devido à pressão de enfrentar 24 acusações de crimes.
De todas as acusações que ele recebeu, vinte delas são relacionadas a tráfico de pessoas e trabalho forçado. Além disso há duas acusações de crimes sexuais, uma por organização criminosa e outra por mentir à polícia.
O suicídio aconteceu apenas algumas horas depois de o treinador ter recebido as acusações citadas anteriormente.
Promotoria de Michigan confirmou a morte de Geddert
A Promotoria de Michigan foi responsável por confirmar a morte de Geddert, que tinha 63 anos. “Este é um final trágico de uma história trágica para todos os envolvidos”, relatou a promotora-geral de Michigan, Dana Nessel.
A mesma promotora também falou em entrevista que as acusações envolviam meninas menores de idade.
Das acusações havia duas de agressão sexual, seis referentes tráfico de menores para trabalho forçado e, quatorze eram referentes a tráfico de pessoas maiores de idade para trabalho forçado.
De acordo com informações, Geddert teria cometido os crimes relatados no período entre os anos de 2008 e 2016.
As investigações a respeito do ex-treinador ocorreram três anos depois do famoso caso Nassar, considerado o maior escândalo sexual relacionado ao mundo dos esportes dos Estados Unidos.
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Os dois nomes estão fortemente relacionados, visto que Geddert é fundador do famoso Clube de Ginástica Twistars EUA de Michigan (1996), um dos locais onde Larry Nassar cometeu uma série de abusos que foram confirmados por ele próprio.
“O senhor Geddert sabia que Nassar estava abusando sexualmente de suas pacientes e não tomou nenhuma medida”, disse Danielle Hagaman-Clark, pertencente à divisão interina do gabinete da procuradoria-geral de Michigan.
Depois que as investigações sobre o caso Nassar começaram a acontecer, Geddert ficou suspenso a partir de 2018. Por isso tomou a decisão de se aposentar.
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Geddert havia se afastado da academia de ginástica
Na época do afastamento do técnico, a organização alegou que a medida era necessária para “garantir a segurança e o bem-estar da comunidade da ginástica”.
Diante disso Geddert passou a academia para a sua esposa, mas pouco tempo mais tarde ela repassou as instalações.
De acordo com a promotora de Michigan, Nessel e Geddert utilizaram de violência e proporcionaram dor e sofrimento à terceiros em benefício próprio.
As vítimas desses abusos apresentam problemas de ordem psicológica que são irreparáveis, incluindo transtornos alimentares, automutilações e tentativas de suicídio.
“Assim como os perpetradores de violência doméstica e agressão sexual, os traficantes [de pessoas] podem aproveitar uma oportunidade a qualquer momento e tirar proveito da vulnerabilidade de suas vítimas”, concluiu Nessel.
Na sua conta do LinkedIn, Geddert mantinha uma autodescrição que dizia: “o treinador de ginástica feminina mais condecorado da história da ginástica de Michigan”.
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