Maya Massafera trouxe à tona um importante debate sobre saúde mental depois de enfrentar uma crise de disforia durante o Festival de Cannes, levando-a a desistir de participar do evento momentos antes de caminhar pelo tapete vermelho. Após um ano passando pela transição de gênero, a apresentadora experienciou nos últimos dias sintomas típicos da disforia.
A princípio, a condição é marcada por um estado psicológico de intenso desconforto ou angústia devido a uma incongruência entre o gênero designado ao nascer e a identidade de gênero da pessoa. Essa condição pode ser extremamente desafiadora, especialmente em momentos de grande exposição pública. A seguir, entenda mais.
O que Maya Massafera tem?
Ninguém disse que seria fácil! Recentemente, a internet conheceu Maya Massafera, que até então vivia presa no corpo do influencer e apresentador Matheus Massafera.
Inicialmente, ela passou um ano pela transição de gênero, e há poucas semanas revelou o resultado à público. A personalidade era uma das convidadas do Festival de Cannes, no entanto, não conseguiu participar por conta de uma disforia de gênero.
De acordo com a psicanalista Dra. Andréa Ladislau, que concedeu entrevista ao Purepeople, Maya Massafera sentiu a necessidade de se isolar em um quarto de hotel por um longo período devido à disforia.
Este isolamento pode ter sido uma maneira de lidar com o desconforto intenso e a angústia causados pela condição, buscando um ambiente seguro e controlado para recuperar-se.
“É uma condição clínica com sintomas psiquiátricos concomitantes que não chega a ser considerada um transtorno mental, porém é um diagnóstico muito comum, enfrentado nos primeiros anos por pessoas que fazem a transição“, explica, reafirmando o que Maya disse em desabafo no Instagram.
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O que é disforia de gênero?
Em primeiro lugar, a especialista explica que a disforia manifesta-se como um desconforto com a distorção da imagem própria, especialmente durante o período de adaptação à nova condição de gênero escolhida pela pessoa.
Nesse contexto, o desconforto pode ser intensificado pela discrepância entre como a pessoa se vê e como deseja ser vista, refletindo os desafios emocionais e psicológicos enfrentados nesse processo de transição.
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“É na verdade, uma mudança repentina de sensações, causando transitoriedade do estado de ânimo, alternando as emoções e flutuando para um mal estar alicerçado por uma possível depressão e ansiedade generalizada. Ou seja, instala-se um sentimento de perda do prazer diário, associado ao descontentamento com pequenas coisas“, comenta.
Assim, Andréa Ladislau destaca que os aspectos relevantes da disforia vão muito além do simples desejo e aceitação. Ela enfatiza que essa condição engloba uma série de desafios emocionais, psicológicos e, muitas vezes, físicos, que requerem uma compreensão profunda e um apoio contínuo para o bem-estar integral da pessoa.
“Eles estão fixados em um realinhamento da forma como esse indivíduo se enxerga e como ele acomoda em si, a pressão pelo olhar do outro. Afinal, sabemos que esse tema ainda é carregado por tabus e desconhecimento“.
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Quais os sintomas da disforia que Maya Massafera sentiu?
No caso de Maya Massafera, o processo de feminilização corporal e facial envolveu diversos procedimentos estéticos e cirurgias de redesignação sexual.
Logo, essas intervenções são profundamente impactantes, afetando não apenas o corpo físico, mas também a mente e o emocional da pessoa.
Essa jornada complexa pode gerar uma série de desafios emocionais e psicológicos, necessitando suporte contínuo para navegar as mudanças e adaptar-se à nova identidade.
“Uma mistura de sentimentos que podem provocar um desequilíbrio psíquico, principalmente, nos primeiros meses após a transformação. Dentre os sintomas da Disforia de gênero podemos destacar a melancolia, o pessimismo, a alteração de humor, choro em excesso, tristeza profunda, necessidade de isolamento, perturbação emocional, distorções alimentares, entre outros“.
Devido às complexas manifestações envolvidas, a transição de gênero requer um acompanhamento psicológico intenso desde o início da decisão de mudar.
Todavia, este suporte é crucial para ajudar a pessoa a lidar com as diversas dimensões do processo, incluindo os desafios emocionais, psicológicos e sociais, proporcionando um espaço seguro para explorar sentimentos e enfrentar as dificuldades que podem surgir ao longo da jornada.
“A psicoterapia vai auxiliar no processo emocional construindo pontes, conexão e vínculos fortes, rígidos e assertivos, de equilíbrio entre a nova condição de gênero sexual e o gênero de nascença. Além disso, trabalha a autoestima, a autocompaixão, a eliminação de fobias, complexos enraizados, a fim de fortalecer os gatilhos positivos de aceitação do processo, reduzindo os impactos negativos possíveis de julgamentos e preconceitos que essa pessoa possa vir a sofrer“.
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