Contratada da Globo é assediada por 4 funcionários e gera revolta e protestos na sede da emissora
Mais um episódio de assédio dentro da TV Globo levou funcionários da emissora a protestarem na sede do canal em SP
Você pode não ter notado, mas desde o último domingo, 21, diversos apresentadores tem aparecido usando as cores verdes na tela da Globo.
Trata-se do, “Movimento Esmeralda”. Na última sexta-feira, 20, a revista Piauí publicou uma reportagem sobre mais um caso de assédio na emissora dos Marinhos.
Dessa vez, uma contratada da casa entrou na justiça contra a emissora após ter sido assediada por outros quatro empregados da casa.
Os episódios ocorreram em ocasiões diferentes, mas em um deles, um dos criminosos chegou a tapar a boca da colaboradora da Globo, dentro de uma das salas da emissora da sede em São Paulo.
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Caso de assédio na Globo causa movimento
Como resultado, após ser alvo de diversos episódios de assédio, a empregada da Globo entrou com uma ação por assédio sexual, assédio moral e xenofobia.
Ao noticiar esse abuso, a revista Piauí adotou o nome de “Esmeralda” para não expor ainda mais a funcionária assediada.
Esmeralda ganhou, em primeira instância, a ação. Dessa forma a Globo terá que pagar à ela a indenização de R$ 2 milhões. Todavia, a equipe jurídica da emissora já recorreu e o caso será julgado, em breve, no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília (DF).
Um dos envolvidos nesse caso de abuso tem mais de 20 anos de casa. E o que revoltou os colaboradores da TV Globo é que um dos acusados ainda está trabalhando na emissora.
Foi então que surgiu a ideia dos funcionários da Globo protestarem na última segunda-feira, 22. A princípio a ideia era de que todos fossem de roupas pretas. Contudo eles aproveitaram o nome fictício de “Esmeralda” dado pela revista Piauí e optaram por trabalharem de verde.
Diversas funcionárias da Globo foram para a escadaria da emissora, e vestidas de verde levantaram a placa: “Mexeu com uma, mexeu com todas”.
Ana Maria Braga e Patrícia Poeta aderiram ao protesto
Como esse caso de assédio aconteceu no departamento técnico de São Paulo, as manifestações foram mais intensas nas instalações do canal, localizadas no Brooklin, SP.
Dessa forma, até famosas como Ana Maria Braga e Patrícia Poeta também vestiram verde diante da câmera. Ana Maria foi questionada se a cor do figurino era, de fato, por causa da manifestação e assessoria confirmou que sim.
Patrícia Poeta, assim como Ana, também disponibilizaram o espaço para falarem do assunto, caso seja necessário.
O apresentador do Globo Esporte, Felipe Andreoli também vestiu verde, bem como a apresentadora do Bom Dia Brasil, Ana Paula Araújo.
Esmeralda, além do assédio sexual, também afirmou que sofreu preconceito por ser da Paraíba e seu sotaque era motivo de chacota por alguns colegas.
A justiça proibiu que a Globo demita a funcionária vítima dos ataques, mas nesse momento ela segue afastada de suas funções.
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Nota da Globo
Á revista Piauí, a Globo enviou uma nota sobre sua posição quanto ao caso e as manifestações de seus colaboradores:
“A livre manifestação dos profissionais da empresa está em total alinhamento com a nossa gestão de transparência e diálogo permanente. De qualquer forma, a Globo reitera que não comenta casos de Compliance.
E aproveita para reiterar também que a empresa mantém um Código de Ética em linha com as melhores práticas atualmente adotadas. E que proíbe terminantemente o assédio e deve ser cumprido por todos os colaboradores, em todas as áreas da empresa.
Da mesma maneira, a Globo mantém uma Ouvidoria pronta para receber quaisquer relatos de violação de seu Código de Ética, que são apurados criteriosamente, com a punição dos responsáveis por desvios.
Nesse mesmo Código, assumimos o compromisso de sigilo em relação a todos os relatos de Compliance, razão pela qual não fazemos comentários sobre as apurações. Nosso sistema de Compliance também prevê o apoio integral aos relatantes, proibindo qualquer forma de retaliação em razão das denúncias.”
Por fim, veja a repercussão de outro caso de assédio na TV Globo que está em processo há mais de um ano:
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