Uma brasileira de 34 anos entrou na Justiça solicitando o reconhecimento do príncipe Albert II de Mônaco como pai de sua filha de 15 anos. O processo segue encaminhado e ela aguarda que uma nova audiência solicite um exame de DNA.
Brasileira da entrevista ao “Domingo Espetacular”
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Em conversa com o “Domingo Espetacular”, da Record TV, ela declarou que o monarca negou ser pai e, ao ficar ciente da gravidez pediu que realizasse um aborto. O príncipe recusa aceitar a paternidade e o processo corre no Tribunal de Milão.
“Vai ter a audiência e eu espero que o juiz peça o exame de DNA”, disse a brasileira que não teve a identidade revelada pelo programa.
Os dois teriam se conhecido durante visita de Albert II ao Brasil, no Rio de Janeiro, em 2004. Na época ela estava trabalhando em uma discoteca muito popular de Copacabana e o conheceu por pseudônimos.
“Ele chegou como uma pessoa normal. O nome dele era Erik ou ele pedia para chamá-lo de “Dove” ou “Baby”, declarou.
Viagem romântica pela Europa
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Após se conhecerem eles teriam engatado um romance e ela o acompanhado em uma viagem pela Europa — visitaram Portugal, Rússia, Itália e Mônaco. Ela ainda desconhecia o fato de Albert II ser herdeiro de um trono.
A mulher retornou a sua vida no Brasil e os dois mantiveram contato por e-mails e telefone, até ela descobrir a gravidez e, devido a isso, a relação com ele vir a mudar. Albert solicitou aborto ao receber a notícia, a brasileira assegura.
“Quando descobri que estava grávida, falei “estou grávida” e ele sumiu, desapareceu. Ele não queria ter filho e pediu para fazer o aborto. Foi difícil. Eu trabalhei durante os nove meses de gestação”, relatou.
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Albert teria a procurado uma vez
A brasileira contou ainda que Albert a procurou quando sua filha estava com três meses de vida. Ela estava magoada e então pediu que ele desaparecesse.
“Ele perguntou pra mim se eu tinha tido a filha, falei que sim e perguntou se eu queria encontrar com ele. Eu estava muito triste, muito chateada com toda a situação que aconteceu e queria reconstruir a minha vida. Pedi pra ele sumir. Não sabia quem era ele, pois ele nunca deu o nome verdadeiro”, disse.
Somente em 2019 ela conheceu a verdadeira identidade do pai de sua herdeira. “Eu estava com um amigo meu que estava com uma pessoa que era de Mônaco. Falei: ‘poxa, legal… a primeira vez que fui a Mônaco foi com o pai da minha filha. Só que depois que engravidei ele sumiu e desapareceu’. Esse meu amigo brincando comigo, disse ‘não é que o pai da sua filha é o príncipe Albert de Mônaco?’. Aí entrei no Google, vi a foto dele e reconheci imediatamente”, diz ela.
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Brasileira não quer dinheiro
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A brasileira diz que o processo segue em andamento somente porque a filha quer conhecer o pai. Ela assegura que assinaria um acordo renunciando dinheiro.
“Eu quero que ela tenha o pai dela que sempre quis. Até falei para o advogado que eu poderia até renunciar a qualquer coisa, porque eu não quero nada. O que passou, passou”, garante.
Os advogados do príncipe Albert II de Mônaco disseram que não existe nenhuma evidência plausível para o processo e que não irão se pronunciar.
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