De acordo com as informações do G1, Bolsonaro mais 36 integrantes de seu extinto governo serão indiciados por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. As acusações estão relatadas no inquérito que investiga a tentativa de golpe de estado para manter o ex-presidente no poder mesmo após a derrota para Lula (PT) nas eleições de 2022.
Agora, o relatório final, que reúne mais de 800 páginas e foi concluído no início da tarde e vai ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). Assim sendo, após análise, caberá à Procuradoria Geral da República (PGR) denunciar, ou não, os indiciados ao Supremo. Dessa forma, caso a corte a denúncia, eles se tornam réus e serão julgados.
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O que aconteceu com Bolsonaro?
Desde o ano passado, a Polícia Federal investiga a tentativa de golpe de Estado e iniciativas nesse sentido que ameaçaram o país entre 2022 e 2023. Segundo as apurações, o plano para o golpe não aconteceu por alguns poucos detalhes. Entre as etapas para o instauração de um comitê de crise (após o golpe) listava os assassinatos de Alexandre de Moraes, Luís Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckimin.
O plano quase chegou a ser colocado em prática, mesmo após o diplomamento de Lula e sua posse, no dia primeiro de janeiro. Segundo Paulo Pimenta, Ministro chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, a conclusão do plano “não ocorreu por detalhes”.
Mario Fernandes, general do Exército da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), foi o responsável pela a arquitetura do plano das execuções, segundo o relatório. O militar é um dos cinco presos no Rio de Janeiro, na última terça-feira, 19.
#actampads1#Alexandre de Moraes considerou o documento que resultou em meses de investigações como: “um verdadeiro planejamento com características terroristas, no qual constam descritos todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco”.
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O que disse Bolsonaro?
Durante entrevista ao Metrópoles, Jair Bolsonaro disse que Alexandre de Moraes “possui uma equipe muito criativa” e que “manda prender sem acusações”.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”- disse o ex-presidente.
De maneira idêntica, ele também disse que recebeu instruções de seu advogado para não dar entrevistas por enquanto.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”- disse o ex-presidente.
Assim sendo, além de Bolsonaro outros nomes ligados ao seu ex-governo também foram indiciados: o general Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Alexandre Ramagem, chefe da Agência Brasileira de Inteligência no governo Bolsonaro e mais 33 pessoas.
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