Bolsonaro reage após ser indiciado de integrar plano de golpe com assassinatos: “Não posso esperar nada”
Operação da Polícia Federal finalizou documento com 884 páginas onde Bolsonaro e mais 36 pessoas são indiciadas em plano de golpe
De acordo com as informações do G1, Bolsonaro mais 36 integrantes de seu extinto governo serão indiciados por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. As acusações estão relatadas no inquérito que investiga a tentativa de golpe de estado para manter o ex-presidente no poder mesmo após a derrota para Lula (PT) nas eleições de 2022.
Agora, o relatório final, que reúne mais de 800 páginas e foi concluído no início da tarde e vai ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). Assim sendo, após análise, caberá à Procuradoria Geral da República (PGR) denunciar, ou não, os indiciados ao Supremo. Dessa forma, caso a corte a denúncia, eles se tornam réus e serão julgados.
- Veja também – Silas Malafaia detona Bolsonaro e Pablo Marçal: “Um covarde e o outro psicopata”
O que aconteceu com Bolsonaro?
Desde o ano passado, a Polícia Federal investiga a tentativa de golpe de Estado e iniciativas nesse sentido que ameaçaram o país entre 2022 e 2023. Segundo as apurações, o plano para o golpe não aconteceu por alguns poucos detalhes. Entre as etapas para o instauração de um comitê de crise (após o golpe) listava os assassinatos de Alexandre de Moraes, Luís Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckimin.
O plano quase chegou a ser colocado em prática, mesmo após o diplomamento de Lula e sua posse, no dia primeiro de janeiro. Segundo Paulo Pimenta, Ministro chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, a conclusão do plano “não ocorreu por detalhes”.
Mario Fernandes, general do Exército da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), foi o responsável pela a arquitetura do plano das execuções, segundo o relatório. O militar é um dos cinco presos no Rio de Janeiro, na última terça-feira, 19.
Alexandre de Moraes considerou o documento que resultou em meses de investigações como: “um verdadeiro planejamento com características terroristas, no qual constam descritos todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco”.
Relacionadas
Bolsonaro é detonado por Danilo Gentili e acusado de tentar golpe no Brasil: “Covarde!”
Maisa compartilha fotos como madrinha no casamento de Larissa Manoela
Regina Duarte publica foto com filha e reflete: “Quem é mãe sabe”
O que disse Bolsonaro?
Durante entrevista ao Metrópoles, Jair Bolsonaro disse que Alexandre de Moraes “possui uma equipe muito criativa” e que “manda prender sem acusações”.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”- disse o ex-presidente.
De maneira idêntica, ele também disse que recebeu instruções de seu advogado para não dar entrevistas por enquanto.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”- disse o ex-presidente.
Assim sendo, além de Bolsonaro outros nomes ligados ao seu ex-governo também foram indiciados: o general Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Alexandre Ramagem, chefe da Agência Brasileira de Inteligência no governo Bolsonaro e mais 33 pessoas.
- Siga o Fashion Bubbles no Google News! É só clicar aqui e, depois, na estrelinha lá no News!