Elis Regina: quem a encontrou morta? Morreu com quantos anos? Biografia com tudo sobre como foi a vida da estrela
Faz 41 anos a morte de Elis Regina, considerada uma das maiores cantoras de todos os tempos. Relembre a vida e os maiores sucessos da ícone
Elis Regina foi uma artista musical talentosa que participou do início do que hoje é popularmente conhecido por MPB. Vendeu cerca de 4 milhões de discos ao longo de sua carreira, interpretando os sucessos “Falso Brilhante”, “Transversal do Tempo”, entre outros.
Confira tudo sobre a artista que ficou marcada na história da música popular brasileira, pela sua competência vocal, musicalidade e presença de palco.
Quem foi Elis Regina?
Natural de Porto Alegre, RS, Elis Regina Carvalho Costa nasceu em 17 de março de 1945. Irmã de Rogério e filha de Romeu de Oliveira Costa e de Ercy Carvalho, começou a carreira de cantora aos doze anos.
Seu primeiro passo foi soltar a voz na Rádio Farroupilha, no programa Clube do Guri, apresentado pelo radialista Ari Rego.
Sua apresentação causou uma impressão muito boa. Assim, Elis Regina foi convidada a voltar cantar junto das outras crianças que se apresentavam regularmente. Não havia cachê, tudo era mesmo amador. Por vezes ganhava uma caixa de chocolates do patrocinador do programa como recompensa.
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Quais foram os maridos de Elis Regina?
A cantora namorou Edu Lobo, em 1964, antes de conhecer Solano Ribeiro, produtor musical, com quem teve um relacionamento conturbado.
O casal chegou a ficar noivo, mas o fim da relação se deu quando o produtor visitou a companheira no hospital, após receber o telefonema de uma amiga de Elis o avisando que a cantora não estava bem. Ele descobriu então que a artista estava realizando um aborto, sem consultá-lo.
Casou-se, em 1967, com Ronaldo Bôscoli. Separou-se dele em 1972, e em 1973 se casou com César Camargo. Quando morreu, a artista estava namorando Samuel MacDoweel.
Quem é o pai do filho de Elis Regina?
Em 1967, Elis se casou com Ronaldo Bôscoli. Com ele teve seu primeiro filho, João Marcello Bôscoli, de 51 anos.
Teve também um segundo marido, o pianista César Camargo Mariano. Da relação, que durou 8 anos, nasceram Pedro Camargo Mariano, 46, e Maria Rita, 44.
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Porque Elis Regina se separou?
Segundo o site Oberservatório da Imprensa, o primeiro casamento de Elis Regina, que aconteceu com Ronaldo Bôscoli, foi rodeado de infidelidades do marido. O que gerou o fim da relação.
A cantora também se separou de seu segundo companheiro amoroso, o pianista Cesar Camargo Mariano. Ela chegou a relatar que o seu parceiro era “um explorador”.
Quem encontrou a Elis Regina morta?
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Em 2023, a morte de Elis Regina completou 41 anos. Ela faleceu em 19 de janeiro de 1982, aos 36 anos. O laudo médico apontou que a cantora partiu em decorrência “de intoxicação exógena, causada por agente químico — cocaína mais álcool etílico”.
A artista e seu namorado, Samuel MacDoweel, receberam na noite anterior à morte alguns amigos no apartamento da artista. Os convidados partiram e o casal ficou mais algumas horas junto. Depois, pela manhã, ambos se falaram por telefone, e Samuel percebeu que a voz da companheira estava “meio pastosa”.
Assim, o namorado foi ver como Elis Regina estava em seu apartamento, encontrando-a caída no chão. Samuel chamou uma ambulância, mas houve muita demora e ele acabou levando a artista ao hospital de táxi.
A biografia “Elis Regina – Nada Será Como Antes” conta que Samuel tentou animar Elis Regina, mas a demora aguardando a ambulância foi decisiva para a morte.
Nelson Motta, amigo de Elis, relata que a partida da cantora foi um acidente, ocorrida por uma parada cardíaca. Ele afirma que ela não era uma pessoa que vivia drogada, da forma que corresse risco de uma overdose, “bebia pouco, tendo fumado uns baseados no começo dos anos 1970”.
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Quantos anos teria Elis Regina hoje?
Elis Regina nasceu em 17 de março de 1945 e morreu em 19 de janeiro de 1982. Havia apenas 36 anos quando chegou ao fim de sua vida. Em 2023, se viva, a cantora completaria então 78 anos.
Carreira de Elis Regina
Fase Gaúcha
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A carreira profissional de Elis Regina iniciou em dezembro de 1958, quando ela tinha 13 anos. Fazia parte da Rádio Gaúcha, contratada por Maurício Sirotsky Sobrinho, passando a ser chamada de “a estrelinha da Rádio Gaúcha”.
A artista participou da TV Gaúcha e também cantou para algumas boates. Então em 1961 lançou o seu primeiro disco, “Viva a Brotolândia”. Nos anos seguintes, lançou “Poema de Amor”, “Ellis Regina” e “O Bem do Amor”. Todos com vendas baixas.
Abaixo, ouça “As Coisas que eu Gosto”, uma das canções do primeiro álbum da artista:
O início no Rio
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A experiência no rádio no Rio Grande do Sul fez com que Elis conseguisse um emprego na TV Rio. Ela participou dos programas “Noites de Gala” e “A Escolinha do Edinho Gordo”.
No primeiro programa fazia interpretações musicais. De lá, aliás, nasceu uma grande amizade com Ciro Monteiro, que comandava a atração. O último programa era de humor e ela fazia o papel de uma das alunas.
Abaixo, ouça “Poema” e “Lás secretárias”, duas canções do segundo álbum de Elis Regina:
O Beco das Garrafas
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Embora não tivesse uma ampla visualização na TV Rio, Elis Regina conseguiu chamar a atenção dos produtores e jornalistas Renato Sérgio e Roberto Jorge. Eles foram os produtores do primeiro show da artista, que ocorreu no Bottle’s, uma boate que fazia parte do que se chamava Beco das Garrafas.
A artista cantou alguns finais de semana no bar, mas o fim da temporada se deu após uma briga por conta que ela começou a faltar os compromissos de shows sem avisar — para cantar em outros eventos em São Paulo.
Assim, ela passou a se apresentar no Little Club, um bar vizinho ao Bottle’s. O fim da temporada se deu pelo mesmo motivo da anterior, as faltas a suas apresentações.
Elis Regina devia se apresentar no Beco das Garrafas, mas preferia cumprir agendas por São Paulo. Dessa forma, em 1965, se mudou para a capital paulista com sua família.
Enquanto isso, confira também Elis Regina interpretando “Arrastão”, de Edu Lobo e Capinan, na semi-final do 1º Festival de MPB, em 1965.
A era dos festivais e O Fino da Bossa
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Elis Regina chegou a apresentar o “Fino da Bossa”, um programa da TV Record que originou três discos de grande sucesso: um deles, “Dois na Bossa”, com Jair Rodrigues, o primeiro a vender 1 milhão de cópias.
A primeira música composta pela cantora foi “Triste Amor Que Vai Morrer”, em 1965. Outro sucesso na sua voz: “Upa Neguinho”, de Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri.
Em seguida, confira Elis Regina e Jair Rodrigues cantando Pout Pourri de Sambas – Dois Na Bossa:
Veja também, a artista interpretando “Upa Neguinho” (1968):
Anos de glória
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Nos anos 70, Elis Regina aprimorou a técnica e domínio vocal. Seus discos da época mostram parte do melhor da sua geração de músicos.
O álbum “Elis & Tom” (1974), gravado com Antônio Carlos Jobim, é considerado um dos melhores LP’s da história do MPB.
Elis fez parte do espetáculo musical “Falso Brilhante” (1975), que seria um marco definitivo de sua carreira. Depois, teve grande êxito em “Transversal do Tempo” (1978), “Essa Mulher” (1979), “Saudades Brasil” (1980)” e “Trem Azul”, (1981).
Enquanto isso, abaixo ouça por completo o álbum “Elis & Tom” (1974):
Anos de chumbo
Durante os anos de chumbo, muitos músicos foram perseguidos. Os artistas criticavam a ditadura por meio de declarações ou pelas canções que interpretavam. Elis Regina foi um deles.
Ela era popular e não chegou a ser presa, mas foi obrigada a cantar o Hino Nacional durante um espetáculo em um estádio. Fato que causou a ira da esquerda brasileira.
A cantora fez parte de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira. Assim, em 1981, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Abaixo, confira a última entrevista da cantora dada antes da sua morte, para a TV Cultura.
Em seguida, confira também outra entrevista de Elis Regina:
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Estilo musical
Elis Regina interpretou ao longo de sua carreira o “fino da bossa nova”, firmando-se como uma das grandes referências vocais deste gênero. Com registro vocal que pode ser definido como meio-soprano, também explorou o samba, o jazz e, claro, o MPB.
Ao longo da trajetória, a cantora ficou conhecida pelos apelidos, Lilica (de casa), Pimentinha ou Litle pepper (dado por Vinícius de Moraes) e Hélice Regina ou Elis-cóptero (dado por Rita Lee).
Enquanto isso, confira “Romaria”, canção de Renato Teixeira, que ficou popularmente conhecida na voz de Elis Regina:
Legado e homenagens
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Em Porto Alegre foi inaugurado a Casa de Cultura Mario Quintana, no ano 2005. Lá há um espaço que abriga o Acervo Elis Regina, com fotos, artigos, objetos, discos e outros materiais relacionados a vida da artista, tendo sido doado por amigos de Elis, jornalistas e fãs.
Em 2015, a Escola de Samba Vai-Vai homenageou a cantora com o enredo “Simplesmente Elis – A Fábula de Uma Voz na Transversal do Tempo”. No ano seguinte, ela ganhou a minissérie “Elis – Viver é melhor que sonhar”.
Elis Regina tem também uma estátua de bronze em Porto Alegre, inaugurada em 2009. A obra é apoiada em uma base de granito que lembra um LP.
As principais obras de Elis Regina
Ao longo de sua carreira, Elis Regina lançou 18 álbuns de estúdio, 12 álbuns ao vivo, 10 Extended plays (EPs) e 23 Singles.
“Elis” (1972), “Elis & Tom” (1974), “Falso Brilhante” (1876) e “Elis” (1980), foram os álbuns de estúdio que mais venderam.
“Dois na Bossa” (1965, com Jair Rodrigues), foi o álbum ao vivo que alcançou mais de 1 milhão de vendas.
Além disso, cerca de 50 canções na voz da artista foram reproduzidas em telenovelas na Rede Tupi, Rede Manchete, Rede Globo, SBT e Record TV.
No total, Elis vendeu mais de 4 milhões de discos durantes os 18 anos de sua carreira.
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Prêmios e Indicações
Elis Regina foi indicada ao Troféu Imprensa, cerimônia de premiação do SBT, 8 vezes. Venceu nos anos 1966, 1967, 1968, 1969 e 1971.
Foi vencedora também na categoria Melhor Cantora de Música Popular, pelo Troféu APCA, em 1973.
Conclusão
Considerada por muitos a melhor cantora de todos os tempos, Elis Regina foi também compositora. Sua carreira na música iniciou cedo, sendo um dos maiores sucessos da década dos anos 70.
Morreu em 1982, teve 3 filhos e deixou um enorme legado para a cultura brasileira. Dois dos apelidos que ficou nacionalmente conhecida foram Hélice Regina e Elis-cóptero, dados por ninguém menos que Rita Lee.
Há um perfil oficial no Instagram em nome da cantora Elis Regina. Você que é fã e gostaria de receber conteúdo sobre ela, aproveite para segui-lá por lá. Na rede social você pode encontrar fatos sobre a vida da artista com fotos inéditas de sua carreira. Então não perca, confira já!
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