Aos 73 anos, Antonio Fagundes segue sua conduta rígida e pontual. Em cartaz no Rio de Janeiro com a peça, “Baixa Terapia”, o ator passou por um perrengue no último sábado, 14.
Segundo informações do Jornal o Globo, um grupo de aproximadamente 50 pessoas foi impedido de entrar no Teatro, Teatro Clara Nunes, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro.
O motivo? Segundo relato esse grupo chegou atrasado ao local e não teve autorização de entrada, pois o espetáculo já estava começando.
Como resultado, tais pessoas reivindicaram seu dinheiro de volta. Vem saber o que o ator disse sobre o bafafá.
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Confusão em peça de Antonio Fagundes no Rio de Janeiro
Quando trabalhava na Globo, Antonio Fagundes era conhecido como um dos atores mais pontuais e preparados na hora de gravar as novelas. Isso porque, além de chegar no trabalho no horário combinado, ele também estava sempre com o texto na ponta da língua.
Dizem que certa vez, ele até se estranhou com Susana Vieira nos bastidores de Amor à Vida (Globo, 2013), por motivo de atraso.
Aqui no teatro TUCA, em São Paulo, Antonio costuma colocar um cronômetro com um relógio em contagem regressiva na porta do local, anunciando quanto tempo resta para iniciar a peça. Depois do cronômetro zerado, ninguém entra mais.
No último sábado, 14, um grupo de aproximadamente 50 pessoas chegou atrasado no teatro Teatro Clara Nunes, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. E dessa forma, o grupo não pode ver o espetáculo.
Algumas pessoas chegaram a ameaçar funcionários do teatro e depois disso passaram a chutar a porta das instalações. O barulho do barraco chegou a atrapalhar os atores que estavam em cena.
“Eu me sinto até desconfortável de falar sobre isso, porque é como se a gente tivesse que explicar para as pessoas o que significa a palavra ‘começa’. Se uma peça começa às 20h, a pessoa não pode chegar ao teatro faltando dois minutos para às 20h e achar que está no direito de atrapalhar os outros” – disse Fagundes ao jornal O Globo.
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Problema Cultural
Ainda segundo Antonio Fagundes, esse problema de atraso do público não é algo que acontece somente em suas peças de teatro, mas sim em outros programas culturais.Com efeito, para ele, o problema está no mal hábito dos brasileiros.
“É um problema cultural, nosso. É como se fôssemos tão especiais que as coisas só pudessem começar quando a gente chega. Parei de ir ao cinema por causa disso. As pessoas são impossíveis: acendem a luz do celular e ficam falando. É um transtorno tão grande. Não quero que o público das minhas peças sofra o mesmo mal-estar“- explicou o ator.
De maneira idêntica, Fagundes ainda explicou que não pretende penalizar ninguém, tampouco educar as pessoas. A questão maior é respeitar as pessoas que chegaram no horário.
“Não tenho nenhuma pretensão de educar ninguém, mas de respeitar quem merece ser respeitado, favorecer aqueles que chegaram na hora. Não sei por qual razão as pessoas acham que, no teatro, determinadas regras que são cumpridas em locais como aeroportos e provas como o Enem deixam de existir”- ressaltou Fagundes.
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Por fim, veja uma entrevista recente de Antonio Fagundes ao podcast, “Quem Pode, Pod”