Covid-19: cepa britânica muito mais mortal, diz estudo

Variante do Reino Unido foi detectada em pacientes do Distrito Federal. Isso é motivo para mais preocupação? Saiba mais sobre o estudo e o que dizem os especialistas, em relação ao Brasil.

De acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira (10/03), a variante britânica da Covid-19 é 64% mais mortal do que as anteriores. Foi a renomada revista British Medical Journal (BMJ) que publicou o estudo.

Assim, a nova cepa da Covid-19 é mais contagiosa. Porém, também é ainda mais mortal.

Vale ressaltar que, conforme dados da Fiocruz (fevereiro/2021) a variante britânica foi encontrada no Distrito Federal.

Os pesquisadores britânicos estudam a nova variante desde o final de 2020. Dessa forma, concluíram que o índice de mortalidade de indivíduos infectados pela nova cepa foi 64% mais alta do que o “coronavírus clássico”.

Por exemplo, dentre 1.000 pessoas contaminadas, 4,1 delas morreram pela cepa britânica da Covid-19. As cepas anteriores mataram 2,5 de pessoas a cada 1000 contaminadas.

“Esse resultado, combinado com a propagação rápida dessa forma do vírus, faz da variante B.1.1.7. Uma ameaça muito séria “, falou o pesquisador Robert Challen, que participou do estudo pela Universidade de Exeter.

“Existe uma alta probabilidade de que o risco de mortalidade aumente com uma infecção”, alertou o pesquisador.

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França: variante britânica da Covid-19 já representa 50% dos casos da doença no país

 

 

Enquanto isso, devido à proximidade do Reino Unido com a França, o primeiro ministro francês, Jean Castex, declarou que a variante britânica já coloca o país em risco.

“Representa, agora, cerca de metade das pessoas infectadas com a Covid-19 na França”, falou Jean Castex no último dia 25/02, em coletiva de imprensa.

“Assim, a evolução geral da epidemia de coronavírus não nos permite, até o momento, considerar medidas de relaxamento das restrições”, concluiu o primeiro ministro francês.

 

 

Lockdown na França

 

 

Nova variante da Covid-19 no Brasil

 

 

 

 

Embora tenham sido detectadas pessoas contaminadas com a nova cepa britânica, ainda não há dados suficientes. Assim, não se sabe, realmente, se a “Covid britânica” está circulando pelo país com alta prevalência.

De qualquer forma, a pandemia vem crescendo em todo o país. Por exemplo, o estado de São Paulo vive o pior momento da Covid-19, desde o inicio da pandemia.

No Rio Grande do Sul a situação atual parece ainda mais grave. A capacidade física da saúde pública em atender os pacientes graves de Covid-19 colapsou em diversos municípios gaúchos.

Por exemplo, algumas cidades já estão com índice de 100% de ocupação em UTI. Assim, com pessoas esperando vagas e algumas vindo a óbito, por falta de atendimento adequado.

 

 

 

Covid-19 cresce entre os jovens

 

 

Outro ponto que vale atenção é o crescimento de manifestações moderadas e graves da Covid-19 entre a população jovem. Ou seja, pessoas com menos de 60 anos.

Até o final de 2020, por exemplo, idosos representavam a maior parcela contaminada ou que vinha a óbito pela doença.

De acordo com o infectologista, o fato pode indicar que as novas variantes da doença sejam mais perigosas não só para os idosos. Mas, também, para quem tem menos de 60 ou 50 anos de idade.

Por outro lado, existe do afrouxamento das restrições em muitas cidades do país levaram pessoas mais jovens a descuidarem da prevenção. Por exemplo, com a abertura de bares e casas noturnas e freqüências em praias, a população mais jovem pode ter se contaminado mais do que a idosa.

Nesta quarta-feira (10/03), a Secretaria de Estado da Saúde da Bahia divulgou que mais da metade dos casos de contaminados está entre pessoas de até 39 anos. Enquanto isso, os casos de contaminados por Covid-19 no estado da Bahia, não param de crescer.

São cerca mais de 17% de todos os casos no estado, de acordo com o órgão estadual da saúde. Um cenário que se alastra por todo o país, desde o início de 2021.

 

 

 

Respeito aos protocolos de prevenção é a única “saída” até que todos estejam vacinados

 

 

Assim, com uma doença que não fora prevista pela comunidade cientifica, todos os dados apontam a importância vital da prevenção. Isto, pelo menos até que 100% da população brasileira esteja vacinada contra a Covid-19. No caso, o que pode demorar, praticamente, todo o ano de 2021.

De acordo com o infectologista Robson Reis, para o G1, além do distanciamento social e do uso de máscara, a higienização deve ser constante.

“Se você vai para a rua e tem contato com várias pessoas, seja no transporte público, seja no ambiente de trabalho, chegou em casa, tira roupa, toma um banho. Você pode utilizar água e sabão para lavar as mãos durante 40 segundos. Ou utilizar álcool gel. “, explica o médico.

 

 

 

Com informações do jornal Correio 24 hs, do G1, do Uol e do El País.  
Erica Franco: Erica P. Pugliese é formada em Jornalismo. Tem mais de 10 anos de atuação, acumulando experiências como repórter e redatora em veículos como Folha online, Jornal Agora São Paulo, Jovem Pan e outros. Já passou por editorias de Saúde, Moda, TV, Geral, entre outras. É Assistente Social (Formada em Serviço Social) com atuação e especialização em Saúde Coletiva.

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