A Zara foi matéria da Business Week desta semana, ao publicar lucros maiores do que os da sua principal concorrente H&M. Segue um pedacinho traduzido:
O segredo da Zara? Velocidade. Com um time de design interno baseado em La Coruña, Espanha, e uma fábrica e rede de distribuição estritamente controlados, a companhia afirma que tira uma peça do desenho para a loja em apenas duas semanas. Isso permite que a Zara introduza novos itens a cada semana, o que mantém os consumidores voltando sempre para checar os últimos modelos. O sucesso da Zara é ainda mais surpreendente porque pelo menos metade das suas fábricas ficam na Europa, onde os salários são várias vezes mais altos do que na Ásia e África. Mas para manter sua rápida rotação de estoque, a companhia tem que reduzir seu prazo de transporte ao mínimo.
A abordagem fast-fashion também ajuda a Zara a reduzir sua exposição aos riscos da moda. A companhia produz lotes de roupas em quantidades tão pequenos que se por acaso é produzido um que ninguém compre – o que aconteceu num outono imprevisivelmente mais quente em 2003 – ela pode cortar suas perdas mais rápidamente e mover-se para outra tendência.
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A Zara é um grande case de estratégia, já estudado nas principais escolas de administração. Ela adotou um modelo que contradiz as principais tendências da indústria da moda, principalmente no que se refere à terceirização do estilo e da produção. Tudo lá é decidido e produzido de forma centralizada (até as vitrines são as mesmas em todas as lojas do mundo e o layout das lojas é decidido na matriz), mas cada loja tem a liberdade de só pedir as peças que quiser.