Vaidade masculina impulsiona lojas de roupas e acessórios
Os homens brasileiros estão cada vez mais vaidosos e preocupados com a aparência, mas ainda têm medo de ousar no vestuário por vergonha, preconceito ou…
A Base, grife de moda masculina, acabou de estruturar seu plano de negócios para ingressar no sistema de franchising. De acordo com o planejamento estratégico da marca, cerca de 60 lojas devem ser abertas até 2010. A grife, que se propõe a fazer uma moda masculina jovem, arrojada e sexy, criou no início do ano coleção inspirada na cultura underground. O objetivo da marca é tornar-se referência em jeanswear premium, assim como a estrangeira Diesel, já que a Dudalina, controladora da marca, é a maior camisaria da América Latina.
COMPORTAMENTO. De acordo com Edinho Vasques, gerente de Marketing da Base, o perfil do consumidor é de homens jovens de espírito. Embora as coleções sejam desenvolvidas para a faixa etária dos 20 anos, seu público chega a homens de 45 anos. Segundo ele, existe uma evolução na maneira como o homem assimila a moda. A maior dificuldade, avalia, é que o comportamento e a atitude masculina variam de acordo com a cidade em que o homem vive.
“Existe potencial no Brasil para comercializar moda masculina. O homem encontrou tempo para se dedicar à moda apesar de, muitas vezes, a mulher comprar suas roupas. No entanto, alguns homens no Brasil ainda têm medo de ousar, diferentemente dos europeus”, analisa Vasques. O gerente de Marketing revela que a grife optou por expandir no formato de franquia porque é um modelo mais barato de gerir a marca do que por meio de loja própria.
Criada há quase três anos pelos sócios Rony Meisler e Fernando Sigal, a Reserva é uma marca carioca dedicada ao homem jovem e urbano. As peças da Reserva foram elaboradas pensando em um rapaz 15 a 30 anos, que ama o esporte, a arte e está sempre disposto a conhecer novas realidades, lugares e música. Ele transita espontaneamente em todos os ambientes e usa roupas confortáveis, que o fazem se sentir bem, conta Meisler.
“A moda masculina ainda engatinha. Pode-se contar nos dedos as marcas com foco exclusivo nos homens. As mulheres se cuidam mais e têm mais opções para isso. Os homens estão acompanhando esta tendência. É verdade que quase sempre a mulher acompanha o homem na loja, mas o cliente está mais interessado, tanto que na hora da troca de uma roupa acaba levando outra peça. Cada vez mais esta proporção no consumo entre mulheres e homens está diminuindo”, revela Meisler.
CONCEITO. Segundo o sócio da Reserva, desde o início houve preocupação com o conceito da marca porque moda é mais do que roupa, é comportamento, frisa ele. O nome Reserva foi escolhido por ser a praia preferida dos sócios e, embora a grife tenha começado sem grandes pretensões, em seis meses virou prioridade na vida de Meisler e Sigal, que se dedicavam às carreiras de engenheiro de produção e publicitário, respectivamente.
Mel Caramez, diretora de Marketing da Mr. Kitsch, franquia de moda masculina, revela que cerca de 70% das compras nas lojas da rede são feitas por mulheres. Contudo, diz que quadro está mudando e o homem já vai voluntariamente comprar, diferentemente de anos atrás. Ela é a responsável pela revitalização da marca, que está há 20 anos no mercado.
“Estamos mudando o layout e a logomarca para oxigenar e revitalizar a marca. Além disso, vamos dar mais qualidade à comunicação com o cliente e resgatar o conceito da grife”, diz. Atualmente, a rede possui 36 franquias, das quais a maior parte está em São Paulo, e três lojas próprias. Para o segundo semestre, o plano de expansão da franquia prevê a abertura de mais quatro unidades e as áreas de interesse são a região Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.
“O consumo na moda masculina ainda não é o ideal. O homem compra menos por impulso, diferentemente da mulher. O homem compra com mais consciência”, avalia ela. O perfil do cliente Mr. Kitsch é de 25 a 45 anos, que veste um estilo lúdico sem a perda do toque clássico da moda européia.
Raio X
Loja de roupas masculinas (própria)
Investimento inicial: R$ 80 mil
Capital de giro: R$ 20 mil
Faturamento médio mensal: R$ 15 mil
Tempo de retorno: 36 meses
Número de funcionários: 4
Área: a partir de 50 metros quadrados
Risco: médio. A concorrência não é igual a moda feminina. É um mercado que pode crescer, mas o conceito da marca e do público devem ser bem definidos.
Mr. Kitsch (franquia)
Negócio: moda masculina
Investimento inicial: R$ 250 mil
Capital de giro: R$ 40 mil
Taxa de franquia: R$ 20 mil a R$ 30 mil
Taxa de royalties: 20% sobre as compras
Taxa de publicidade: não cobra
Faturamento médio mensal: R$ 70 mil
Tempo de retorno: 36 meses
Número de funcionários: 5 a 10
Área: a partir de 50 metros quadrados
Risco: médio. O investimento inicial é alto, mas a rede é tradicional no mercado em São Paulo.
Fonte: empresas e Thais Helena de Lima Nunes, consultora do Sebrae/RJ (risco)
Matéria retirada do site Mercado Competitivo.
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