Aos sábados, Adriana chega cedo à rua Lisboa, em Pinheiros, São Paulo, bem próximo da Praça Benedito Calixto, onde ocorre uma feira de antigüidades e artesanato. Para atrair a clientela, ela só precisa abrir a porta do ônibus e ligar o som. Adriana lembra o dia de sua estréia, quando, acanhada, encostou o veículo numa rua próxima à praça, na Cardeal Arcoverde. “Quando me dei conta, tinha uma porção de gente do lado de fora dançando, enquanto esperava para entrar no ônibus”, diz.
Em um fim-de-semana movimentado, Adriana já chegou a vender 50 bolsas. Cada uma custa R$ 50,00. O carro-chefe são as bolsas do nó. Uma sacola de pano com alças compridas que pode se transformar em tira-colo, de mão, pochete, mochila e outros modelos.
Tudo começou no ano passado, quando Adriana desligou-se de um grupo de teatro e suas contas começaram a se desequilibrar. Para piorar, estava triste por ter se afastado da profissão.
Uma amiga e uma bolsa nova mudaram o rumo da história. “Eu gostei do modelo e disse para ela que ia fazer uma igual, mas em chita”, conta. Adriana fez o molde, cortou tecido e foi para a máquina de costura. “Quando a bolsa ficou pronta, mostrei para a minha amiga que na mesma hora pediu para eu fazer uma igual para ela.”
Daí por diante, as encomendas não pararam. “Vendi bolsas para todas as minhas amigas”, diz.
Depois das primeiras peças copiadas, que fizeram tanto sucesso, ela decidiu criar um modelo próprio. A mãe, que ajudou a fazer o molde, também foi quem lhe emprestou R$ 100 para comprar tecidos e aviamentos na rua 25 de Março, no centro da cidade.
“Eu não tinha nem R$ 1,00, mas com o dinheiro da minha mãe, fiz seis bolsas que se transformaram em R$ 300,00.”
Depois de vender para as amigas, Adriana decidiu ampliar o negócio. “Imaginei uma loja, mas seria preciso investir”, diz. “O que eu ganhava, dava para pagar as contas e só.”
Foi um vendedor de pamonhas à bordo de um Fusca que lhe deu a grande idéia. Ela não tinha um Fusca – o seu havia sido roubado meses antes – mas tinha um microônibus. “Quando saí do grupo de teatro, houve uma espécie de divisão e o ônibus ficou comigo”, diz. “Fiquei eufórica com a idéia de transformar ônibus em loja.”
Antes, porém, ela tratou de se informar. Descobriu que precisava ter carteira de motorista de ônibus e obter uma licença na Prefeitura. “Não queria ser ilegal”, diz. “Não iria para a rua, se tivesse de correr do ‘rapa’.”
Sem parar de produzir, Adriana fez auto-escola e tirou carteira de motorista. Nas horas vagas, trabalhava dentro do ônibus para transformá-lo em loja. “Com a ajuda de um amigo, eu lixei, pintei, coloquei as cortinas e carpete”, lembra.
Adriana está circulando com seu ônibus há poucos meses, mas já planeja a coleção de inverno e está empenhada em novos projetos.
******
Várias pessoas já pediram o contato da Maria Berenice, seguindo um post que fizemos aqui há algum tempo.
Olha, já tentei de tudo para conseguir um contato: google, mail para um site onde também fizeram uma matéria sobre ela… e nada…
Então, se alguém souber como encontrar a dita cuja, nossos leitores adorariam!
[eddie]
****
Gente!!!!!!!!
A Sônia mandou o contato da Maria Berenice….nossa que difícil!!!!!!!
Obrigada Sonia!
- Contato da Maria BereniceMARIA BERENICE – LOJA MÓVEL DE BOLSAS
Tel: (11) 8323-7538 / 3207-8061
cONTATO: Adriana Bruno Nunes