Licença de grifes famosas amplia vendas de lingerie

Andréa Morales, gerente da Monizac, diz que a lingerie licenciada passou de 2% para 5% do volume de 200 mil peças

Licenciar grifes de moda tem sido um bom negócio para os fabricantes de lingerie. Além da chance de aliar seu produto a uma marca consagrada, como – Forum, Rosa Chá ou Alexandre Herchcovitch – os contratos de licença desse tipo permitem aos fabricantes atuarem num nicho diferente e alcançar outros pontos-de-venda, além das tradicionais multimarcas de moda íntima.

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De quebra, os contratos têm se mostrado lucrativos. Na Lupo, os licenciamento já representam 30% do faturamento do grupo com moda íntima (eles também produzem meias). A Lupo faz cuecas para as grifes Zoomp, Alexandre Herchcovitch, Forum e Cavalera, e lingeries para a Rosa Chá. O faturamento com esses contratos deverá render R$ 15 milhões este ano.

Segundo Valquírio Cabral Júnior, diretor comercial da Lupo, uma nova linha licenciada já está no forno: a de roupa íntima feminina de microfibra sem costura com a marca Zoomp – para quem a Lupo já produz cuecas. “Ter lingeries e cuecas é uma experiência nova para essas empresas. Mas o sucesso tem sido impressionante.

Segundo o executivo, a Lupo oferece vantagens às grifes – além do know how de fazer moda íntima. A Lupo possui 134 lojas, em shoppings centers, além de 30 mil pontos-de-venda. A empresa, que projeta faturar R$ 50 milhões este ano, produz mais de 1 milhão de cuecas por mês e 500 mil peças de underwear feminino.

Com 30 anos de mercado no segmento de moda íntima, a Monizac também aposta nos licenciamentos. De 2006 pra cá, as lingeries licenciadas passaram de 2% para 5% do volume de produção, que está em 200 mil peças por mês. A Monizac faz peças para as grifes Forum e Les Filós. “A Forum Lingerie não é apenas uma extensão de linha, mas uma nova marca de moda íntima, com 35 modelos”, diz Andréa Morales, gerente de produto e marketing da Monizac.

Lançada há um ano, a lingerie da Forum foi distribuída primeiramente em multimarcas. Há um mês, as peças também são comercializadas nas lojas da grife, por preços médios de R$ 120 (sutiã) e R$ 49 (calcinha). “Nossa intenção foi atrelar a roupa íntima à moda. A lingerie da Forum está em sintonia total com a coleção da grife”, diz Andréa. Segundo ela, até as estampas e a cartela de cores seguem a coleção da grife.

A marca de underwear masculino Mash espera fechar, até o final do mês, um novo contrato de licenciamento: “com uma grife internacional muito cobiçada no Brasil”, diz Hélio Oliveira Junior, diretor comercial da Mash.

A empresa já produz roupa íntima para as marcas Bad Boy (americana) e TNG. “Somente a Bad Boy já representa 20% do faturamento”, diz Oliveira Júnior. O contrato com a grife americana já dura dois anos e tem permitido à Mash exportar para outros mercados onde a grife atua. A Bad Boy – especializada em esportes radicais – está em 180 países. “Outra vantagem é conseguir atuar em um nicho que não é o nosso com uma marca reconhecida pelos jovens.

A parceria com a TNG, feita há seis meses, permitiu à Mash entrar no shopping. A Mash possui uma loja conceitual e concentra a maior parte de sua distribuição em lojas multimarcas – fora dos shoppings. A Mash faturou R$ 40 milhões em 2006 e prevê crescer 30% este ano.

Fonte: Valor Online, Vanessa Barone, 21/05/2007

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