Andréa Morales, gerente da Monizac, diz que a lingerie licenciada passou de 2% para 5% do volume de 200 mil peças
Licenciar grifes de moda tem sido um bom negócio para os fabricantes de lingerie. Além da chance de aliar seu produto a uma marca consagrada, como – Forum, Rosa Chá ou Alexandre Herchcovitch – os contratos de licença desse tipo permitem aos fabricantes atuarem num nicho diferente e alcançar outros pontos-de-venda, além das tradicionais multimarcas de moda íntima.
De quebra, os contratos têm se mostrado lucrativos. Na
Segundo Valquírio Cabral Júnior, diretor comercial da Lupo, uma nova linha licenciada já está no forno: a de roupa íntima feminina de microfibra sem costura com a marca Zoomp – para quem a Lupo já produz cuecas. “Ter lingeries e cuecas é uma experiência nova para essas empresas. Mas o sucesso tem sido impressionante.
Segundo o executivo, a Lupo oferece vantagens às grifes – além do know how de fazer moda íntima. A Lupo possui 134 lojas, em shoppings centers, além de 30 mil pontos-de-venda. A empresa, que projeta faturar R$ 50 milhões este ano, produz mais de 1 milhão de cuecas por mês e 500 mil peças de underwear feminino.
Com 30 anos de mercado no segmento de moda íntima, a
Lançada há um ano, a lingerie da Forum foi distribuída primeiramente em multimarcas. Há um mês, as peças também são comercializadas nas lojas da grife, por preços médios de R$ 120 (sutiã) e R$ 49 (calcinha). “Nossa intenção foi atrelar a roupa íntima à moda. A lingerie da Forum está em sintonia total com a coleção da grife”, diz Andréa. Segundo ela, até as estampas e a cartela de cores seguem a coleção da grife.
A marca de underwear masculino Mash espera fechar, até o final do mês, um novo contrato de licenciamento: “com uma grife internacional muito cobiçada no Brasil”, diz Hélio Oliveira Junior, diretor comercial da Mash.
A empresa já produz roupa íntima para as marcas Bad Boy (americana) e TNG. “Somente a Bad Boy já representa 20% do faturamento”, diz Oliveira Júnior. O contrato com a grife americana já dura dois anos e tem permitido à Mash exportar para outros mercados onde a grife atua. A Bad Boy – especializada em esportes radicais – está em 180 países. “Outra vantagem é conseguir atuar em um nicho que não é o nosso com uma marca reconhecida pelos jovens.
A parceria com a TNG, feita há seis meses, permitiu à Mash entrar no shopping. A Mash possui uma loja conceitual e concentra a maior parte de sua distribuição em lojas multimarcas – fora dos shoppings. A Mash faturou R$ 40 milhões em 2006 e prevê crescer 30% este ano.
Fonte: Valor Online, Vanessa Barone, 21/05/2007