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Grife de óculos Chilli Beans chega aos EUA. E já está à venda.
Por Christian Carvalho Cruz
O empreendedor paulista Caíto Maia é um sujeito que gosta de ir direto ao assunto. “Se tudo sair como eu planejei, volto a Campinas para ficar cuidando dos meus cachorros”,(…) o que o faz pensar em aposentadoria tão cedo (ele tem 37 anos): o primeiro ponto nos EUA da rede de lojas de óculos de sol que ele criou em 1997, a Chilli Beans.
O novo espaço, que abre as portas na terça-feira 11 e no qual foram investidos US$ 100 mil, terá apenas 40 metros quadrados – mais do que suficientes para impressionar o consumidor americano, garante Maia.
“Vamos fisgá-los pelo inusitado. Não há nada parecido com a Chilli Beans por aqui”, ele diz. “A começar pelo preço.
Nos EUA, não existe a faixa intermediária do mercado, que é onde nós atuamos, com óculos de US$ 30 a US$ 55.” Maia, que alugou uma casa em Los Angeles e estudou o varejo local nos últimos três anos, acrescenta: “Aqui, ou você compra óculos no camelô, pagando de US$ 3 a US$ 19, ou em lojas de shopping, onde os preços variam de US$ 80 a US$ 1 mil.”
Caíto Maia, o dono: Seu plano é atrair uma grande rede varejista do Tio Sam. | |
Nascida em uma tábua apoiada sobre dois cavaletes em uma feira modernete de São Paulo, a Chilli Beans hoje tem 160 lojas e quiosques espalhados pelo Brasil.
São todas no sistema de franquia, um modelo diferente do adotado nos EUA, pelo menos inicialmente. A tática de Maia para o Tio Sam é ambiciosa.
Ele vai bancar mais quatro lojas próprias em Los Angeles, investindo US$ 600 mil do próprio bolso. “Com esses cinco pontos-de-venda eu me posiciono no mercado, faço o meu negócio acontecer”, acredita ele.
E depois? Depois vem aquela parte de voltar a Campinas, cuidar dos cachorros. “Aí eu vendo a master franquia para uma grande rede varejista local e saio da jogada.”
O empresário diz que não tem um comprador em vista e nem faz idéia de preço (…)
O modelo de loja criado pelo garotão brasileiro realmente chama a atenção. Em vez de óculos trancados em vitrines, balcões self-service. No lugar de produtos de marcas diversas, apenas uma marca própria — e relativamente barata.
Em vez de duas ou três coleções por ano, pequenas tiragens e óculos novos na prateleira a cada dez dias.
E no lugar de espelhos, um sistema de câmeras e monitores filma o rosto do cliente e o exibe em quatro ângulos diferentes para que ele aprecie melhor o modelo de óculos que está provando.
Segundo Bento Alcoforado, dono de uma distribuidora de acessórios ópticos e conhecedor do mercado, Maia é um visionário: “Enquanto as ópticas brasileiras tratavam óculos apenas como remédio, ele apostou no produto como item de moda e se deu bem.”
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