Consumo com consciência?

 

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A maior parte dos retalhistas e marcas acredita que os consumidores estão a tornar-se cada vez mais preocupados com a ética do sourcing. Mas há menos evidências disto do que se poderia pensar(17Out07)

Grande parte das pessoas concordaria facilmente com a ideia de que há um número crescente de consumidores preocupado com a origem e a forma como foram produzidas as peças que veste. Mais do que isso, é credo comum que a maioria dos cidadãos revela uma consciência ética e ecológica cada vez maior em relação à moda. Contudo, alguns estudos deixam algumas dúvidas. Se não vejamos: um recente estudo da TNS Worldpanel na Grã-Bretanha mostrou que o principal alvo da maior parte dos retalhistas – consumidores com menos de 25 anos – era o menos preocupado com a ética relacionada com o lugar e o modo como as suas roupas eram produzidas. Com efeito, apesar da maioria afirmar que se preocupa na teoria, a maior parte também concorda que a ética não influencia de facto o que compram.

Além disso, “ética” pode querer dizer muita coisa. Para muitos consumidores muçulmanos, uma peça de vestuário é produzida de forma pouco ética se o dinheiro aplicado no processo de produção tiver sido emprestado com juros. Para outros consumidores, o vestuário terá sido produzido de forma nada ética se a unidade de produção discriminar os trabalhadores com base na sua orientação sexual. E para muitos outros, nenhum destes critérios importa muito.

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Mesmo assim, a maioria dos retalhistas e das marcas acredita que existe uma preocupação generalizada entre os consumidores sobre os direitos humanos e o impacto no planeta. E em ambos os assuntos, parece existir apenas ideias vagas.

Os direitos humanos
Há países onde a exploração dos direitos humanos é tão generalizada, que se tem de assumir que é endémico. Mas tais países (como a Birmânia e a Coreia do Norte) praticamente não exportam vestuário.

Em países como o Vietname ou a China, a exploração dos trabalhadores não está estritamente ligada à forma como o negócio é conduzido. Alguns negócios podem explorar os seus trabalhadores se acharem que não vão ser apanhados – mas o mesmo se passa com empresas da Europa e dos EUA.

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Quilometragem do vestuário
O mesmo princípio aplica-se à ecologia. A maior parte dos observadores diz que a nossa atmosfera está a ficar mais quente, em parte devido ao aumento da concentração de gases – principalmente dióxido de carbono – decorrente da actividade dos seres humanos.

Por isso é fácil assumir que quanto mais longe as peças de vestuário tenham de viajar para serem produzidas, mais carbono é emitido para a atmosfera. “Quilometragem de roupa” é o que os activistas e os consultores chamam a este processo. (…)

Leia matéria completa no site Portugaltextil

Leia também Consumo com consciência – parte 2:

“Nos próximos anos, a indicação de elevadas emissões de carbono numa peça de vestuário tornar-se-á uma indicação tão indesejável como a indicação de elevado colesterol num rótulo de comida. Pelo menos para alguns consumidores. E vai demorar muito tempo até os “rastos” de carbono serem universais. Mas só um comprador tonto vai ignorar as implicações. ”

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