26º Salão do Automóvel – Edição histórica para comemorar os 50 anos do evento

O mais importante evento do setor na América Latina chega à 26ª edição e comemora o fato de ser a data máxima no calendário oficial…

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O mais importante evento do setor na América Latina chega à 26ª edição e comemora o fato de ser a data máxima no calendário oficial do setor automotivo a cada dois anos.

O 26º Salão Internacional do Automóvel acontece de 27 de outubro a 7 de novembro de 2010 no Pavilhão de Exposições do Anhembi em São Paulo e promete acelerar ainda mais os negócios e os batimentos cardíacos dos seus visitantes, apaixonados ou não por carros.

Organizado e promovido pela Reed Exhibitons Alcantara Machado, o evento está em festa pelo seu cinqüentenário, no momento igualmente histórico em que o Brasil alcança o posto de quarto maior produtor mundial de automóveis.

Associado a um mercado automotivo em expansão, o Salão deste deve receber 600 mil visitantes, que terão a oportunidade de ver de perto 42 diferentes marcas, entre nacionais e importadas, quantidade superior às 36 apresentadas na edição de 2008.

Ao todo, estarão expostos no evento 450 modelos de veículos, ante os 400 do Salão anterior. O evento estará aberto ao visitante durante 12 dias, transformando os 85 mil metros quadrados de área num grande acontecimento.

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De acordo com Juan Pablo De Vera, presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, 40% dos modelos apresentados no Salão do Automóvel são inéditos. “Além do show de novidades, o Salão é a oportunidade para se examinar os avanços e as tendências futuras da indústria de automóveis quanto a tecnologia, design e carros-conceito, tão ansiosamente aguardados pelo público”, ressalta o dirigente da organizadora do evento.

26º Salão Internacional do Automóvel

Data: 27 de Outubro a 7 de Novembro de 2010

Horário: 27/10 – das 14h às 22h (entrada até às 21h) 28/10 a 06/11 – das 13h às 22h (entrada até às 21h) 07/11 – das 11h às 19h (entrada até 17h)

Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi – Av. Olavo Fontoura, 1.209 – Santana – São Paulo – SP

www.salaodoautomovel.com.br

Para presidente da Anfavea, Salão retrata evolução da indústria

A indústria de automóveis no País projeta investir US$ 11,2 bilhões, durante o triênio 2010-2012, para aumentar a sua capacidade de produção, inovação tecnológica, em processos e novos produtos. Nesse clima de boas perspectivas, a entidade destaca a importância dos 50 anos do Salão Internacional do Automóvel e uma parceria igualmente histórica com o evento.

Cledorvino Belini, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e do Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares (Sinfavea), para a gestão 2010-2013, lembra ainda nesta entrevista, que há pouco mais de uma década eram ofertados ao mercado cerca de 60 produtos em suas marcas, modelos e versões.  “Hoje, são mais de 500 produtos colocados à disposição do mercado”, ressalta o dirigente.

O Salão Internacional do Automóvel completa 50 anos de existência e a Anfavea é parceira do evento desde a sua primeira edição. Qual a avaliação que o senhor faz da trajetória do Salão?

Cledorvino Belini – A indústria automobilística brasileira deu seus primeiros passos em 1957 e o primeiro Salão ocorreu pouco depois, em 1960, no Parque do Ibirapuera.  Reunia poucas empresas, exatamente aquelas pioneiras que deram largada à indústria no País.  Destaco esse ponto porque é exatamente uma das características fundamentais do Salão: ser um retrato da evolução da indústria automobilística no Brasil.  Vendo os salões que se sucederam, é possível traçar uma linha evolutiva da indústria e do mercado automotivo no País.  No Salão de 2010, vamos chegar a mais de 40 marcas em atuação ou por atuarem no mercado brasileiro, entre nacionais e importados, apresentando ao consumidor centenas de  modelos.  E esse é o retrato da indústria e do mercado: multiplicidade da oferta, gama a mais diversa de produtos e versões.  Portanto, o Salão, além de propiciar o encontro entre produtores e consumidores, é ainda fiel historiador da evolução do automóvel no País, ao reunir, num só espaço, os atores da atividade.

Na sua opinião, o que mudou, em linhas gerais, nessas cinco décadas no setor?

Cledorvino Belini – O Salão demonstra que o setor vive em evolução permanente, sempre em busca de novas tecnologias.  Se pusermos lado a lado os salões de 1960 e o mais recente realizado, em 2008, veremos a inédita evolução por que passaram os veículos:  essas imagens, lado a lado, demonstram como sempre é difícil tentar antecipar o futuro, que é sempre mais engenhoso do que nós.  Tecnologia, conforto, design, segurança veicular, múltiplos combustíveis, esses são os conceitos de hoje; talvez, em décadas bem anteriores, bastasse ao consumidor que o veículo rodasse ….simplesmente.  A indústria automobilística brasileira evoluiu muito na oferta de produtos.  Há pouco mais de uma década eram ofertados ao mercado cerca de 60 produtos em suas marcas, modelos e versões.  Hoje, são mais de 500 produtos colocados à disposição do mercado consumidor, com permanentes inovações em design, motorizações, equipamentos opcionais etc.

No posto de dirigente da principal entidade do setor, como o senhor define o atual momento do mercado, com aumento acumulado na produção e nas vendas de automóveis?

Cledorvino Belini – O mercado interno de veículos vem, nos últimos seis anos (2004-2009), apresentando taxas constantes de crescimento, período em que evolui mais de 100%.  Neste 2010, essa tendência se mantém e chegaremos a 3,4 milhões de unidades comercializadas no País.  O mercado interno tomou um rumo do qual não mais se afastará,dadas as condições macroeconômicas sólidas, o aumento do poder aquisitivo e a confiança dos consumidores, além de nosso ainda baixo índice de motorização, com um veículo para cada 7 habitantes.  Temos muito espaço para crescer. Há um círculo virtuoso que faz elevar as expressões qualitativas e quantitativas da indústria e do mercado.  Somos hoje o 5° maior mercado em termos globais e o 6° maior produtor.  E devemos continuar subindo nesse “ranking”.

Quais as tendências que o senhor vislumbra com a proximidade de mais um Salão, diante do anúncio da indústria de expor 450 novos modelos de automóveis no evento?

Cledorvino Belini – As tendências que já se fazem sentir no presente, e no que diz respeito a automóveis, são as seguintes: modelos compactos, modelos econômicos em termos de consumo de combustíveis; modelos dotados de ampla gama de itens de segurança;  produtos com crescente participação de eletrônica, tornando mais confortável e funcional o dirigir e o transportar-se por automóvel;  produtos multicombustíveis e produtos cada vez mais amigos do ambiente.  Creio que essas tendências são irreversíveis.  Trata-se do futuro do automóvel e as inovações tenderão a acelerar-se, dada a grande competitividade intra-indústrias e as exigências do consumidor.

O que a entidade preparou de novidade para marcar institucionalmente sua presença nessa edição histórica do Salão?

Cledorvino Belini – Certamente estaremos comemorando o estágio de evolução a que chegou a indústria automobilística brasileira. E também ressaltar que é o momento de fortalecermos e consolidarmos a nossa competitividade para nos tornarmos um produtor automotivo moderno, globalizado, um produtor automotivo de classe mundial.

Numa breve análise do setor, como andam os novos investimentos das montadoras não apenas em plantas fabris e novas tecnologias, mas principalmente em imagem e marcas?

Cledorvino Belini – Estamos realizando investimentos em aumento de capacidade de produção, inovação tecnológica, em processos e novos produtos.  Estamos falando de US$ 11,2 bilhões de aportes para o triênio 2010-2012.  Com isso, deveremos elevar nossa capacidade de produção, que hoje já se situa em 4, 3 milhões de unidades/ano,  para o abastecimento tanto do mercado interno como  das exportações.

Em relação aos carros-conceito, o que vem por aí na sua avaliação. No que se refere a proposta tecnológica – carros híbridos, por exemplo ou em design, segurança, conforto, entre outros atributos?

Cledorvino Belini – De modo geral, os expositores trazem ao Salão veículos-conceito de elevada tecnologia, inédita, não só para mostrar ao público o que são capazes de fazer, mas também como força institucional de marca, além de observar a reação dos consumidores.  Mas todos os pontos indicados na pergunta dizem respeito ao presente e ao futuro: veículos híbridos, “design” arrojado, segurança avançada, conforto,dirigibilidade,  ênfase na eletrônica etc.

A preocupação com o meio ambiente sugere novas e novas providências das montadoras. No seu entender, em que direção caminha a estratégia da indústria nacional nesse sentido?

Cledorvino Belini – A indústria automobilística do Brasil avança em termos ambientais.  O veículo mais vendido é o flex.  Os veículos com motores de 1.0 também são mais vendidos.  É uma feliz combinação: veículos econômicos em termos de combustível e veículos que podem rodar com combustível renovável, mais favoráveis ao meio ambiente, especialmente em termos de CO2.  Mas a indústria não para aí.  Veículos e motores com maior eficiência energética e menores emissões são metas perseguidas.

Para o conjunto de montadoras, qual o caminho para superar as expectativas de um consumidor cada vez mais ávido por inovação, no mais amplo sentido da palavra?

Cledorvino Belini – Investimento, investimento e mais investimento em pesquisa e inovação, esse é o destino e a vocação da indústria automobilística. Mais: essa é uma condição “sine qua non” para um “player” automotivo em um mercado mundial disputadíssimo, como o que estamos vivendo, com um consumidor cada vez mais exigente em conforto, design, estilo, segurança, motorizações etc. Os veículos estarão cada vez mais ao gosto do consumidor.

Aos 50 anos, o Salão Internacional do Automóvel deseja projetar o futuro, ou seja, como prever o que acontecerá com o setor nas próximas 5 décadas? Quais as principais premissas?

Cledorvino Belini – Guimarães Rosa escreveu que é difícil e perigoso adivinhar o futuro …  O futuro nunca será como imaginamos.  Mas podemos nos arriscar a antecipar algumas tendências, frutos das preocupações do presente.  O veículo dos anos futuros será muito mais avançado na performance, design, dirigibilidade, funcionalidade, eficiência energética, emissões baixas ou zeradas, segurança, acessibilidade, manutenção e reciclabilidade no descarte.

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