Marcas de luxo lucram bilhões com roupas virtuais dentro dos games

Demorou, mas a Moda vem se inserindo virtualmente nos games e, com isso, as grifes veem lucrando bilhões com as vendas on-line.

Fonte: Reprodução

Marcas de luxo vem explorando cada vez mais o mercado dos games. Como a  Louis Vuitton que em 2019 colocou à venda peças, como calças, brincos, blusas, bolsas e botas que não existiam. Isto é, ao menos, não fisicamente. Um dos maiores estilistas da marca, Nicolas Ghesquère, criou as roupas virtuais para serem vendidas em um game, o “League of Legends”.

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Estes produtos, que existem há décadas nos games, recebem o nome de “Skins”, itens que os jogadores podem comprar e encher o bolso do faturamento dos desenvolvedores.

“Pra nós, [esse mercado] é absolutamente crucial porque é como a gente monetiza os jogos”, define Priscila Queiroz, responsável pelo marketing dos produtos da Riot Games – entre eles, “League of legends”.

Destacamos ainda que o universo dos games anda completamente aquecido. No artigo  e-Sports, mostramos um pouco dessa bilionária indústria dos esportes on-line e games.

Para se ter uma noção, a indústria de games lucra mais que a da música e filmes juntos. Composta por competidores, desenvolvedores de jogos, empresas patrocinadoras, a promessa é que até 2022 mais de 3 bilhões de dólares serão movimentados nesse meio.

 

Roupa on-line no jogo Lol, da Louis Vuitton – Fonte: Reprodução

 

A moda quer inserir no universo virtual

 

Demorou, mas a Moda corre para se inserir no universo das roupas on-line, tentando, inclusive, criar um mercado em torno desses produtos para além dos jogos.

Com a chegada da pandemia e consequentemente o cancelamento dos desfiles no circuito fashion, as marcas se viram forçadas a explorarem de forma mais intensa o universo virtual. Algumas optaram pelo convencional, as lives, outras foram mais longe. A Balenciaga, por exemplo, criou um jogo de videogame para mostrar suas peças em 3D.

Veja fotos da da Balenciaga F21 no formato de game, mas totalmente realista, apresentando um futuro positivo com 50 looks para 2021, que no Brasil serão referência para o Inverno 2022.

 

  • Confira ainda, a história do criador da marca, Cristóbal Balenciaga: o mestre e arquiteto da alta costura.

 

Jogo ‘Afterworld: The age of tomorrow’ lançado pela Balenciaga para apresentar coleção — Foto: Divulgação

 

  • Enquanto isso, confira: 5 aplicativos para se divertir em casa na quarentena.

 

Ostentação

 

Fisicamente, o isolamento paralisou praticamente todas as ocasiões sociais, dando força e realçando a vida online. No ano passado, por exemplo, o game “League of legends“, conhecido por “Lol”, gerou US$ 1,75 bilhão em receita para a Riot, de acordo com o SuperData.

 

Marcas de grifes fazem roupas para jogos – Fonte: Reprodução

 

O jogo é gratuito, portanto, o faturamento vem quase todo da venda das skins, que não interfere no desempenho dos jogadores, apenas na estética.

 

Skin de jogo online – Fonte: Reprodução

 

“As skins são uma forma de oferecer, ao jogador, opções para que ele expresse seu estilo e sua identidade. É como se ele estivesse numa loja, escolhendo o que lhe representa mais”, explica a responsável pelo marketing da Riot.

 

  • Depois veja também  A Moda do amanhã, com 10 caminhos para pensar a trajetória da Moda de agora em diante.  Além de Quem são os consumidores do futuro? Saiba como preparar sua marca para conquistá-los. E mais de tecnologia no universo fashion em Moda do Futuro.

 

Roupas online podem custar milhares – Fonte: Reprodução

 

Exemplificando, uma skin do Lol custa em média 1350 riot pontis, que são as moedas do jogo, em dinheiro real este valor equivale a R$ 28. Outras, mais caras, chegam a custar 3000 RPs, isso é, R$ 64.

 

  • Enquanto isso, entenda: Fashion Law – o mercado do Direito da Moda.

 

Looks virtuais inspiram realidade – FOnte: Reprodução

 

“Algumas empresas de jogos têm hoje um faturamento anual, gerado por roupas digitais, muito maior do que o faturamento de muita marca de luxo”, explica Cairê Moreira, fundador de uma consultoria brasileira focada em digitalização da moda.

Jogos como o “CS: Go”, por exemplo, possui skins de armas e facas raríssimas, que chegam a custar R$ 600 mil aos colecionadores. Atrás desses jogos, existem uma cultura de ostentação e um mercado estruturado, onde influenciadores e comunidades atuam para promovê-las.

Por fim, veja Fashion Weeks SS21 – 6 macrotendências da moda para 2021 / 2022. Além de 7 tendências da Moda pós-pandemia. E Futuro do Consumo vem com menos tendências.

 

Laila Lopes: 26 anos, mineira (atualmente morando na região serrana do RJ) e amante de seus bichos: 2 cachorros e muitos peixinhos. Redatora digital há 4 anos, com mais de 2000 artigos publicados na internet

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