A fusão entre Arezzo e Soma, reunindo 34 marcas, voltou os olhares ao mundo da moda, no domingo (4). Muitos consumidores ficaram intrigados com o assunto, com receio de aumento de preços, queda de qualidade e possibilidade de monopólio.
O Fashion Bubbles apresentou as questões a especialistas do ramo, que explicaram os detalhes. Tire suas dúvidas com a leitura deste artigo!
O que é a fusão entre Arezzo e Soma?
A Arezzo&Co e o Grupo Soma anunciaram a fusão entre elas, no domingo (4). A nova empresa, ainda sem nome definido, passará a “comercializar calçados, bolsas, itens de moda masculina, feminina e infantil, incluindo roupas e
acessórios por meio de suas 34 marcas e mais 2 mil lojas, próprias e franquias“, informou o comunicado.
Entre as marcas envolvidas estão Arezzo, Schutz, Reserva, Farm, Animale, Dzarm, Hering e Cris Barros. Será o maior grupo do país em receita, voltado principalmente ao mercado premium.
O que é monopólio?
Em meio às notícias da fusão, muitos consumidores ficaram incomodados. Entre os comentários nas redes sociais estão “parece que monopólio não é crime aqui no Brasil”, “monopólio que grita e faz com que fiquemos sem opção”, “mais um dia triste para a coitada da moda brasileira” e “agora a qualidade vai despencar mesmo”.
Em primeiro lugar, é importante entender o que significa monopólio. Trata-se do domínio de um fornecedor sobre a oferta de um produto ou serviço. Ou seja, concorrência imperfeita, em que uma empresa detém o mercado e não precisa se preocupar com concorrentes. Entre as possíveis consequências estão aumento de preços e queda de qualidade.
Segundo especialistas consultados pelo Fashion Bubbles, a fusão entre Arezzo e Soma não configura monopólio. “A indústria de moda tem aproximadamente 85% da sua produção na mão de pequenas e micro empresas, são aquelas pequenas confecções espalhadas pelo Brasil inteiro, as pequenas oficinas, as costureiras independentes, as lojinhas“, informou o empresário e investidor Robson Drezett.
Relacionadas
Essas são as 10 tendências de tênis para 2025 que você vai ver em todo lugar!
Looks de Natal: qual cor usar, tendências + 80 inspirações para arrasar no fim de ano
Sapatos verão 2025: dicas para usar 7 tendências e + de 20 looks de inspiração
Fusão entre Arezzo e Soma configura monopólio?
“Com a implementação da Operação, a companhia alcança um faturamento próximo de R$12 bilhões
(considerando os respectivos faturamentos brutos LTM apurados nos ITRs do 3T23)“, informou comunicado. Para fins comparativos, a Shein, por exemplo, já tem faturamento de mais de R$ 10 bilhões no país.
“Este mercado é extremamente pulverizado. Então, uma fusão deste tipo não chega nem perto de ter condição de caracterizar monopólio porque não tem um percentual significativo a este ponto“, acrescentou Drezett.
“Essa diversidade de produtos e de consumidores, além da variedade de matérias-primas usadas, tira o aspecto monopolista do grupo. O que se pode falar do grupo que é o maior produtor de moda nacional a usar matéria-prima brasileira, tais como jeans, couro, linho e malharia de algodão”, explicou a estilista e professora de história da arte e moda Queila Ferraz.
Fusão entre Arezzo e Soma: conclusão
Como vimos anteriormente, muitos consumidores ficaram preocupados com a fusão entre Arezzo e Soma. O principal questionamento é se isso afetaria negativamente nos preços e na qualidade dos produtos. Especialistas ouvidos pelo Fashion Bubbles explicaram que não se configura monopólio e, portanto, a concorrência continua.
E se você ama informações sobre o mundo fashion, incluindo tendências e dicas, não pode deixar de conferir a nossa página de Moda. Lá, você encontra explicações e fotos para servir de inspiração!
- Por fim, leia também Grammy 2024: Taylor Swift de branco, Miley de transparência e + looks das famosas